Poemas sobre Ruas
Em prédios, elevadores, casas, lojas, ruas, muros...vivemos cercados de câmeras, escutas, gravadores... e temos que nos habituar à desagradável sensação de sermos vigiados.
A grande maioria dirá "é por segurança"...
Mas que triste constatar que todos, sem exceção, estamos
cada vez mais reféns do que se alastra para a vida em geral...
Em qualquer situação tornou-se um hábito julgar que o outro é
pouco sincero, nada confiável e muito suspeito,
quando o ideal seria julgar apenas ante a constatação
da falha ou do crime.
Cika Parolin
A noite sempre foi mais bela que o dia,
devido o silêncio das ruas vazias.
sussurros trazidos pelo vento,
falam de seres consumidos pelo tempo
com o coração tomado em agonias.
clamando pela extinção da dor,
e na esperança que surja um doutor
que traga a cura da melancolia.
Em Busca
Mochila nas costas,
mapa nas mãos.
As ruas são desconhecidas.
O olhar repentino para os lados,
busca conhecer o desconhecido.
As pessoas estão imóveis,
poucos andam pela rua
na manhã de céu nublado.
O café quente da xícara,
esquenta a alma do ser inquieto.
A mente em movimento,
ás vezes, acaba ficando dispersa.
O mapa é complicado,
não diz onde vai parar.
O objetivo fica cada vez mais longe,
e aparenta ficar cada vez mais perto.
Pausa para um café,
observando o casal na outra calçada.
Ela tem cabelos vermelhos,
eles pintam o cinza da manhã.
Por fora, ele é frio como este vento gélido,
e seus olhos demonstram o quando a ama.
Calor no coração...
O casal some, o café acaba, a conta é paga.
Olhos no mapa, rumo ao objetivo.
Pela rua, pela floresta, pela estrada
que aos lados não se vê nada.
A música que toca diz:
"Se começar foi fácil, difícil vai ser parar..."
E move o corpo que vai em busca do novo,
do desconhecido, do belo, do indecifrável.
Do objetivo que está no mapa,
que nos leva ao que aparenta ser impossível,
inconquistável.
Às adventures...
-Chris Reis
Saudade então,
saudade são:
dia sem sol,
as vezes me vejo pela ruas lembrando de você,
tentando fingir, querendo te ver
PERMEIO DE SAUDADE
São ruas calçadas e praças,
com seus jardins...
Com suas flores...
É gente que vai
é gente que passa,
namorados, amores...
E eu aqui, n'essa solidão
permeada de saudade
o timbre dessa verdade...
É de doer meu coração.
Antonio Montes
Carnavais
Coloco a minha melhor fantasia
e saio pelas ruas a dançar
Norte a Sul só alegria
haja fôlego para aguentar.
Tomo um café bem esperto,
como um delicioso pão de queijo
dançando subo as ladeiras
da famosa Ouro Preto.
Me despeço das Minas
lá na serra o sol se pôs
e quase como uma passista
já caio no samba
no embalo da bateria.
Com muito brilho e glamour
exausta de tanto sambar
já de longe escuto os tambores
e já começo a me animar
Digo olá para a Bahia
eu já tenho abadá
visto logo a camisa,
o show não pode parar.
Muita festa e alegria
nesta data de tirar o fôlego
uma pausa para o descanso,
comtemplo os bonecos de Olinda
amanhã começará tudo de novo.
Cinco dias de euforia
é festa em todo lugar,
É carnaval, é amor,
é alegria.
é cultura popular.
PANFLETOS
P'ra defender o seu inteiro
o panfleteiro sai pelas ruas
da noite, e da madrugada
com panfletos que não são seus
e vão panfletando... Frestas,
portas, janelas e calçadas.
E os panfletos com suas falas mudas
... Mudas que falam, que movem
os sentimentos e os instintos,
e como, se tivesse zonzo embebido,
pelo cálice do vinho tinto, resvalam.
Olhem a promoção!
venham ver e apreciar o preço
nesse ínterim, expõem o marido
da barata... Tudo barato!
lá vai o fogo citado na queima...
Queima de estoque, porque não
ao sotaque do norte, quem sabe...
Vá moço vá, vá antes que se acabe.
Antonio Montes
NOVO E O VELHO
As novas, os novos,
não gostam...
Dos velhos, das velhas...
Mas as ruas, das cidades velhas...
Estão permeadas de:
Novos e de novas, felizes
e eles, riem de alegrias
de fazerem parte da cidade
e de verem, a velha
arquitetônica da cidade velha.
É com essa velha
é com esse velho passado
que se chegou ao novo
desse novo estado velho.
Antonio Montes
ARESTA
Pelas ruas, passos, passadas apressadas
foram trocados por... aglomeração
e impedimento em hora do pique.
Que se piquem em sua pressa
que rasguem as suas promessas
de velho, de novo, disso dessa...
Sua testa, existe calombo, sem ovo
d'aquela para o mês que vem
derrubando-me em sua aresta.
Nem tudo esta mudado...
Ruas calçadas candelabros
feira ao tempo, de tempos passado
antes, clarão de lampião no fogo
grito no escuro, era rogo.
Hoje, LED, a energia elétrica
estampido nas sombras, zombam
balas perdidas que arrombam
tombam vida na avenida...
Olhos não viram, ninguém viu
para a família resta uma ferida.
Antonio Montes
Final de tarde
Ruas
Carros sobem
Descem
Meu olhar gela
A poucos metros de mim
Passa...
Quem sabe de onde vem !
Atravesso calçadas
Sigo
Já nem ligo mais...
Não esqueci teu número
Não deletei !
Só perdi a coragem
Ouvir tua voz
Fria, distante...
Me fez por fim entender
É como se diz;
Quem ama dá um jeito
Arranja tempo
Se mostra, se joga...
Como eu sempre fiz !
Se não tentou
Se não se deu
Não se mostrou
Não se jogou
É que nuca quis.
Sozinha comigo
Perdida
Jogada...
Rabiscando sonhos
Lembranças
Só
Eu e a saudade
Lembrando nós !
26/04/2017
AÇOITE DE UMA NOITE
Em dia de feriado
e em fim de semana
zanza gente pelas ruas
dando uma de bacana...
Embrenham-se em suas hipnose
com seu cheiros, agulhas e dose
e como foguetes pelas ruas
descontrolam-se na velocidade
demarcando com as peles suas
os asfaltos das cidades.
Veículos se tornam ameaças...
Pelas mãos das suas burrices
em momento, todas alegrias
em segundos... Mundo triste,
o choro agora é tardio
o descuido é só um pavio
para a vida que não existe.
Se vai o custo de alguns anos
no preço poker de uma noite
se vai o viver de muitos planos
no cachê do plano torpe.
agora, cadê fulano...
Tornou o piscar em foice
a saúde ficou na lembrança
do seu tempo de açoite.
O futura agora é lagrima
vestindo suas vestes branca
a confiança esta nas farmácias
poupança, da sua herança.
Antonio Montes
Aqui neste lugar distante a noite cobriu com seu manto escuro as ruas da cidade.
E eu, no desejo de encontrar o lugar onde todos sofrem, percorri ruas, vielas e alamedas para te levar algum conforto.
Seus dias e os meus deslumbravam-se em meus pensamentos.
Sorrisos, prazeres e até aquela sensação gostosa de saber que você gostava de mim foram aos poucos tomando-me até brotarem as lágrimas pela proximidade da despedida.
Que sua alma seja confortada no além, aqui fica alguém que sempre te quis bem e sempre te amou.
Ofereço a minha tia Margarida.
Ruas
Caminhos por onde passei
Lugares
Tristes e alegres lugares
Onde eu vivi
Momentos iguais
Ruas por onde passei
Locais
Onde sei que não sei voltar
Mas sei
Sei que não verei nunca mais
Aquelas ruas
Não me lembro de todas
Alguma esqueci
Uma ou duas, quem sabe
Não me cabe
Sentir tamanha saudade
Nem sei por quê choro
Melhor seria voltar pra casa
Anoitece, talvez esse Céu desabe
E então eu me lembro
Que já faz alguns dezembros
Que moro na rua.
Edson Ricardo Paiva
Por ruas esquinas e becos eu tentei encontrar
Mas não estava la
Aonde você estava
Certamente nem uma dos tipos de anestesias me fez esquecer
A dor de quando você não estava la
isso me fez perder a cabeça e o controle de meus atos
A única coisa que eu quis
Fosse que você e não qualquer outra estivese lá
Foi desaparecer
Anetesieme por favor
As minhas maos não achei e não funcionaram mais
Perturba o meu sono
todo esse silêncio das ruas
todo esse momento vazio
toda essa burrice acadêmica
que chega e me assalta
alta madrugada...”
O que eu fiz de errado?
Comprei uma flor linda pra te dar
Nas ruas tão feliz, sai correndo para te encontrar
No caminho parei pra te ligar
Você não atendeu, acreditei estar ocupada .
E estava, mas não imaginava que assim
Não esperava que você pudesse nem pensar em mim
E eu com uma rosa na mão
Te vejo com outro alguém
Cai flor, ficha e razão, me faz chorar
Pensando no que fiz de errado
Ao ser seu namorado
Já apaguei todos erros do passado
Eu quis é te ter do meu lado
Mesmo sendo um fracasso
Acreditei ser dono desse abraço
Se te fazia "tão bem" por que está sendo assim?
O que é que ele tem? vai diz pra mim
Se é só trair por trair, se queria um fim
Por que que respondeu um sim pra mim?
Nesse namoro de ilusão, você quem sai feliz
E eu saindo aqui sem coração
Mina se era pra ser assim
Bem melhor dizer não
Fica com ele
E eu com a solidão
Pensando no que fiz de errado
Ao ser seu namorado
Já apaguei todos erros do passado
Eu quis é te ter do meu lado
Mesmo sendo um fracasso
Acreditei ser dono desse abraço
Doa-se urgentemente um bom coração nas ruas sem saída, nas calçadas da tristeza. Um bom coração que foi cortado em pedaços por uma paixão que pensava ser verdadeira. Um coração que não sabe em quem confiar, um coração que acha que as pessoas não têm mais solidariedade, um coração que procura - se loucamente por um amor.
É estranho como os homens tratam vulgarmente as mulheres nas ruas, chamando-as, muitas vezes, por nomes pejorativos, mas basta, por exemplo, se tornarem pais que não se podem sequer olhar para as suas filhas, que já se exaltam.
Por trás de toda menina, de toda mulher existe uma família que a ama infinitamente, que a respeita e que cuida dela como a flor que ela é, pois toda menina, toda mulher é uma flor no jardim da vida.
Será que é necessário termos uma mãe, uma irmã, uma esposa ou uma filha, para que possamos compreender o valor, a graça de termos as mulheres em nossas vidas?
Espirito vitorioso, nobreza monarca sobre suas espáduas
Raios crepusculares lhe anunciam nas ruas
Leve nossos pedidos como uma mensageira divina
Irresistivelmente na direção da luz jovem alerquina
A onde mora o fogo, de onde vem os visionários
Pronta preparada para seus martírios
Peito fechando ar aos poucos escapando
Pele cansada, pernas caindo jovem senhora
Como uma águia sofre a duras penas por seu povo
Renascendo autora radiante, uma volta triunfante
Guerreira rainha, dos jovens oprimidos dos que estão desfalecidos
Dos desesperados consolação fonte eterna de sua salvação
Que seus passos sejam perdidos pelas trevas que ti caçam
Que o guardião herói, se preciso for sofra o suplício.
A FALA QUE ACHA
Enquanto a lua esgueirava pelas ruas,
as sombras esqueléticas...
Esgueiravam-se, pelas formas retas
dos seus totens de concretos,
e as pilastras que ninguém não as vê.
Você não acha...
Eu não acho, eles o que acham?!
Quem é que acha, o que não se pode,
ou não quer achar...
Quem é que acha,
a barca, que se perdeu no mar?
Aquele que não fala, não gosta de achar
a lua acha, mas se cala sem falar
com sua prata, ela apenas ilumina a fala
para, aqueles que gostam de achar.
Antonio Montes