Poemas sobre Ruas
Antigamente os cartazes nas ruas com rostos de criminosos ofereciam recompensas, hoje em dia pedem votos.
No meu temperamento vai um pouco de pimenta. Não é todo mundo que gosta, não é todo mundo que aguenta.
deprê
vejo as ruas escuras
e na pele, vento gelado
me faz temer amanhã.
sombras e passos
marcam esse momento
nostálgico.
Hoje parece ser ontem,
ontem parece ser distante,
não chego e entristeço.
no túnel interior,vejo futuro,
sinto medo,fujo de tudo
e não me acho!
Tendo o céu sob os nossos olhares,
percorro calmamente e com simplicidade, as ruas que já foram nossas,
corro
adeado por uma multidão de carros e rostos desconectados.
Busco
uma qualquer lembrança de nosso tempo,
caminho, cada dia mais e mais
o destino é implacável
minhas pernas cambaleantes
não podem ir ao encontro de nossos sonhos.
Quero a vida de qualquer forma
jeito de bem vivida
contradições das ruas e sossego da casas.
Das velas agitadas
lutando por um fio de vida, correndo da morte certa.
Desesperar-me, viver em completo abandono...
completamente no dia a dia das lágrimas jorrradas
a cada dia, inutilmente.
Viver dos sorrisos que brotam aleatoriamente
ocasionalmente, viver e me dou por satisfeito.
LEMBRA
Por todas as ruas,
Onde ando sozinho
Eu ando sozinho, com você.
E você que nem se lembra mais,
Se lembra?
Do jeito que eu fui, tão dedicado, meu amor,
Vejo com saudade,
A rua, a cerca,o espinho, a flor.
Tantos gestos fizprá lhe falar, lhe ver sorrir,
Você selembra?
Ainda ando sozinho,
Eu já nem sei se ando,
Eu ando sonhando como você.
E você que nem se lembra mais.
Se lembra?
Do jeito que eu sou,tão complicado, meu amor,
Fico encabulado, quando vou pegar uma flor,
E há tantos gestos mais,
Pra lhe falar, e essa canção
Prá você lembrar.
Certa noite me sentir só, em uma triste solidão...
Andando pelas vagas ruas e querendo apenas um belo e simples coração.
Me sentei na calçada e me peguei olhando para o céu. Pensei comigo... As estrelas são lindas, vivem sozinhas, com milhares de Km de distância uma das outras. Mas elas são belas vivem só, mas nem por isso deixam de mostrar seu brilho.
Claro, sofrer faz parte da vida, mas nunca deixe que seu sofrimento ofusque o seu brilho.
Seja sempre a estrela mais brilhante e a mais linda, pois assim, estará rodeado de pessoas que te ama.
Eu acredito em você. Agora vá fazer o seu trabalho que é ILUMINAR O MUNDO.
Oco
Pessoas passam por todos os lados
em ruas, vielas e avenidas.
Correm para vários cantos
Uma multidão, ainda perdida.
Robôs ou pessoas?
Uma parte de nós (a vasta maioria)
é sintética, genérica, mercadoria
Sem valor, sem cor estamos vazios.
Não sorrimos,
Não amamos,
Não vivemos,
Só andamos...
Que vê o teu olhar?
Nesta noite gelada de céu estrelado
pergunto-me ao caminhar pelas ruas desta cidade,
com que cores tinges o manto
que cobre a nudez do amor
e geme as dores da esperança?
Que olhar lanças de mão cheia
aos que te pedem a tua?
Seiva que alimenta
a caducidade aparente da natureza que adormece,
que vigor sente este granito
das águas fugazes que correm para ocidente?
A oriente nasces,
Sol que rompes o silêncio da dúvida
e me ergues do teu colo onde me abandono.
Canções
Olha o brilho das canções
Que renovam as lições
Aprendidas nas calçadas
Em ruas, becos e estações
Senti a força dessa luz
Que invade a mente
Arrancando tudo
O que não produz
Conhecimento é autor
Do caminho da alma
E de um destino sedutor
Vibre uma vez no show
Emanando suas energias
Pode ser nas alegrias
Do seu time a cada gol
Mas não esqueça
De compartilhar emoção
Então, aproveite e cante alto
O seu melhor refrão
Olha o brilho das canções
Velhas, novas soluções
Procure sempre encontrar
O que te faz bem
E te torna alguém leve
Mesmo ao forte vento
Canta, dança e escreve
O amor pode ser encontrado nas esquinas de ruas vazias,
No fim de um dia chuvoso,
Na fila de um banco lotado,
Num ônibus de destino incerto...
Ou mesmo num belo dia de sol,
Numa brincadeira inocente...
Onde irei encontrá-lo é um mistério,
Quando, é uma dúvida persistente.
Não procuro amor para curar feridas,
Para ocupar a ociosidade dos meus dias;
Procuro abraços apertados,
Beijos inebriantes,
Olhar afetuoso,
Motivos para sorrir,
Alguém para ofertar carinho,
Que converse comigo,
Que se preocupe,
Que sinta minha falta e me faça sentir o mesmo dele,
Que me chame de boba,
Que seja bobo também.
Esse alguém tem que conhecer meus segredos,
Tem que entender meus medos.
Esse amor tem que ser diferente,
Tem que ser uma reconquista diária.
Tem que haver confiança em cada passo,
Tem que ser livre para não sufocar,
Mas esse amor jamais poderá voar para longe.
Vou cuidar bem desse amor,
Vou construir com ele os nossos segredos.
Não deixarei sentirmos medo,
Porque estaremos sempre juntos quando o mundo parecer que vai acabar,
E quando tudo parecer desmoronar,
Mostrarei que existirá sempre amor para o recomeço.
Mostrarei que rir de tudo não parece desespero,
É apenas a minha forma de ser feliz.
Esse amor eu ainda não encontrei,
Mas eu serei capaz de identificá-lo num simples olhar,
E se eu gaguejar não importa, eu não o deixarei ir sem mim.
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Dançando com a morte!
Amarrem a morte já não aguento mais
Nas famílias, nas escolas, nas ruas, nos hospitais,
Parece dominar, parece imortal,
Ela é multiforme,
E às vezes parece de uma forma até legal
Vem em forma de mulher, cigarro, bebida, coisa e tal
Aparece em forma de um abraço
Na carência por que escolher
Se der mole o tempo passa
O perigo é não viver
Na sede da vida estão bebendo o cálice da morte
Conhecem o da vida
Mas preferem contar com a sorte
E a morte continua solta
Te chamando para dançar
Uma música aparentemente boa
Com letras impossíveis de si decifrar
No salão não existe ninguém que desta dançarina não seja freguês
Pois quem dança com a morte
Dança apenas uma vez!
O amanhã não muda
E amanhã tudo será igual,
O sol no mesmo lugar, a girar sem pressa,
As ruas terminaram nas mesmas avenidas de sempre,
As casas estarão à contemplar, os mesmos turistas,
As crianças à procura do mesmo ideal,
Diversão...
Na esquina um mendigo a cantar em uma viola velha,
As pessoas a colocar níqueis no chapéu, velho e sujo...
O engraxate fofoqueiro a contar a ultima noticia, ao seu pobre freguês.
O ambulante a gritar em um mega-fone suas ultimas ofertas,
A policia em sua ronda matinal,
A cabelereira com meia dúzia de clientes, a esperar por um penteado qualquer,
Os velhos jogando cartas na praça central,
As garotas a desfilar com seu Jeans azul marinho desbotado,
Os rapazes a beber em um boteco qualquer, falando de mulheres e futebol,
Mas num canto qualquer da cidade,
algo de estranho acontece,
Um homen de meia idade, cansado da rotina,
Resolve mudar a vida,
E descobre que só se muda a vida, encontrando-se com a morte,
Do ultimo andar ele olha o céu azul turquesa que se forma,
há anos no mesmo horário,
Indicando uma chuva intensa das três da tarde,
E num ultimo suspiro modifica monotonia vivida por todos.
Uma morte não estava nos planos daqueles seres,
Agora os turistas olham para um cadáver, as crianças experimentam o medo que a morte traz,
As casas se inflam de tristeza, o mendigo toca agora um som fúnebre,
E os níqueis já não fazem parte do show,
O engraxate arrisca um motivo,
O ambulante fecha seu humilde comercio pela primeira vez em 10 anos,
A policia já não sabe o que fazer,
A cabelereira não tem idéias para penteados,
Os velhos adiam sua apostas,
As meninas trocam o jeans por um vestido negro,
Os rapazes trocam o futebol por um sincero pesar,
E o homem de meia idade, agora estirado na rua do sossego,
Conseguiu finalmente mudar aquilo que mais o afligia,
O rotina do lugar em que vivia.
Mesmo que seja só por um dia,
Afinal amanhã tudo volta a ser igual..
Catei ilusões durante a vida,
andei tentando aumentar meu caminho,
mas, eram as mesmas ruas de que adiantou?
Empurrei meu carro de lixo, ele agora vira ouro em minhas mãos, vira roupa, vira caderno, vira lápis e compaixão.
Eu trilhei a arte do ofício, mas Deus quem me pôs nos trilhos, acreditou em mim.
Eu não tenho vergonha do que sou, ajudo o mundo a respirar. E ainda há quem tenha nojo de mim. Coitados eles nem sabe o que fazem todo dia da vida, eu sei, eu ajudo meu mundo e o deles a respirar. Eu os ajudo a respirar, eles e os filhos, os netos e quem mais vier.
Eu cato o lixo que na verdade é ouro, e que eles em busca de ouro disperdiçam.
Continua a chover, as ruas estão vazias, são 17:46 e logo não é mais dia.
Aqui mais um fim de tarde, lembrando de você, ao lado esta da saudade.
Aqueles dias que venho devagar
Vagando pelas ruas
De manha,te tarde
So em pensamentos
So em esperanças
Parecem voltar
Parece que nunca se foi
Talvez não mesmo
Mais é difícil de acreditar
É difícil de entender
Mais também sei que vale sonhar
Pois você os torna mais simples e mais legais
Do que realmente são
Sei e desconfio dessa felicidade que um dia possa existir
Mais faço de conta que vale sonha
Mais do que viver
Todo perder é um encontrar lentamente.
E em cada curva, as esquinas escondem
as ruas que já foram viradas.
Os nossos passos decretam o nosso caminho,
Ainda que sozinho
por essas calçadas.
Saudades ficam dos beijos que não dou mais
E você anda pelas ruas sem dono
e eu escrevo poemas pra te chamar de meu...
Vou voltando sobre a sombra da noite da escuridão
Caminhando pelas ruas sem nenhuma razão
Começo a refletir o que faço aqui
Sem expressar aqui o que sempre escrevi
Olhando para o céu tentando descrever
O amor e a saudade que sinto por você
Vejo uma estrela
Que brilha como os teus olhos
Que podem dizer como é difícil amar você
Se amar é sofrer , sofrerei por você.
Eu ando nas ruas sem direção e sem verdades que possam me fazer cantar sem sentido;
Quero o lumiar para eu lhe enxergar e te admirar com o melhor da poesia, que eu possa te oferecer;
Minha diva, minha menina, minha princesa como não posso te amar?
Meus segredos são suas certezas que despertam as verdades sinceras e desatam as mentiras inventadas;
BARCAROLA
eu e (você) andando
, de mãos emprestadas, quase pelas ruas,
sem olhar para cima nem pros lados nem pra frente,
porém em direção ao Futuro. Ou ao Eterno. Ou ainda ao Sublime.
Ou coisa que o valha, ou qualquer coisa
que não valha nada.
eu (e você)
, nós dois, na noite quase escura,
pulando pelos paralelepípedos da rua asfaltada
brincando de amarelinha sem linhas nem pedra,
saltando por cima das regras, sem ligar a mínima,
eu e “você”, sem fôlego, sem direção,
furando sinais, cruzando fora das faixas,
comprando coisas em lojas fechadas
na parte mais feia da cidade
temporariamente morta,
eu e “(você)”, sem tempo, sem horário, sem
pressa nem propósito,
cortando a vitrine com o diamante do anel que
estamos tentando roubar da vitrine
que estamos cortando
com o diamante do anel que ainda vamos roubar
, eu e quase você, bêbados, desbundados, tontos de sono,
prostrados na praia artificial
polindo na areia plástica
a pedra do anel que a gente ia roubar
contando as estrelas que o dia já apagou
vendo o sol nascer às avessas
esperando o barco.
- Ó, lá vem o barco!
O barco.