Poemas sobre Ruas
Viajando
Em ti pensando, e vendo a noite
passar.
Meu pensar viaja.
Perambulo em ruas, praças e paro
em qualquer lugar.
Noto calor em meus braços, é o sol
a raiar.
Dormi em uma poltrona,
após passar a noite, a te amar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Mrmbro da U.B.E
Nem em uma quinta-feira
de ruas frias,
ônibus cheio,
as sete e dezenove,
à dezenove quilômetros de você,
conseguem me deixar longe o bastante
para que eu não pense em você.
Eu só quero andar
Nas ruas de Peixinhos
Andar pelo Brasil
Ou em qualquer cidade
Andando pelo mundo
Sem ter sociedade
Andar com meus amigos, e eletricidade
Andar com as meninas
Sem ser incomodado
Porque estou longe de casa, e não me sinto a vontade
Eu ando nessas ruas, sem um pedaço meu que ficou para trás
E eu sei que não estou em casa
E nunca vou, pois estou longe, outra vez
O mundo fica fora de sintonia
Pareço estar vivendo em uma programação
Cada vez sem sentido, eu não me sinto a vontade aqui
E eu sei que agora estou mais longe ainda.
CONTINUAR OU RENOVAR?
Faça a sua escolha
Enquanto ficamos em casa, o AMOR permanece nas ruas, nos templos, e em todos os lugares que encontrar as portas 🚪 abertas.
Ele se reinventa, não se limita a dar continuidade, mas, vai em busca da renovação diária, assim como faz uma águia.
Continuar do jeito que está (estava) é uma opção, uma escolha, mas almejar e se permitir ao novo e aceitar a profecia citada abaixo é para quem se compromete com o
Amor.
Isaías 40,31... mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar.
Se abrir ao novo, renovar as forças, as ideias 💡, e os projetos alinhados ao propósito de Deus para cada um de nós, deve ser o combustível ⛽️ e novos comportamentos para o novo que vai chegar.
...Oportunidades sempre!
Oportunismo nunca.
Reinvente-se, mas nunca deixe sua essência de ser quem você é.
Viva alinhado ao seu propósito maior, não desista dele por nada.
Ratifique seus valores, cumpra as metas que traçou no início deste ano, não desista de acreditar, fique com o que vale a pena, aceite tudo o que lhe acinte e com alegria, te fará crescer e superar, acredite, pratique e melhore!
Em tudo isso dependa da graça de Deus.
Denis Ferreira
Eu tenho andado pelas ruas
Muitos dia e noites sozinha
Eu virei minha face para o que sei que é errado
Tenho fingido não ver a fome, o frio, o velho
Mas nada me assustou mais
Do que ver a mim mesma em frente ao amor
Pode cair a chuva forte
Eu não vou me mover
Eu não recuo frente ao amor
Pode ventar forte
Minha chama mora no coração
Mesmo se eu sofrer
Eu não recuo frente ao amor
Podem transbordar os oceanos
Ou secar toda água em mim
Eu não recuo frente ao amor
E quando eu partir dos braços da realidade
Eu olharei a última vez para o céu
E não temerei,
Pois vivi pelo amor e morri pelo amor.
As lojas estão fechadas
Os passos sumiram das escadas
Os carros desalojaram as ruas
Não se respira no caule das torres envidraçadas
(A poesia pura
perpendicula
nos varais e fios de alta tensão
A poesia grita
na pausa dos postes
sussurra
ouvido colado ao chão)
Tento falar mas não saem as palavras
Que eu queria que ouvisse de mim
Nessas ruas sem alma vejo as carcaças
Na mata que estraga por causa dessa desgraça
Me comunico em versos soltos
Afoitos na noite, preso por dentro me sinto incoerente
Os gritos loucos ecoam pelo túnel de chuva
Do tempo nublado da gente que entra na minha mente
E ele não sente, não mente, nem tente mudar
O ponteiro do relógio que não quer andar
Preso no tempo sem escolha ou saída daqui
Me sinto reflexivo, recuado, inexpressivo e sem lugar nenhum pra ir
Eu quero sair, me deixe sair dessas barras de concreto
Escassas de calor e afeto do braço que cura
Que ascende da quente pele do tecido preto
Queimado pelas duas pessoas que moram em uma
Mas no fundo vejo o raio de luz que lhe condena
O solitário destino que te xinga, humilha e passa a perna
Ó desprezo que arde por que não me tira dessa Terra??
Estragada pelos ímpios flagelos que espalharam suas mentiras
Nas Terras de seu Deus não há o sofrimento
A chuva que cai não volta no mesmo tempo
Lamentações e palavras escuras que inundam
O meu ser com pensamentos que não vão embora e nem mudam
Ó pináculo da luz
Onde está a luz
Onde está você
Quando mais precisamos de você?
O mundo parou
Ruas desertas, incertas
Desnudas de proteção
Ameaçou e desestabilizou
A luz apagou
A música calou e a sombra se fez
Desfez sonhos
Encontros
Abraços
O vírus chegou
Se instalou e vidas levou
E agora?
O que tudo isso nos ensinou?
Que a mãe terra chorava devastação
Era preciso renovar as relações
A compaixão para com o irmão
O perdão e a partilha do pão
Quem vem
E não se arrisca
Voltará no trem da vida
Quem prever
Esperança?
Nessas ruas desumanas
Quem acreditar
Floresce
Com o raiar do sol na pele.
hoje quase peguei o ônibus errado duas vezes e isso
invocou em mim as ruas labirínticas da cidade
em que o céu se desmancha
em escuridão nascente
a confusão que fiz com os nomes
não será perdoada
a memória anda ruim para coisas boas e pequenas
repentinamente a pequenez das coisas é o que importa
as pequenas ruas da cidade
A NOITE
Almas circulam nas ruas
Sonhos regozijam seus donos
Passa oculta em meus medos
Questiona o que somos
A sombra, pretume das cores, enaltece o luar
Vela, adormece, retarda o meu despertar
Faz o disfarce das dores, me perder sem notar
No sentimento, confundo
No teu silêncio, o barulho
Transcrita oculta em meus dedos
Num sono profundo
Uns dizem que ela resguarda
Outros, porém, que ela é tara
Do apaixonado poeta
Na noite que vara.
Chuva
Te vejo da janela
Tão linda mas também tão triste
Derramando sua solidão pelas ruas
As vezes quando te vejo
Gosto de sentar em qualquer Lugar e apreciar seu toque
Mesmo sendo tão gelada
Me sinto no conforto de um abraço verdadeiro
Como se você limpasse minha mente de todas as preocupações
E as levasse em bora pelo ralo das ruas
Alguns me chamam de louca
Mas eu só me sinto sozinha ...
Crianças fora da escola
nas ruas pedem esmolas.
Dormem nos bancos da praça,
nos viadutos ao relento.
Dias de frios e vento
cobrem com dores e mágoas,
carentes de amor e pão.
Maltratadas e exploradas,
vagueiam sem rumo e drogadas
matam por alguns trocados.
Crianças sem esperanças,
caminham soltas, acuadas
E cansadas de sofrer
vagabundeiam por aí
porém, ninguém quer ver.
- Inteligência demais assusta!
Parecia um dia normal.
Eu andava pelas ruas da solidão na companhia de minha única amiga. Minha sombra.
Não sei se era mais uma loucura minha, mas - entre passos vagarosos - trocava ideias com ela.
Perguntava e recebia respostas sobre várias situações.
Foi alugando o ouvido de minha sombra que percebi que inteligência demais assusta.
Mas, como assim? - Ela me perguntou.
Eu não me sentia normal entre as demais pessoas.
Acabei me tornando um amigo sem voz.
Ignorado por tudo que eu dizia.
Aquele dom que eu recebi me desespera.
As coisas que falo simplesmente não são compreendidas.
Eles não me escutam.
Do que adianta ter tudo e não ter nada?
Tive que abrir mão de muitas coisas.
Inclusive de minha vida.
Tive que viver segundo os planos de outra pessoa, que não fosse o ser inteligente.
A normalidade não existia para mim.
A inteligência e o pensar comum não combinam.
Eu era um ser estranho. Indecifrável.
Por muito tempo entendi mais dos outros do que a mim mesmo.
Pelo mesmo tempo, eu não suportei ter a sabedoria dentro de mim e não poder passa-la.
Queria gritar ao mundo um pouco sobre o futuro da humanidade.
Queria falar aos ouvidos surdos que a liberdade pode sim existir.
Eu queria muita coisa, inclusive, ser normal.
Do que adianta ter tudo e não ter nada?
Lá fora a chuva
lava as ruas , inunda os campos...
As mesmas chuvas, cujas enxurradas, destroem
são benção, trazem vida
e fazem brotar o grão.
Cika Parolin
Bom dia 27/07/2016
Andando ontem pelas ruas notei que se não nos apegarmos a Deus, a cada dia vamos matar mais e mais o verdadeiro sentido de compaixão e capacidade de entendimento entre o ser humano a vida a reciprocidade está esvaindo pelas nossas mãos.
São tantas malas, são tantas ruas...
Sem endereço, sem estradas !
Sem rumo, sem história
Sem tu, abandono...
Perdi o caminho...
Só águas,
Sem risos, sem sonhos !
Amor oculto, perdido.
Tentei, fui fundo
ultrapassei, infringir...
Mendiguei, implorei...
Pedi migalhas.
Sem respostas
Só silêncios,
Medos, enganos...
Faltaram palavras.
Sobrou lembranças
Em tardes,
Em músicas tatuadas...
Tocadas !
LAR DOCE LAR
Nas ruas,
o barulho tardio.
Pessoas atônitas,
andando de um lado para o outro.
Há crianças perdidas.
Observa-se penumbras.
Pássaros voando sob telhados...
Tudo à céu aberto,
cheiros triviais,
desses sentidos no aconchego do lar.
Em flash back,
as feridas vão se abrindo,
uma a uma...
A percurso será longo,
como a acre canção que não finda.
A chegada cortante,
como o rio e seus talha-mares.
Lentamente,
tudo fica longínquo...
Ventos formam alusões,
e o infinito distorcido aparece.
A metrópole dá lugar a paisagens exuberantes.
A cidade vai encolhendo com seus arranha-céus.
O coração distante,
bate descompassado...
Os olhos molhados agradecem,
na esperança que as telas se reiterem,
e os quebra-cabeças regressem um a um como antes.
A saudade vai sendo esquecida.
E o doce lar vai abraçando seu tirano,
serenamente...
'PERCURSO...'
Ele sempre caminhava pelas ruas observando a crueldade.
Numa de suas andanças,
percebeu uma pobre criança,
a pedir comida a um senhor que o rejeitou.
Mas à frente,
um vetusto de idade,
já sem conhecer a cidade,
tentando atravessar a rua sem que ninguém o ajudasse.
Mas à frente,
observou um nasocômio,
Ali presenciou pessoas enfermas!
Outras truculentas.
Pessoas sofrendo nas filas ali formadas.
Olhares abatidos,
desesperadas...
Voando pelos lados,
viu pessoas jogadas ao chão.
Cheiro de fome e frio,
sem brio perdidas no vício.
Amotinação de carne humana,
sem ação.
Céleres andando de um lugar para o outro,
andar sem direção.
Caminhando em volta da pequena praça,
ninhos de celeiros à céu aberto...
Cidade metropolitana com seus metropolitanos fantasmas.
Passou na igreja e presenciou uma porção de tristezas espalhadas.
Refúgio de ludibriados,
pensando ser desanuviados.
E a nuvem de truculências e idolatrias estavam seguidas juntas.
A partir de então,
o homem resolveu ser triste por excelência.
Um mundo triste,
cheio de pessoas tristes.
Tristeza refletindo adolescentes contemporâneos.
As tantas guerras entre si,
sementes cultivadas pelo esboço humano...
O homem triste sempre chora ao perceber que os milagres não mais existem.
E que as enfermidades escurecem o amanhecer.
Toda sua tristeza percorre-lhe novamente à alma como um menino nascendo.
E lembra do pequeno parto que é a vida,
dos pequenos verbetes que lhe atingem a alma olhando fotografias antigas.
Pequenas descobertas parecem tão reais,
triviais,
fortalecendo o percurso.
Ele toma seu café da manhã como se fosse o primeiro,
talvez o último.
Cheiro de 'novo'.
Mas novamente faz o mesmo decurso,
cheio de atalhos,
sem pássaros para mostrar-lhe as melodias.
Percursos que ainda podem reviram um coração cheio de dor...