Poemas sobre Ruas

Cerca de 1620 poemas sobre Ruas

O vento me alçava pelas ruas da cidade.
Lentas as rodas do carrinho giravam
e viravam ao bel prazer do meu olhar.
Aqui-e-ali algumas ilhas de música, bebida,
carnes, gentes...
Carteados nas calçadas...
Dentro um jazz baixinho roendo meus tímpanos.
Fora: os meus olhos perscrutando novidades.
O natal é dia morto.
Cada um com os seus.
Botecos fechados, círculos fechados.
Fui-e-voltei-num-risco.
Um pequeno giro pra digerir a leitoa.
O que me resta agora
é preencher a boca-da-noite
voltando ao ritual
de abrir freezers e cervejas
e sorrisos.
Amanhã será outra coisa.

Inserida por ranish

Perdidos em ruas vazias tantos corpos sem luz
Muros pichados mostram que palavras hoje são meras ilusões
a rua está cheia, mas ao mesmo tempo vazia, que vazio é esse que vejo?
Gente querendo ser gente, perdida em tantos descasos, feridas e fardos.

Inserida por andreambrosio

Esquinas, becos, escadas e ladeiras.
Dorme a sorte, cai a tarde, levanta cedo, menos conta menos julga.
Estrada confusa. Rota de fuga.
Futuro trato. Desembaraço.
Vai ideia vai vc vai firme.
Q história todo mundo conta
contra tudo. Alguns pagam por todos.
Minuto de silêncio pra apagar memória. Enquanto pensa anda.
Qualquer lugar está distante
pra quem ñ quer ir.
Partir partiu. Nunca a metade.
A outra parte sumiu. Sumiu quem viu. Quem o dono da rua nesse momento. Certidão ñ tem foto.
Compromisso depende da irmandade. Tem quem diga nada ñ.
Vou andando. Moto carro caminhão.
Vou andando.
Trem barco avião estrada passo direção.
E depois e depois.
Quem pergunta o q sabe,
vai ouvir mentira.
Se sabe também.
Vou andando...

Inserida por adelmomartins

Ruas Estreitas

Por entre ruas estreitas,
caminha o meu passado.
Andando como criança passos,
incertos e curtos.
Vive a saudade deixada, de
muitas paragens idas.
Vive os amores já tidos, horas
voltadas ao sonho .
Viajante perdido no tempo.
Do passado nada restou, tudo
esquecido foi.
Só restaram saudades, de horas
passadas juntos,de beijos soltos
no ar, carinhos tidos, depois vividos
com intensidade,nas noites,nas madrugadas,
que vivenciamos os dois.

Roldão Aires

Membro Honorário da Academia Cabista de Artes Ciências e Artes
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E

Inserida por RoldaoAires

Poetas
Ah! se todos os poetas se conhecessem.
Se pudessem se sentar na mesma mesa
e declamar ao pôr do Sol!
Se pudessem dividir suas dores e seus amores.
Se conseguissem se identificar apenas com um olhar.
Então, ao se cruzarem na rua, dariam as mãos .
E recitaram seu melhor soneto no mais belo dueto.
Contagiando a tantos mais com seus haikaiss.
E essa nossa, sina seria só uma rima.
De quem faz a vida em estrofes e versos.
Espalhando a poesia por esse universo!
Ana Jalloul

Inserida por anajalloul

Andamos nas ruas, olhamos as pessoas
É noite
Não sabemos o que vemos em cada olhar
As vezes nos solidarizamos
As vezes vemos monstros
As vezes nos assustamos ou sentimos medo
Cada um com seus receios
Andamos nas ruas e não vemos um ao outro como irmãos
Parecemos bichos
Parecemos atletas
Parecemos tudo
Menos gente
Gente acuada
Gente enojada
Gente saturada
Gente cansada
Olhamos pessoas nas ruas buscamos olhares diferentes
E não nos damos contas que somos da mesma tribo
Da mesma nipe
Da mesma terra
Olhamos pessoas na rua
Somos gente meu Deus!
Por que o medo?
Somos gente com medo de gente...

Inserida por Danicarvalho4015

Não peço ajuda,porque ninguém quer ajudar vira latas,sou artista posso não ter muito dinheiro mas o pouco que tenho divido com eles e este é o meu melhor aplauso.

MC Beth

Inserida por MCBETH

É hora de seguirmos
Chegamos longe, realmente, passamos por ruas, vilas, cidades
Passamos de obstáculos que pensamos ser impossíveis
Mas conseguimos
Conseguimos porque juntos podemos tudo
E separados, não podemos nada
Pode ser que um dia, não nos falemos mais
Pode ser que em algum momento, não sentiremos falta
Mas vai ter aquele dia, que vamos querer voltar no tempo
E vai ter aquele momento, que vamos chorar
Chorar pela saudade, a droga da saudade
Mas então, vamos lembrar, daquele primeiro dia
Daquele primeiro presente
Daquele primeiro passeio, e vamos pensar:
Conseguimos! e não vai ser a vida que vai nos separar
Pois foi a vida, que nos fez nos encontrarmos

Inserida por quemsabe26

Já andei nas ruas de Londres,
Voei nas asas de um grande pássaro,
Atravessei montanhas e pulei de lugares altos,
Tudo isso dentro do meu quarto.

Inserida por pensandoemum

Saí já a noite tinha chegado
E nela procuro um amigo que me acolha
Onde mais ninguém me acolheu.
Percorro as ruas sozinho ainda a pensar em ti.
Como estás? Estarás bem?
Quem me dera saber responder
Mas a distância não permite ter
As respostas nos meus próprios olhos.
Mas já vi que estás bem… Porém
O mundo já não é nosso,
O beijo já não é nosso,
E as ruas já não são nossas.
Só eu é que ainda percorro as ruas sozinho a pensar em ti
À espera que algum dia te possa ver
A caminhar outra na vez na minha direcção.

http://ensaiosdescrita.blogspot.pt/2013/02/acabou.html

Inserida por nmsb

Se segunda-feira você me ver dentro de um Mercedes andando pelas ruas de Macaé.
Não morra de inveja...
É que estarei sem carro e vou andar de ônibus.

Inserida por sergiopaschoal

Quando a noite cai as ruas da cidade são tomadas pelo medo, desejo, desespero e solidão humana.
Aqueles que se escondem durante o dia, agora andam livres pelas calçadas enquanto aquela maioria se esconde em suas casas.
Estas ruas escondem segredos, mistérios do que o ser humano se tornou sem o amor.
Olho para o lado e vejo que em meio a algumas cobertas sujas e rasgadas alguém faz da fria calçada sua cama, dorme porque o corpo pede, talvez sem querer pensar como será o seu amanhecer. Continuo a caminhar e vejo que são tantos que fazem da solidão da noite sua companhia e daquela que para grande maioria não passa de um caminho, sua parada.
Pessoas caminham com presa mesmo tendo passado das duas da manhã. Me olham com um olhar perdido, parece como se procurando um sorriso.
Nas esquinas o corpo é a mercadoria mais ofertada e procura. A fumaça no ar é dos cigarros que entorpecem as mentes. As ruas mais escuras são refugio daqueles que não sabem mais o que viver, querem apenas sobreviver.
Tudo tão diferente das noites da pequena cidade que venho, aqui as estrelas parece que se escondem para não serem testemunhas das histórias que estas calçadas vivem até o dia chegar. Que falta faz aquela calmaria, aquelas ruas vazias e cheia de vida, aquele céu que convida a sonhar vendo as estrelas e a lua brilhar.
As horas vão passando e com ela as ruas voltando a receber aqueles que até sabem o que elas vivem enquanto se dorme, mesmo assim, seguem pois para eles continua sendo apenas um caminho.

Inserida por Roger_Stankevicz

Antes de dizer que te amo
Me deixe correr descalça pela chuva
Me deixe sair de madrugada pelas ruas da cidade como andarilho que anda sem rumo, desnorteado sem destino, como quem não espera nada, nem mesmo a tragédia,
nem mesmo a sorte grande.

Antes de dizer que te amo
Me permita aproveitar um pouco mais dessa minha solidão, só pra ver se ela já é solitude, pra ver se ela já é canção.

Antes de dizer "eu te amo"
Preciso me sentir completa,
Ou mesmo vazia (como sempre fui)

Mas antes de dizer "eu te amo" eu quero provar mais uma dose de loucura, de quem nunca atreveu-se a ser lúcido, a ser são

Porque antes de dizer que te amo
Quero ter certeza de que é isso mesmo...
De que eu nunca quis tanto outra coisa assim,
De que agora é pra valer
E que finalmente nossas mãos vão se entrelaçar
E que pela primeira vez saberei que encontrei um encaixe perfeito
E que é você quem eu quero até meu último suspiro.

Inserida por kanandacosta

Aprendendo a te perder!

A noite é triste!
Chove, venta e não te tenho aqui comigo,
a saudade dói!
Saio pelas ruas com passos perdidos.

Minha mente já inconsciente!
Nada mais faz sentido,
sento-me neste velho banco desta velha praça onde o tempo não passa, e bebo!

Brindo com a solidão,
rindo das minhas desgraças
de olhos fitos ao chão!

Ontem, sonhei, amei, tentei viver,
hoje estou sofrendo,
aprendendo a te perder!

Inserida por mateus_dahmer

POR AÍ

Hoje saí pelas ruas da cidade
Vi edifícios com mil janelinhas
Cada qual com uma história para contar
Vi gente apressada mesmo sem ter onde ir
Vi a moça fazendo bala de coco no tacho
O coco queimado no açúcar tinha cheiro de infância
Por alguns minutos fui criança outra vez

Senti cheiro de terra molhada ao passar por um jardim regado
Senti respingar na pele águas de um chafariz
Senti alegria ao ver o abraço entre duas crianças
Senti uma vontade danada de sentar numa calçada
E sentei

Hoje saí pelas ruas da cidade
Achei tantos tesouros
Que jamais poderia pagar.

Inserida por elis_barroso

Por tuas ruas...

Ando por tuas ruas,
ando por teus paralelepípedos,
hora desarmônicos, hora não.
Irregulares pedras contrastam
com a perfeita simetria de hidráulicos ladrilhos.

Ando por tuas ruas,
improvável não imaginar os tempos de antanho,
calçadas altas que serviam para descer das carruagens,
trilhos por onde os bondes deslizavam, pairavam.
Eram veículos sem muita velocidade.
Imaginar isso nos dias de hoje
parece um tanto estranho.

Ando por tuas ruas,
improvável não imaginar casas arquitetadas sem tantas alturas,
um céu sem ranhuras com mais azul pra contemplar,
o Chafariz que servia para a sede saciar,
hoje ornamenta, é cultura,
enquanto para outros mostra as atuais amarguras.

Fábio Zündler

Inserida por zundler

Hoje pelo caminho


Os trilhos me pareciam tristes!
Já não se via neles o mesmo brilho dourado de sempre.
Os seus caminhos eram tortos, tortuosos, sem graça.
Hoje a noite, a chuva veio:
-Caiu devagar sobre as ruas da cidade.
-Não se via nela a costumeira beleza de outrora.
O frio que trouxe consigo era de amargar:
de fazer tremer todo o corpo,
de fazer trincar os dentes,
de fazer arder a pele.
Tanto frio...Tanta chuva...Tanta dor...Tanto silêncio.
Onde estará esse trem?
Ele nunca se atrasa!
Terá ele se escondido do frio e da chuva...
Terá ele se perdido no caminho em meio a retas e curvas...
Será que embruteceu em meio aos carros e ruas,
enlouqueceu na selva de pedras enquanto tentava voltar para casa?
Terá ele brigado com os trilhos,
desencantado da lua,
padecido só e abandonado em uma cova rasa na vida?
Onde está o trem que me leva?
O brilho dourado que euforiza-me?
(Trilhos e Trem) -
Por onde vocês andaram?
Estive a espera de vocês por dias a fio,
estive a espera de vocês por horas.

Inserida por JotaW

então é isso,enquanto a gente caminha pelas ruas da vida
a gente vai encontrando pedaços de sonhos espalhados,
pisando em cacos e achando peças perdidas que a gente nem lembra de onde veio.

Inserida por AnaPaulino

Eu ando pelas ruas te procurando
Mesmo sem te encontrar, te vejo em todo canto
Eu canto pra espantar a tua falta
Me libertar daquilo que me arrasta

Inserida por pensador

ELA

O forte verão
O sábio outono
E até o mais rigoroso dos invernos
Conhecem a força dela
E sabem que a primavera não se pode deter.

Inserida por elis_barroso