Poemas sobre Rios e Lagos
Há tempos
Há tempos não toco em lápis, em caneta
Imaginação a chorar como rios a secar.
Cultivando pensamentos, deixando- se levar,
Pois poemas são que nem amores em vão,
Se não se registrarem, se saem da mente.
Como amores no coração.
Há tempos não te beijo.
Há milhares de segundo não te vejo
No qual a solidão a me acorrentar
Menina de olhos verdes, oque fizeste assim.
Pra eu tanto te amar.
Há tempo te pergunto, não vá se ofender.
Mais oque fizeste nunca saberá responder
Mágoa - um efeito de duração indeterminada.
Uma chuva de verão que pode destruir vales, rios e pontes.
Pontes entre pessoas, ou países.
Mágoa, aquilo que nem sempre se diz, mas que aparece em um olhar.
Eu em você
Quero fundir meu corpo á água
E correr entre os rios ...
Quero ser chuva ,tempestade
E você meu mar ...
Para juntos sermos o infinito !
Que eu seja então o céu ,
Para que você minha água
Me alcance todos os dias ...
Eu serei o sol
E você minha terra ,meu mundo!
Para que vivas a me rodear
Que seja o nada e você meu tudo
Que se movam terras e mares ,
Mas que o nosso amor dure para sempre .
Que eu seja para ti
E você em mim.
Zorte
Perfumes sem flores sinto no ar
Seca dos rios uma lágrima a rolar
Ventania que ataca longe do mar
Chora, grita espera a tempestade chegar
Sol brilha forte beleza tão sublime
Vai aos poucos se escondendo na inocência das nuvens
Que escuras estão, apagam o brilho e se vão
Deixando descer a terra suas partículas em vão
Ao comando dos ventos... Norte, sul, leste e oeste
Dança os pingos, dança a poesia
Criança tristonha com copo vazio
Mais uma vez... Sorte... Zorte... Sertão.
Uma dor que se chama solidão.
Uma angustia que enche o peito.
Lagrimas que trasbordam os rios da vida.
Deixando a Vontade de viver deixar de existir.
Dando espaço a um sentimento chamado tristeza.
Ordnael Skelsi
(Poeta Solitário)
Margens dos rios
Mística da extensão
Fascina meu ver
Refaz meu navegar
Gosto de navegar nas entrelinhas dos rios
Inspiro as maresias das sensações
Transpiro a vastidão do pulsar marinheiro
Contemplo a imensidão do céu
Escrevendo as rotas das estrelas em sua harmonia com o rio.
(A triste distância do amor)
Mais que os Quilômetros,
Mais que os rios,
Mais que os muros também,
Mais que as limitações físicas,
Mais que o contraponto de ideias,
Mais ainda que a covardia,
Mais que tudo isso,
O que nos separa,
O que nos impede,
O que nos embarga,
É simplesmente a dura e pesada mão do destino.
Ainda que moras ao Sul,
E eu vá ao seu encontro,
Pareces ir ao Norte.
Ainda que estejas ao lado,
O lado ganha distâncias inalcançáveis.
Ainda que pareças estar debaixo do mesmo teto,
Esse teto se tornar o céu,
Tão gigantesco e vasto,
Quanto o amor que sinto por você.
Nem muitas águas conseguem
apagar o amor;
os rios não conseguem levá-lo
na correnteza.
Se alguém oferecesse todas as riquezas
da sua casa para adquirir o amor,
seria totalmente desprezado.
Na cidade moderna, os
trilhos, as estradas.
Os rios nos levam.
E quando partimos nos
guiam, pelas próprios
desvios.
MEMÓRIAS
—
“Foi por intermédio da Bíblia, que eu entrei nos rios da literatura”. Mergulhei no livro do gênesis (Sefer bereshit) e quando vi, já estava em romanos; não consegui mais sair. Era um viajante cheio de fantasias, diante de um vasto universo. Renunciei aos traumas (memórias), e passei a ter uma visão mais humanística. Sem interrupção prossegui, entre bênçãos e incompreensões, não se tratava de ideologizo estético, ou moral, mas de uma reforma que acontecia em mim, séculos antes de conhecer quem era Lutero. Uma reconstrução do que é belo, uma reposição do encontro com a vida, através da palavra.
Eu navegarei
Navegarei amplitude do rios
Vastidão envolvente do respirar
Navegarei linhas cativantes do por do sol
Navegarei nas entrelinhas apaixonante da natureza.
O Nordeste é abençoado
É uma linda região
Tem o mar do litoral
Tem os rios do sertão
Tem cuscuz e forrozeiro
Tem um povo hospitaleiro
Com um grande coração
Rios de tristeza
Rios de lágrimas florescentes,
escorrem do peito dolorosamente,
leito afora, solidão e saudade
se misturam pela corrente.
Uma vontade e uma angústia,
entre a foz e a nascente,
é de onde nasce e para que corre,
deságua sempre lentamente.
Assim são os rios de tristeza
que agitam a bravia correnteza
da ansiedade, aflitiva incerteza,
daqueles que vivem na esperança,
daqueles que morrem de saudade,
de um amor ausente.
Os rios correm e desaguam no mar,
mesmo se mostrando diferentes acabam por ser iguais
por simplesmente correrem para onde todos os outros vão.
Porém, tem um...
Ah, aquele rio...
Aquele rio que insiste em sair do mar,
fazer diferente e desaguar na nascente.
Tem aquele que acredita que na nascente
existe mais felicidade e paz,
mesmo que esse processo seja doloroso e traumático,
no final, tudo servirá para seu renascimento,
onde tudo será mais leve.
E logo terei de morrer,
para reviver nos rios de sabedoria
aonde o amor flui em correntezas
ao som de muitas águas
antigos veleiros
pioneiros dos tempos,
olhares ausentes,
deitamos a sós
A poesia é recurso inesgotável, vertente presente nos rios do imaginável. É experiência de vivência, mentira de inocência, história que se inventa ou diálogo com a sofrência.
Para meu observar ela escolhe portador. Escolheu a mim um doente da fala, prisioneiro da falta por longa data.
Poesia é morada, salvação de muita alma por terapia literária.
Do alto do morro
Vejo tudo;
As casas
Os carros
Os rios
O mar
Pessoas
Animais
Deve ser assim
Que Deus
Vê a vida passar
DOM
Eu já chorei rios de lágrimas.
E já sorrir de doer a barriga.
Tive que escolher porque chorar .
Era mais frequente.
Um sorriso acalma o coração.
As lágrimas esfria .