Poemas sobre Ruas
AS CONEXÕES HUMANAS
As luzes dos postes se acendem. Se ouve carros nas ruas, buzinas estridentes e conversas paralelas. Neste exato momento, cada um está por enfrentar suas movimentações físicas e psicológicas. Há pessoas por todos os lados. São casais, são amigos e são desconhecidos na avenida movimentada. Há música, há festa e há energia em abundância. Muito além do que se consegue descrever, só se sente. Ser humano é ser movido pelos sentimentos e pelas conexões. É se aceitar e ser aceito. É criar laços e cortá-los. É conviver no ódio e na harmonia. É errar e reconhecer erros. Contudo, observar e também fazer parte de tudo isso é de fato sem explicações. A energia humana é algo que parte de dentro pra fora, que exala sem pedir permissão, que une todos os corpos. Ser vivo é ser além do respirar e o do bombear sangue. Ser vivo é se conectar a si mesmo e aos outros através da alma.
Júlia Dias.
As vezes encontramos o que se é perdido no mar,
na leitura, no caminhar das ruas, nas gravuras.
Encontramos o perdido na canção,
no toque do piano, no suor que escorre da alma,
à medida que bate o coração.
As vezes encontramos o que se é perdido em alguém,
no encontro de dois corpos, num beijo incompetente,
no luar do olhar de quem tasse bem.
Encontramos o perdido num drama,
num romance vermelho, na personagem vulgar,
na ousadia de quem se ousa a mudar.
Encontramos o nosso perdido em tanto lugar...
No entanto, não nos damos conta nessa busca hostil entre âmago e dracma,
Que o que sempre está perdido, quase sempre está em casa.
Viemos das ruas.
Sobrevivemos a noites escuras.
Seus livros trouxeram conhecimento.
Moldaram mentes, feito estátuas de cimento.
Mas nossas vidas foram escritas com sangue, suor e lágrimas, muitas lágrimas.
Sabedoria adquirida em cada beco e viela.
Olho no olho faz travar a sua gíria imitada.
Não me intérprete mal, sou a favor do conhecimento, amo a literatura.
Sei que livros são a chave e faz girar a fechadura.
Mas eles escrevem sobre o mar sem jamais ter se molhado.
Enquanto nos já navegavamos antes da informação.
Nossa vivência segue quente com a força de um vulcão.
Não nos lembrem da liberdade se estamos todos presos.
As ruas estavam vazias e a pouca liberdade existente ou sobrevivente foi a libertinagem.
Em 2020, ABRIL não foi verdade!
Haviam homens de verniz em suas fortalezas, e
homens nus nas ruas
A miséria, o vírus, a distância.
Era inumano.
Existiam abismos no fim de tudo
Então qual seria o mais fundo?
Os dias que nos pertencem
Aqueles que estamos vivos
O que será dos não nascidos
Nas ruas o medo do vírus
Na rua debaixo da tua
Sua máscara descartável,
Aos restos com a tua comida
Que alguém no lixo procura
A democracia intransigente
No país onde moro, nas ruas ponde onde ando, a tal liberdade, a livre expressão, opa, lá vem o ladrão, armando alçapão, aprisionando nossos passos, atando as mãos com noz rudimentares, e as vozes, mesmo nos lares, cale se, disfarçadamente a DEMOCRACIA INTRANSIGENTE, que o povo luta e briga pela não ditadura, mas se cria uma armadura através de um véo, trajes da ignorância, está na esquina, está embaixo, está em cima, todo ciclo social, minha namorada exigente, aquele professora grossa, aquele amigo incoerente, isto meus caros sem ter nenhuma patente, basta ser, viver, estar entre gente, circunstâncias e aflições, angústias e considerações, a tal liberdade voa como condor, em um laço açoitador, parece infinito, mas é cada grito, está dito, cada peito conhece sua dor.
Giovane Silva Santos
Me diga o quão orgulhosa esta?
De ir e vir.
Veremos o luar pelas ruas vazias da pandemia amorosa onde poucos se contaminam com o amor,Ou poucos tem coragem para amar?
Amor cura e os defeitos atura,As Bobagens surta e viva a curta metragem da paixão com direito a trailer para vida toda.
Ando sozinho pela rua escura porém eu ainda sinto,Assim eu sinto
Sim..!
EU VEJO...
Em minha volta eu vejo
Doenças, Crenças, famílias nas ruas
Pedindo benças
eu vejo muitas corrupções nacionais
E presidentes com possível
Problemas mentais
Pessoas procurando seus ideais
E também procurando o tal
Dos direitos iguais.
O povo nas ruas,
lágrimas nos olhos,
terço nas mãos,
preces no coração.
A Santa, cheia de flores, emite as graças de ser A escolhida
Nós, os pedidores, andamos rumo à Mãe.
Mãe a qual nos foi dada
Dada por quem?
Por Cristo, Nosso Senhor!
Será que é fé?
Será que é esperança?
Será que é amor?
Sim! É fé, é esperança, é amor!
É o círio de Nazaré! É o círio de Maria, a Mãe da Igreja!
Eu só quero andar
Nas ruas de Peixinhos
Andar pelo Brasil
Ou em qualquer cidade
Andando pelo mundo
Sem ter sociedade
Andar com meus amigos, e eletricidade
Andar com as meninas
Sem ser incomodado
Heróis de Branco e Não Só...! 🚑
A ansiedade aparece naturalmente, ao nos depararmos com as ruas vazias, escolas sem alunos, empresas sem funcionários. As pessoas que podem já estão com teletrabalho em casa. Pais que conseguem, estão mantendo os seus filhos em casa.
Mas os heróis de branco, os nossos estimados e heróis profissionais da saúde, seguem na linha de frente salvando, cuidando, lutando por tantas pessoas que estão precisando, com a colaboração dos bombeiros e autoridades policiais.
E louve-se também os trabalhadores da área alimentar onde se juntam os panificadores, os motoristas da roda nas suas distribuições alimentares que se esforçam, para que não nos falte o pão nosso de cada dia, nesta fase em que (quase) parou!
As economias mundiais vão enfraquecendo, sim porque hoje tudo gira à volta da matemática dos números, onde a exploração do homem pelo homem agora com esta vaga do Covid 19, irá ser terrível.
O Mundo praticamente parou!
Veremos como irão ser os próximos tempos, sim porque não há a certeza de nada!
Em boa verdade o mundo está a mudar e nós os humanos temos de admitir somos pequenos, ficamos indefesos com um "vírus" que vai matando aqui e acolá numa pandemia como se fosse um xeque-mate fatal.
Tenhamos fé e esperança por um mundo melhor e uma humanidade mais humana e razoável.
Enquanto isso quanto são as decepções ainda por esse mundo fora, onde muita gente vai morrendo em massa dando os seus últimos suspiros por causa desse tal "corona vírus".
Sejamos mais humildes, positivos e que muitos façam uma reflexão a si próprios, que deixem de ser tão gananciosos e aprendam com esta lição.
E viva a vida.
Porque a vida é linda e tem de ser poética!
Porque estou longe de casa, e não me sinto a vontade
Eu ando nessas ruas, sem um pedaço meu que ficou para trás
E eu sei que não estou em casa
E nunca vou, pois estou longe, outra vez
O mundo fica fora de sintonia
Pareço estar vivendo em uma programação
Cada vez sem sentido, eu não me sinto a vontade aqui
E eu sei que agora estou mais longe ainda.
CONTINUAR OU RENOVAR?
Faça a sua escolha
Enquanto ficamos em casa, o AMOR permanece nas ruas, nos templos, e em todos os lugares que encontrar as portas 🚪 abertas.
Ele se reinventa, não se limita a dar continuidade, mas, vai em busca da renovação diária, assim como faz uma águia.
Continuar do jeito que está (estava) é uma opção, uma escolha, mas almejar e se permitir ao novo e aceitar a profecia citada abaixo é para quem se compromete com o
Amor.
Isaías 40,31... mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar.
Se abrir ao novo, renovar as forças, as ideias 💡, e os projetos alinhados ao propósito de Deus para cada um de nós, deve ser o combustível ⛽️ e novos comportamentos para o novo que vai chegar.
...Oportunidades sempre!
Oportunismo nunca.
Reinvente-se, mas nunca deixe sua essência de ser quem você é.
Viva alinhado ao seu propósito maior, não desista dele por nada.
Ratifique seus valores, cumpra as metas que traçou no início deste ano, não desista de acreditar, fique com o que vale a pena, aceite tudo o que lhe acinte e com alegria, te fará crescer e superar, acredite, pratique e melhore!
Em tudo isso dependa da graça de Deus.
Denis Ferreira
Eu tenho andado pelas ruas
Muitos dia e noites sozinha
Eu virei minha face para o que sei que é errado
Tenho fingido não ver a fome, o frio, o velho
Mas nada me assustou mais
Do que ver a mim mesma em frente ao amor
Pode cair a chuva forte
Eu não vou me mover
Eu não recuo frente ao amor
Pode ventar forte
Minha chama mora no coração
Mesmo se eu sofrer
Eu não recuo frente ao amor
Podem transbordar os oceanos
Ou secar toda água em mim
Eu não recuo frente ao amor
E quando eu partir dos braços da realidade
Eu olharei a última vez para o céu
E não temerei,
Pois vivi pelo amor e morri pelo amor.
O Virus do Vazio -
(Covid-19)
Vou sozinho p'la cidade ...
Nao há nada!
As ruas estão vazias tal qual os corações
dos homens ...
Não sinto nada! Nada se ouve, nada se escuta,
só o vento que anuncia o vazio das ruas e
dos corações dos Homens ...
As janelas estão fechadas, as portas também!
Não se ouve nada! Só há gestos partidos
cheios de noite e escuridão!
Passa a solidão ... lenta e absorta.
Évora está deserta!
Deus fechou as Portas!
Os Homens estão despidos!
Não há nada! Não sinto nada! Não vejo nada!
Um só desejo me veste o corpo neste instante,
abraçar-te novamente, óh Évora Encantada!
(O Poeta, caminhando sozinho, por Évora vazia, na solidão das ruas desertas ...)
As lojas estão fechadas
Os passos sumiram das escadas
Os carros desalojaram as ruas
Não se respira no caule das torres envidraçadas
(A poesia pura
perpendicula
nos varais e fios de alta tensão
A poesia grita
na pausa dos postes
sussurra
ouvido colado ao chão)
Tento falar mas não saem as palavras
Que eu queria que ouvisse de mim
Nessas ruas sem alma vejo as carcaças
Na mata que estraga por causa dessa desgraça
Me comunico em versos soltos
Afoitos na noite, preso por dentro me sinto incoerente
Os gritos loucos ecoam pelo túnel de chuva
Do tempo nublado da gente que entra na minha mente
E ele não sente, não mente, nem tente mudar
O ponteiro do relógio que não quer andar
Preso no tempo sem escolha ou saída daqui
Me sinto reflexivo, recuado, inexpressivo e sem lugar nenhum pra ir
Eu quero sair, me deixe sair dessas barras de concreto
Escassas de calor e afeto do braço que cura
Que ascende da quente pele do tecido preto
Queimado pelas duas pessoas que moram em uma
Mas no fundo vejo o raio de luz que lhe condena
O solitário destino que te xinga, humilha e passa a perna
Ó desprezo que arde por que não me tira dessa Terra??
Estragada pelos ímpios flagelos que espalharam suas mentiras
Nas Terras de seu Deus não há o sofrimento
A chuva que cai não volta no mesmo tempo
Lamentações e palavras escuras que inundam
O meu ser com pensamentos que não vão embora e nem mudam
Ó pináculo da luz
Onde está a luz
Onde está você
Quando mais precisamos de você?
ninguém sai às ruas produzindo teorias sem inspiração.
a Inspiração é o momento em que Deus, uma Força Maior, toca seu coração e o faz pensar.
Deus, o Criador, está além do espaço-tempo. então, o ato da Criação é um ato eterno.
sendo assim, nossas Teorias tem o poder de melhorar o mundo, a partir de nós mesmos.
O mundo parou
Ruas desertas, incertas
Desnudas de proteção
Ameaçou e desestabilizou
A luz apagou
A música calou e a sombra se fez
Desfez sonhos
Encontros
Abraços
O vírus chegou
Se instalou e vidas levou
E agora?
O que tudo isso nos ensinou?
Que a mãe terra chorava devastação
Era preciso renovar as relações
A compaixão para com o irmão
O perdão e a partilha do pão
"Passos dados... Não se voltam Mais."
Ruas vazias, cabeça cheia...
Estampado um sorriso no rosto, e mostrar sempre ser alegre, feito um Palhaço...
Más...
Quando
chega
em
casa,
se
desmancha
em
pedaços...