Poemas sobre Ruas
meus pés tocarão o chão de ruas dobradas em esquinas, iluminada pelo sol adormecido nas água do mar, iluminado pela luz da noite e pelas lágrimas de um tímido luar.
a vida arrisca a sorte no destino das cartas de Tarot e a rebeldia desafia a morte que se faz na arte um mondo novo de horror, a cada rosa que eu despedaço sinto o cheiro de você, amor.
e no silêncio de meus passos, nas palavras caladas que o coração intui, nas esperas pelo sol em frias madrugadas, vou viver o amor, esse esquisito ardor que da vida flui.
Doa-se urgentemente um bom coração nas ruas sem saída, nas calçadas da tristeza. Um bom coração que foi cortado em pedaços por uma paixão que pensava ser verdadeira. Um coração que não sabe em quem confiar, um coração que acha que as pessoas não têm mais solidariedade, um coração que procura - se loucamente por um amor.
É estranho como os homens tratam vulgarmente as mulheres nas ruas, chamando-as, muitas vezes, por nomes pejorativos, mas basta, por exemplo, se tornarem pais que não se podem sequer olhar para as suas filhas, que já se exaltam.
Por trás de toda menina, de toda mulher existe uma família que a ama infinitamente, que a respeita e que cuida dela como a flor que ela é, pois toda menina, toda mulher é uma flor no jardim da vida.
Será que é necessário termos uma mãe, uma irmã, uma esposa ou uma filha, para que possamos compreender o valor, a graça de termos as mulheres em nossas vidas?
Espirito vitorioso, nobreza monarca sobre suas espáduas
Raios crepusculares lhe anunciam nas ruas
Leve nossos pedidos como uma mensageira divina
Irresistivelmente na direção da luz jovem alerquina
A onde mora o fogo, de onde vem os visionários
Pronta preparada para seus martírios
Peito fechando ar aos poucos escapando
Pele cansada, pernas caindo jovem senhora
Como uma águia sofre a duras penas por seu povo
Renascendo autora radiante, uma volta triunfante
Guerreira rainha, dos jovens oprimidos dos que estão desfalecidos
Dos desesperados consolação fonte eterna de sua salvação
Que seus passos sejam perdidos pelas trevas que ti caçam
Que o guardião herói, se preciso for sofra o suplício.
A FALA QUE ACHA
Enquanto a lua esgueirava pelas ruas,
as sombras esqueléticas...
Esgueiravam-se, pelas formas retas
dos seus totens de concretos,
e as pilastras que ninguém não as vê.
Você não acha...
Eu não acho, eles o que acham?!
Quem é que acha, o que não se pode,
ou não quer achar...
Quem é que acha,
a barca, que se perdeu no mar?
Aquele que não fala, não gosta de achar
a lua acha, mas se cala sem falar
com sua prata, ela apenas ilumina a fala
para, aqueles que gostam de achar.
Antonio Montes
Caminhar em ruas vazias
Por trechos que soam como utopias;
Por passos que não mais são dados
Nos desfragmentos fragmentados(...)
Liberdade não é simplesmente
Andar pelas ruas, mas ser livre
É ter o nome escrito no livro da vida
É conhecer a verdade
É encontrar a saída
É ser exemplo
É ter paz na vida
É fazer o bem
Sem olhar a quem
É estar batizado
E ser purificado
No fogo pentecostal
E liberto de todo mal
É ser dizimista fiel
É ser mais doce que o mel
É viver como criança
É ter a esperança
É negar a si mesmo todo dia
É ser benção para o outro
Uma ótima companhia
É buscar as almas perdidas
E sarar as suas feridas
E anunciar que Jesus em breve vem
E ser fiel até a morte
Louvando ao senhor
Para todo sempre, amém
Nas ruas frias de uma cidade quente
La esta ele, caçando um lugar aleatoriamente
Extremamente fiel a aquele que lhe deixou
doente
Pobre quatro patas inocente
Diálogo
A escuridão, ainda menina, chama-me às ruas frias
Sou a andarilha proscrita das noites de luas vazias
Não escondo meu rosto destas gentes curiosas...
Que vejam a mulher vil, triste que sou...Lamuriosa.
Mas amiga, nem sempre foste assim, amarga e sombria
Houveram dias de sol e mar à brilhar sobre tua tez macia
Diga-me: Porque te enfadastes das doçuras do amor?
Porque voltaste as costas ao toar das carícias em clamor?
Ah, minha amiga, nada sabes das minhas dores imensas...
Das noites em que doei o mais sublime amor que pensas
Ofertei-me de corpo e alma, desnuda em juras e poesias
Ofereci rosas e mel; em troca ganhei abandono e heresias.
Mas não te entregues às trevas, óh amiga tão triste e bela.
Busca a luz dos sonetos mais puros, alegres em aquarela
Esqueça-te do passado, volta-te para os presentes dias...
Quem sabe, ainda pousam nos teus jardins as andorinhas?
Não perca teu precioso tempo com minh'alma, óh amiga!
Não haverão pássaros à cantar para minha causa perdida.
Sou aquela que vaga em busca da morte que trará paz
Somente o corvo me acompanha, nada e ninguém mais...!
Ei-la, Eulália
E quando Eulália sai pelas noites além,ruas frias e vazias
Todo o ar se condensa em torno dela, uma tristeza corpórea
Ela não anda. Plaina leve tal qual um fantasma desgraçado
Uma aparição que surgiu não se sabe de onde, para onde...
Eulália nem mesmo sente mais como uma mulher corpórea
Há muito perdeu a crença em qualquer sentimento alheio à dor
Vaga pela vida, branca como a neve, o seu rosto belo e medonho
Àqueles que a veem, à desejam, mas fogem dela com pavor!
Ela é a expressão de todas as " Eulálias", Marias e Anas da vida
As mulheres que se doam e nada recebem, tornam-se opacas
Não aspiram mais o amor nem carícia alguma que as embale...
Por isso, apartem-se de Eulália_ Deixem-na só com sua agonia!
Que ela perambule pelos bares ébrios e confins desta terra morta
Deixem-na só com seus sonhos mortos, com sua poesia triste...
Às vezes, no meio da noite, me pego pensando em você ...
Nas ruas, nas festas, em casa,
Vejo seu rosto pelas paredes sorrindo pra mim.
O brilho dos seus olhos nas estrelas,
o seu sorriso na luz da lua...
Você me pegou desprevenido
e com seu jeitinho fascinante de me olhar...de falar,
foi entrando nos meus pensamentos e em meu coração.
Quando chega perto de mim e me abraça,
meus lábios secam, meu coração dispara,
minhas mãos, ah! ficam trêmulas e geladas.
meus olhos brilham,
e você, como se não percebesse,
me beija o rosto e senta-se no sofá.
E eu sempre sonhando em ter você ao menos uma noite.
E agora, meu sonho se torna realidade.
Nos encontramos e dessa vez,
me olha de forma diferente, com malícia, desejo,
me deixando impaciente...inseguro.
E eu...com um olhar tímido
me levanto e saio para a sacada.
Olhando as estrelas, sinto o seu aproximar
E num gesto rápido...sou beijado.
Um beijo maravilhoso e tão esperado!
Um frio gostoso me percorre...
Com lábios trêmulos e face corada,
Você me acalma e me beija novamente.
E tudo se prolongou...
Minhas mãos sentiam sua pele macia,
Você me abraçava forte, me envolvia.
Em seus beijos e suas carícias,
Eu simplesmente me perdia.
A noite chega ao fim...
Em casa, me deito e sinto
o seu perfume, a sua voz e
meu pensamento voa... voa pra você...
Uma noite inesquecível em que pude dizer
TE AMO...TE AMO...
►Despreparado
Eu penso em várias coisas
E quando ando nas ruas penso nas pessoas
Será que elas conseguem suportar
Ou melhor, será que elas conseguem enxergar?
Ou pelo menos parar pra pensar?
Devemos todos estudar
Analisar
Como suportamos nós mesmos
Carregamos nossos próprios pesos
Entendo agora a visão dela
A mãe da garota mais bela
Me viu como monstro
Drácula, Frankenstein ou Fera
Claro, não sou nenhum astro
Me imagino feroz, quem me dera.
9 horas eu estava lá
Tinha marcado de nos encontrar
Estava eu lá de boné aba
Minhas pernas estavam a cambalear
Tinha medo de conversar
Não estava preparado
Mas estava motivado
Determinado
Ela me assustou no primeiro contato
Assumo que fiquei assustado
Claro, sou um bastardo
Minhas pernas queriam me deixar
Não deixei de reparar
Acabei por vacilar
Me desculpe por ser um idiota
Me desculpe por não pensar em uma resposta
Você merece todo o meu carinho
Não quero deixar teu coração sozinho
Gosto muito de rimar
É estranho, vamos falar
Parece até que está a narrar
De uma maneira exemplar
Os fatos que vou contar
Pois bem, irei começar
Eu escrevo poemas, mas não sou um poeta
Quem me dera ter a sabedoria desses atletas
Atletas das palavras, versos e letras
Não sou muito chegado a leitura
Acredite, digito por não ter uma escritura
A caneta é minha inimiga
A tecla minha amiga
Prefiro digitar por não ter o que falar
Quando encontrar, alguém para recitar
O que estou a colocar
Nessa letras a formar
Frases e versos que me fazem parar
Refletir, pensar:
“Por que não consigo me expressar?”
Eu tento sempre que possível me comunicar
Ah, deixa pra lá.
Já era Tarde; os falatórios pelas ruas cessaram,
as passadas apressadas pelas calçadas sequer pareciam ter existido.
O silêncio era sólido, impenetrável, melancólico...
Suas paisagens que um dia foram verdes e das mais belas vistas
tornaram-se apenas outros lugares, afinal de contas,
o que é um lugar bonito caso não existam observadores?
Os ruídos de seus Aposentos eram constantes, quiçá ritmados
Fazendo assim que a solidão viesse a ser um personagem,
Não o típico personagem de diversas falas e reviravoltas,
Mas um personagem que se mostrara sempre presente no seu drama e trama.
Horários e datas já não lhe faziam mais sentido, já que não havia pelo o que esperar.
Abandonara o uso de relógios,
na verdade, sequer lembrava a última vez os usara.
Não obstante, se pegava pensando:
"Relógios só nos são úteis caso queiramos chegar em determinado minuto, segundo."
Apesar de tudo, via uma certa beleza na sua companheira solidão
Junto a ela, seus pensamentos fluíam, não como água no córrego,
mas como a água que atinge o chão e foge em todas as direções e sentidos.
Tornou-se peculiar desde que ficara tão sozinha.
Acreditava que suas observações sobre a vida, depois de adotar a solidão como um mascote,
tornaram-se mais concissas e certeiras, mas quem sabe?
Não havia ninguém com quem pudesse discutir sobre,
Não havia sequer quem pudesse descobrí-la, estudá-la, sentí-la,
Até mesmo adorá-la.
Não esperava por momento algum,
já que achava a transição entre duas eras igualmente importante as tais,
porém, sabia que a solidão juntaria suas coisas e iria embora, não de forma abrupta,
mas juntando as coisas devagar, na medida em que a Vida nasce novamente.
Diretamente das ruas Porto
anda curtir o nosso o som,
isto é rap interventivo
sente o poder da criação.
Te encontro nas ruas até de olhos fechados
Sinto tua presença e a lembrança que eu tenho de você
Me faz querer te abraçar
Querer te encontrar
Das coisas que digo sobre a gente ter coragem
Às vezes me esqueço e quando vejo um outro dia clareou
E eu fiquei aqui
É difícil viver as verdades do mundo
Quando o seu coração não se sente à vontade
O verdadeiro cão de raça
Nas ruas dos subúrbios
Existem vários cachorros,
Desde os bem tratados
Que só comem rações,
E vão sempre ao petshop.
Até os mais maus tratados,
Que só comem nos lixões
E tem as ruas como os seus sexshop.
Os de raças tomam vacinas,
Vira latas! Só nas pracinhas.
Os de raças andam limpinhos,
Vira latas! Todos sujinhos.
Os de raças vivem de dengo,
Viras latas! Quase de vento.
Os de raças morrem de câncer,
Viras latas! Morrem de fome.
Esta luta pela sobrevivência
Mostrou-nos o outro lado da vida,
Antes de qualquer interferência,
Pense na opção escolhida.
Analisando o modo de sustento,
Vemos os verdadeiros cães de raças.
Os vira latas sempre surpreendendo,
Foram eleitos os donos da marca.
Ah! ...
...Se pudesse
Saí às ruas
Pichar os muros
Com versos.
Contagiar
A alma
Daqueles
Que por covardia
Esconde-se
Não pinta o mundo
Com cores vivas
Nem descreve
Numa tela
A poesia da vida.
Deixando o medo
Ter tanto efeito
Que nem cabe
Num embrulho
Mal feito.
E se afunda
No abismo
Dos sonhos adormecidos
Em passados esquecidos...
Cidade Itinerante
E naquelas ruas e nas estacoes do metrô, o amor ecoa na boca dos amantes, entre os trilhos da cidade itinerante.
E ali, naquele mundo que é so deles, os amantes de brilho de sol, encobrem os dias cinzas e falta de amor ao redor. ...
Às vezes costumo descer as ruas descontraidamente, pensando longe em coisas diversas. Sinto-me feliz porque ainda posso andar assim nas ruas de minha cidade.
Escutei um “oi” vindo do lado da calçada e olhei rápido quando ele me estendeu a mão e disse: sou o Scott e seu nome, como é?
Em pouco tempo torceu uns arames de cobre, era como se bordasse modelando uma linha sobre o ar.
Falei: Sua Arte é linda, prometo que passo aqui outro dia para comparar algo seu. Hoje não tenho nada na bolsa.
Ele pediu que eu lhe desse a mão e colocou um anel no meu dedo e disse: tem coisas e momentos que não se compram com dinheiro. É seu!
Amazonas
Todo dia abençoado
Estou cedo acordado
Indo para trabalho,
Graças a Deus.
Ruas, parques, avenidas,
Prédios e museus.
Entre um dia e outro
Até esqueço-me de ver
A quão bonita cidade.
Princesinha que cresceu
Tudo diferente e a cada ano
Muitos vêm admirar você.
Moça da pele morena
Do corpo de Deusa
Menina mulher.
Que um dia corria no tempo
Com os cabelos ao vento
Longo e negro feito à noite.
Seduzindo viajantes, ribeirinhos e navegantes,
Apaixonados pela sereia que agora é mulher
Moça das águas, inteligente e viajada,
Conhece o mundo inteiro sem sair do lugar.
Merece o mundo com seu sorriso
Que encanta e balança o coração
Do negro, do branco e do índio,
Daqueles que sabem te amar.
Mora dentro do povo, do peixe, do novo,
Na vida, no verde, nas águas do rio.
E nos encontros da vida se faz dividida
Quando a água barrenta vem te namorar.