Poemas sobre Relógio
Feliz 2018
Quantas giros deu um relógio, quantas voltas? Será que alguém parou pra contar? Tantos sons de tic tac que é impossível numerar, um ano parece passar tão rápido, mas na realidade é muito lento e devagar é agente que na correria da vida não consegue enxergar.
Mais um ano se aproxima, muitas coisas pra conquistar, cuidado pra não perder os detalhes e novamente não vê esse ano passar, do que adianta as conquistas sem história pra contar, pois quem não percebe a vida acaba morrendo sem saber o valor de respirar.
Que 2018 não passe rápido, mas que demore passar, pois assim é sinal que vivemos cada dia como se fosse o último dia e isso ninguém pode pagar.
30/12/17
"CONTAGEM REGRESSIVA"
Sou bomba relógio zerando o contador...
Sou bastão de dinamite cujo pavio chega ao fim.
Sou espada afiada, faca amolada.
Sou alta voltagem, um curto-circuito!
Sou o movimento das placas tectônicas.
Sou o rasante do gavião em presa fácil.
Sou contração, dilatação, o próprio parto!
Sou o susto, o alívio, a dormência.
Sou meteoro eclodindo sobre a terra.
Sou panela de pressão, adrenalina pura.
Sou avalanche, queda d´água, cataratas.
Sou o disparo da bala e também o alvo.
Sou o atrito, a faísca, fósforo riscando.
Sou 250 batimentos cardíacos, encontro às escuras.
Sou o dedo na tomada, o grito e a dor.
Sou intenso demais, a relatividade do tempo.
Sou a a tua angústia e também a tua paz.
Sou teu maior medo e a tua maior alegria.
Sou a tua energia, combustível, força motriz.
Sou o teu desejo, tua vontade de ser feliz.
Então vem, vem logo comigo, deixa eu te levar...
porque em meio a esta intensidade,
você, por vontade desejará ficar.
RELÓGIO E SOL
Fora das sombras e da noite
o sol, em sua vil solidão...
Pendula-se em seu branco solidário
aquecendo seus dias, mantendo
vida e, sufixando seus amores.
Enquanto o relógio por ai...
Com seus braços e suas torres,
suas paredes, e seu tic, tác...
Não conta o tempo,
não mede momento, mas com
suas marcas, demarcam seus dias,
separam seus meses...
E ainda, arrasta seus planos,
empurrando a sua idade
contra as rugas dos seus anos.
Antonio Montes
Preciso de um tempo...
"Preciso de um tempo", por isso, não parava de olhar o relógio, mas, de repente, o relógio esqueceu de marcar o tempo que, por sua vez, esqueceu que era tempo. Corri à rua, no desespero, e as pessoas todas paradas no mesmo lugar, sem falar, sem respirar, sem olhar, porque esqueceram o que tinham que fazer. Olhei para o céu e, vi que os pássaros esqueceram de voar, e ficavam suspensos no ar, já que a gravidade, também esqueceu de trabalhar. De repente, percebi que estava ficando tudo sem cor, porque esqueceu de colorir.
Sentei...e me acalmei, olhando tudo novamente, vejo que tudo está normal, o tempo está passando, as pessoas fazendo o que têm que fazer, os pássaros voando, a gravidade trabalhando, as "cores" colorindo.
Então, o que foi e o que é isso?
TUMTUMTUM...........TUM.....................TUM................tum........................................tum................................................tum................................................agora eu entendo, tudo isso foi o me coração parando, porque ele sem você, perdeu a razão de continuar trabalhando..................................................tum____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
"A vida é como um relógio
Senhora do tempo e das horas
Alguns passam por ela velozes
como o ponteiro dos segundos
Outros passam rápido
como o ponteiro dos minutos
Há quem passa calmamente
como o ponteiro das horas
e às vezes atrasam e até param
nos amores ou apreciando a paisagem."
Viviane Andrade
O relógio as vezes para, por que as pilhas estão gastas, mas o tempo não esquece
De tudo que perdemos, das brigas que tivemos, dos dias em que desejamos não ter existido
Dos beijos não roubados, abraços cativados e jogados ao vento
"" Se fosse apenas uma vaga lembrança
como tinir do relógio em cima da estante
se fosse o silêncio profundo
numa tarde de verão
onde a alma voaria em busca de infinitos
onde os beijos seriam pétalas dos lábios dos anjos
se fosse apenas impossível
irreal, sonhado nos sonhos juvenis
seria sempre obra do acaso...
mas era um sino de catedral
a dizer que serão inesquecíveis todas as lembranças
nas badaladas de um coração que continuará dizendo sim...
O RELÓGIO NO DESERTO
por R. J. Riggins
Ok, então se você encontrasse um relógio no deserto, suporia que ele tinha se “construído espontaneamente” a si próprio a partir da areia do deserto e das rochas? É claro que não! Você suporia que o relógio foi feito, ou criado, por um relojoeiro habilidoso, e deixado cair ali por ele ou por outra pessoa. O relógio foi claramente projetado para um propósito muito específico, por alguém com grande perícia, que sabia de antemão exatamente o que queria. Portanto, quando encontramos algo projetado de forma tão perfeita como um animal vivo, também é completamente ridículo supor que isso se “construiu espontaneamente a si próprio”. Teve de ser concebido, em toda a sua perfeição, por algum grande projetista. A mera existência de relógios e animais bem concebidos é toda a prova que precisamos para concluir que ambos foram criados por alguém com infinitamente mais sabedoria do que as criações. Ambos, meramente pela sua existência, têm implícita a existência de um grande projetista ou criador. Os relógios não “evoluem simplesmente”, nem os animais (ou as pessoas); logo, a evolução é logicamente absurda (e, por extensão, qualquer pessoa que acredite nela é um idiota ilógico).
É mais ou menos assim que a analogia geralmente é apresentada. E parece bastante convincente à primeira vista. Imagino que algumas pessoas com inclinação para a evolução tenham ficado desconcertadas por esta analogia na primeira vez que a ouviram, não sabendo exatamente como responder nesse momento. Também aposto que alguns criacionistas veem isto como uma pérola de lógica irrefutável que destrói completamente a evolução e todas as suas obras.
O TEMPO
relógio sem hora marcada
divide nossa amargura
substantivo sem parada
reparte emoção em fagulha
soma nossa experi~encia
uma melodia inacabada
a esperança da ciência
reduz o corpo em nada
imortaliza a poesia
diminui nossa expectativa
multiplica nossa alegria
um barco sem deriva...
mel - ((*_*))
Cada vez mais o tempo vai passando
Para uns indo para outros voltando
e o relógio me mostrando
Que cada vez mais vou te amando
Sem deixar que nada impeça que tudo passe
E que nada acabe
ELA NÃO HAVERÁ DE DEMORAR
São pouco mais
de nove horas da noite
e o relógio a perguntar-me:
cadê? Quanto tempo
o rapaz ainda vai esperar?
E eu pacientemente
sorrindo um sorriso amarelo
respondo sem saber se pra ele
ou pra mim mesmo:
ela não haverá de demorar!
Num sol deitando
no fim da tarde
uma nuvem passageira se assopra
num sussurro do relógio
E que eu já não pedi mais nada
já foi dito
entre dois dedos de prosa
e um pito
Mesmo quanto diz-se o silêncio
te grito
num maldito lindo dia
que não te amo
Mas
ainda há
os que dizem não morrer
de saudade
e os que juram ter morrido
num aflito dia infinito
Então, eu que não sou de pedra
virei flor
pra olho que não enxerga
solito.
Quando se pensa que nada mudou, tudo se transformou.
O ponteiro do relógio andou.
A chuva parou.
O vento pra outras bandas virou.
O sol brilhou,
a terra girou,
a lua mudou.
A dor acabou,
e a tristeza a alegria recuperou...
A paz voltou
e a esperança esperançou:
um novo amor começou....
recomeços... a vida exatamente como conheço :)
A difícil arte da espera...
Brigar com o relógio...
Nunca deixar a bateria do celular acabar...
Esperar que ele te ligue...
Ficar pronta na esperança de que ele virá...
Usar o melhor perfume...
Escovar os cabelos...
Deixar a boca com hálito doce...
Colocar aquele vestido e sapatos pra ele notar a tua beleza radiante...
Ter sempre uma frase na ponta da língua...
Se policiar para não gaguejar....
Tomar cuidado para não tropeçar, nem na saída e nem na volta...
O mais difícil de todas as artes da espera...
Não deixar que ele perceba o teu nervosismo...
Se tu conseguires, parabéns tu és mesmo bem controlada!
Ah, o relógio trabalhando, o dia lá fora cheio de movimento.
E aqui dentro, ah aqui dentro tudo do mesmo jeito.
Eu quietinha só esperando você voltar ...
a vida e o medo
sentei-me no relógio a ver o tempo passar
apunhalada pelo estremecer dos ponteiros
recitando-me degraus que não quis subir
asas me apelaram anunciando um céu
onde brilhava a liberdade em vaga-lumes cadentes
pisei um chão que não havia.poisei o olhar no instante
fechei os olhos,cerrei as mãos,tive medo de cair..
Nos ponteiros do relógio vejo teus olhos
O teu sorriso no espelho quando acordo
A estrada que sigo me leva à você
Está sendo impossível te esquecer...
O reflexo que bate na água do mar não é mais meu
E meu coração agora é teu
Luzes que refletem em meu olhar
Me leva para mais perto de quem quero está.
Procurei a vida conheci a rotina contada por um relógio inútil
Pensei em dinheiro o instante se foi e o futuro inexistiu,
E a verdade surgiu disfarçada de religião e vaidade
Fugi de algo percebi que era minha sombra mesmo sem a luz
Achei que havia me libertado, percebi que nada havia existido
O olho pesa
Já passa da hora de dormir
Mas a esperança me cega, e os ponteiros do relógio já não apontam.