Poemas sobre Ruas
Ruas do passado
As ruas do meu passado
Não tinham sequer asfalto
No máximo pedras com piche
E a constante falta d'água
Nelas as brincadeiras não paravam
Do pique bandeira a roda gigante
Nas calçadas de barro o tal triângulo
Intensos jogos de bola de gude
Tempo dos cachorros vira-latas
A troca de figurinhas uma rotina
Todos os cantos campeonatos de várzea
Época que ficou cravada na história
Estação das flores
A primavera chega com seu colorido
As ruas estão repletas de flores
Não sei quais as que mais se admira
Fico extasiado em meio aos colores
Após a cor cinza das nuvens carregadas
Vejo os lindos jardins com pudores
Mesmos sendo eles os protagonistas
Humildes são canteiros e bastidores
Estação que mais embeleza a cidade
Aquece os corações das lindas moças
Haja buquet de flores em toda parte
Dom Ruam da vida se assanha todo
Essa linda estação é muito confortante
Um preparo para as paixões ardentes
O verão espreita para unir essas gentes
Mas só é possível com a primavera quente
O colapso final
A guerra nas ruas
A inocência não existe mais
O fogo nos olhos
O sangue no aço
Minhas cicatrizes ardem
Marcas de guerra
O cheiro da morte
Abraço dos ingênuos
Ossos quebrados
A saudade de casa
Marcas do pecado
O fim lamentável...
FOREVER AND FOR ALWAYS
Você é meu tendão de Aquiles
Me faz andar, transitar por ruas
E avenidas de paixão
Essa chama fica acesa em cada coração
Eternamente e para sempre
Eternamente e para sempre
Imagino nós velhinhos acreditando
Se entregando um para o outro
Únicos românticos autênticos
Como os código de barras
Registradoras de alta qualidade
Registros de nossas vidas
Nosso amor de verdade
Eternamente e para sempre
Eternamente e para sempre
O nosso amor é eternamente eterno
Nosso carinho para sempre moderno
Araras, pinguins, cavalos marinhos
Amor, calor, cheios de carinhos
Quanta imaginação minha
Você se foi já faz tanto tempo
Minha princesinha
Parece está a todo momento
Aqui comigo
Eternamente e para sempre
Namorados amigos
Hoje eu acendi mais uma vela
Sei que não está na escuridão
Não é você que precisa dela
É que sua luz me mantém vivo
E longe da piração
Eternamente e para sempre
Admirado por você
Eternamente e para sempre
Apaixonado por você
28 de março de 2016.
MENTIRAS DESLAVADAS
Acordei bem na alvorada
Por conta d'uma multidão
Que pelas ruas aclamava
As conquistas da população
Saí do quarto tão assustada
E não sei bem porque razão
Fui logo ligando a televisão
O que me deixou entusiasmada
Anunciavam em extraordinária edição
Notícias de deixar o queixo caído:
Éramos a mais feliz população
Porque a pobreza enfim havia desaparecido
Outros anúncios importantes
O analfabetismo havia zerado
Na saúde um atendimento brilhante
Com o mosquito da dengue exterminado
Todos tinham vagas nas escolas
Empregos bem remunerados
Ninguém nas ruas pedia esmolas
Não havia sequer um desempregado
Éramos um país exemplar
Com renda per capita maior do mundo
Notícias que me fizeram saltitar
Mas que duraram só um segundo
Cinicamente em seguida o repórter afirmou:
Você deve estar muito febril
Porque se nisso tudo acreditou
Esqueceu que hoje é primeiro de abril.
mel - ((*_*))
1*/04/2016
Passei de lado
vi jardins
atravessei ruas
pulei calçadas,
dei de cara com o sol, chuvas
corri,
brinquei na água, sorri.
Badernei,
me fiz menina moleca
dancei
rodopiei com o vento
gargalhei.
Lembrei infância:
fiz teatro, mor meu
fiz drama,
fui Julieta, tu Romeu.
Se a gente tiver que ser, será.
Não importam as ruas, estradas...
desconhecidas, dobradas,
o que for será:
hoje, amanhã ou depois.
O que foi escrito nem o tempo
nem becos,
nem caminhos tortos, diferentes...
são capazes de evitar o que vai,
ou vem para ser!
Beleza esvaindo-se
Menos mulheres caminham nas ruas e as que restaram baixam a cabeça por medo de serem violentadas.
O caminho
Caminhando pelas ruas sem muita alegria
Sabendo de todas as possíveis limitações
O princípio pode ser sinal de um cruel final
Nos tombos da vida com prováveis variações
Remove e contorce provocando o pobre ser
As veredas da vida inútil anuncia a maldição
Restauração e destruição sem fim deixam duvidas
Recôndito futuro o assombra com contradições
Terra movediça sem a firmeza esperada
Absorve toda essa louca vida na calada
Tremula no escuro da incerteza está à vida
Desprendendo com intensidade a triste alma
Os seus ossos ainda confiam e seguem firmes
Eles o mantêm de pé nesta dura e árdua labuta
O alicerce mais sólido provoca o epílogo do filme
Para assim poder dar a volta por cima nesta vida
Bandidos no poder, bandidos nas ruas, bandidos nos tribunais, bandidos no senado, bandidos nas capitais.
Bandidos nas polícias, bandidos nos hospitais, bandidos nas periferias, bandidos nos jornais.
Bandidos por toda a parte, por todas as instituições, bandidos disputando com bandidos, até mesmo dentro das prisões.
Bandidos de farda, bandidos de toga, bandidos de mandato, bandidos de droga.
Bandidos de exportação, bandidos que envergonham toda uma nação.
Bandidos as expreitas, tirando a paz do cidadão.
Bandidos se organizando em partidos, donos de legendas eleitorais, bandidos laranjas lavando imensos capitais.
Bandidos por toda a parte, bandidos que não acabam mais.
Que diabos de democracia é esta???
Para fazer bandidos é o que esta democracia presta.
Mudanca vida afora,
Num ilimitado de ruas
Escuras
Rústicas,
Perdi livros,
O livro de mão em mão ,nasce.
O mesmo acontece com a vida!
Prisão mascarada
Ruas postes, esquinas viradas.
Vejo cabeças, pés e mãos.
O que vejo são vãos.
Mascarados de graças baratas.
E liberdades santificadas.
De olhos afobados apontados.
Para os doces pecados.
De viver como se fossem vigiados.
E isso aumenta a fome, a vontade.
A desordem se faz.
Por querer demonstrar um cartaz.
Quando obviamente.
“O que é?” não se responde por si.
Natural é ir, vir.
E ser no estado de estar.
Demonstrar, acorrentar.
Soletrar, balbuciar, dá no mesmo.
Infelizmente ainda é uma criança.
Chora sempre alto, com a esperança.
De um prêmio, seria um biscoito?
Seria por que tem dezoito?
Anda contando os passos para mostrar.
A liberdade que tem ao andar.
Pobres são os que são.
E aqueles que se esforçam para estar.
No ato de apontar, remoer.
Planejar o libertar.
Esvair-se á toda a liberdade.
E desta forma de dentro para fora.
Ela voltou, ela voltou devagar
Chegou assim ternamente
Que é pras ruas não alagar.
Chove chuva, chove calmanente...
mel - ((*_*))
Se é Carnaval
#11;#11;Os blocos estão nas ruas, meu amor...#11;
Feito os sorrisos que acompanham as lágrimas#11;
ou as lágrimas que acompanham os sorrisos.#11;#11;
Se as pessoas, felizes, sambam suas amarguras#11;
é porque há muita felicidade em trânsito.#11;
E se faço silêncio, é porque hoje é carnaval.#11;#11;
Por que, meu amor, é assim que tem de ser...
#11;Amar com fantasia, fantasiando a perfeição.#11;
Como se o carnaval jamais tivesse fim.#11;#11;
E se é carnaval,
#11;vamos brincar até o dia amanhecer e a noite se cansar de nós.
#11;Depois a gente vai pra casa e se ama como se não houvesse o fim.
MENINO DE…RUA?
Sempre que ouço essa frase
Fico intrigada a pensar...
Ruas não engravidam eu sei
Sua mãe onde estará?
De onde vem esse menino?
Quem o deixou assim ao relento
Sem carinho sem cuidados
Paro pra pensar um momento
E sinto enorme compaixão
Falta - lhe teto cobertor e pão
E quando ele sente dor
Quem vem lhe curar as feridas?
Ele não pediu pra nascer
Porque entao lhe trouxeram a vida?
O que faz quando sente frio
Se não conhece o calor de um abraço...
Menino de... rua?
O que tem a rua com isso
Somos todos responsáveis
Pelo futuro desse menino
Se deixarem,ele um dia vai crescer
Um homem sem rumo e sem destino
Jesus um dia foi claro ao dizer
Ame seu próximo como a ti mesmo
O seu próximo pode ser esse menino
Um vivente de corpo franzino
Que tem fome de amor e atè de pão
Ame – o,ele è teu irmão !
(By Fatima Queiroz)
Só acho que se cada um não fizer a sua parte, não jogar lixos e entulhos nas ruas, não deixar nos quintais água parada...o mosquito não terá vez.
Acho que alarmar com a história da zica, da dengue...como se fossem os piores problemas mundialmente, e não fazer nada, cruzar os braços, dizer que é culpa das vacinas em gestantes sem ter uma comprovação se quer, que é culpa do governo, dos políticos...
Generalizando, é culpa deles sim, mas também culpa nossa, que só sabemos cobrar, que acreditamos em histórias, que tudo que vemos, que lemos, que falam, acreditamos com todas as nossas forças.
Temos que acreditar que o nosso País vai andar para frente, e é nosso dever ajudar no desenvolvimento dele, é nosso dever fazer o bem, estudar a fundo o que ouvimos, é nosso dever saber como lidar com adversidades, nos proteger, conquistar um mundo melhor. E claro, nosso dever lutar para que nossa saúde seja uma das prioridades, além da educação..........Estamos tratando a dengue, a zica...como se fosse uma guerra. Claro que eles nos trazem prejuízos graves se não cuidarmos de nossa saúde, mas a guerra não tem que ser só contra os mosquitos, mas com os atos de irresponsabilidades daqueles que não se importam com ninguém, com a violência que vem aumentando...com muitas outras coisas também...........Quando acabar os jogos Olímpicos, ou talvez quando começar, a dengue, a zica e todos os outros problemas serão esquecidos. Só acho!
Árida vida no planeta água
Ah! Essência da vida: natureza projetada
andando pelas ruas desertas,
ilusão de uma vontade
onde se espera o amor e o entendimento.
Eis o árido deserto da raça humana
criado na estrutura do desengano.
Vida sem razão!
Enquanto caminhas para mim
por ruas que não sei
por noites onde choro
por estreitos passeios de mentira
meu coração se enche diante da ilusão
minhas lágrimas secam
minhas mãos estendem em sua direção.
Não sou mais do que uma coisa
e assim
amo a coisificação.
Poucos como eu
sabem sobre a alma
muitos
se perdem em corpos.
Torno-me comum
nos que há de mais prazerosos
no lugar comum.
Enquanto caminhas para mim
não se importa, eu sei
com o que sonhei
pelas quedas já vividas
pelo levantar sem porque
ou melhor,
pelo mero sobreviver.
Meus olhos enxergam apenas a fumaça do cigarro
simbolo único e próximo
de tudo quanto sei sobre amor.
Não sou mais do que um desamado
e assim, só sei supor amor.
Poucos como eu
desejaram amar.
Muitos como eu
só conhecem o prazer
Torno-me amante
como se meu corpo
representa-se em algum momento que fosse
uma alma pródiga de sentimentos.
Entre os meus dois eus
há um lago sereno
alimentado por um rio violento
que uma hora acaba
num imenso mar
sem sentido qualquer.
Andando a esmo por ruas estreitas
Que lugar me procura, questiono.
Flutuo por horas sobre respostas largas.
- Não sei onde estou, respondo.
O mar se precipita, mas não estou no mar
A terra me convida, mas nela não estou
Estou em mim, reflita
Não sei se em mim estou.
Se sou esse corpo, concluo
Seria igual eu morto
Mas não me precipito
As palavras me precipitam.
Por isso escrevo esse poema pobre
Ou esse poema pobre me escreve
como qualquer coisa que serve
para dar um fim ao fim.