Poemas sobre Pássaros
o amor, às vezes, é um pássaro ensaguentado, à beira da morte, que encontramos no meio da neve, e perdemos todas as dimensões de tempo e distancia pra cuidá-lo e curá-lo, impensavelmente mesmo que todo sacrifício venha a ser em vão no final…
o amor, às vezes, é uma nuvem negra que surge quando tudo o que precisamos é de chuva forte, e nem sempre nos damos conta do quanto estivemos secos e sem vida em nossas clausuras infecundas, frias e empoeiradas…
o amor, às vezes, é como despertar num domingo de manhã com a preocupação de atraso, e então nos damos conta que está tudo bem, pois podemos ficar quanto tempo quisermos, porque não precisamos sair, pois não há lugar melhor do que onde estamos…
o amor, às vezes, é tão pequeno a ponto de levarmos pra todo canto, e grande o suficiente pra que nossas vidas o orbite sem que venhamos a cair, porque o amor é como um orvalho que salva a flor, e nele se refletem o céu e todas as constelações de andrômeda.
amor é sei lá o quê e nem sei pra onde, nem como, nem bebo, nem cuspo. apenas me assusto quando chega tombando os trincos, e agarro às cegas, olho, beijo, unho, pra não deixar assim por vir e partir, porque amar também é um rasgo, um bocejo, e entender que nem sempre devemos ter por onde ir.
A poesia se encontra na
simplicidade da vida!
No cantar de um pássaro
No desabrochar de uma flor
No sorriso de uma criança
No arco-íris multicor
No verde da esperança
No lindo infinito em cor
No som do mar
No enluarar da noite
No céu em ardor
No vento a acalmar
No soar da brisa
Na chuva leve a pingar
Nos olhos puros da velhice
Num abraço de um amigo
Num afago da família
No aconchego de um calor
No encontro da calma
Na leveza da alma.
Quem tem a sensibilidade de enxergar
e absorver o simples da vida
consegue a vida valorizar e amar.
Entende o que é poesia
e consegue tocar na
perfeição de Deus!
Linda tarde fico a falar
Vejo o sol amarelado ficar
Pàssaros voam no ar
Que da felicidade apenas em pensar
Um cheiro venho a cheirar
Delicioso
E muito saboroso
Bolo? Quero esperimentar
Vou logo saborear
Não podia ser melhor
Essa tarde linda com pàssaros a voar
Sou um pàssaro a cantar
Uma linda melodia de emocionar
Quem ouvi-la
Concerteza ira chorar
Làgrimas de alegria
Fazer que todos sorria
Importante mesmo é não parar
E sempre continuar
A cantar uma linda melodia de admirar
VOO LIVRE
Sem grades ou cortina
A janela aberta
O pássaro vem
(verde-oliva)
e pousa
repousa
na retina.
Não quero guerra nem paz
nem saber se há céu, mar,
terra, flores, ar
passarinhos, outros bichinhos.
Não vou lembrar de safados
de honestos, dos modestos,
dos cometas dos planetas
dos continentes
de idiomas diferentes
hoje eu quero o vazio
o nu.
que importa o vento
o frio ou o calor
quero o nada.
Nem sonhos
menos ainda realizações
nem fastio me atrai.
candura, ardil
frescura ou secura
tanto faz,
não quero.
Eu não quero existir
sentir.
Não estou a fugir
só não quero
nem fingir.
Me dispo de tudo,
esvazio.
Que importa a poluição
a má intenção
que interessa a solidariedade
o rancor, o amor?
Fico parada, sem pensamento
nem que seja por um momento
não quero saber de nada.
Desabafo de amor...
E feito passáro
pousaste no meu canto,
roubando todos os meus silêncios.
Provei do teu gosto e guardei,
o teu hálito,
todos os teus sabores.
Misturou-se ao meu sal o teu suor.
Bailei nos versos que a tua boca preferiu falar.
E cantei as tuas cores todas,
bebi todos os teus segredos,
arrepiei todos os teus poros e fiz eriçar
todos os teus desejos.
Profanei a tua alma e,em troca,
herege, desnudei-te a minha.
É ínútil o teu silêncio.
Eu ouço todos os teus passos.
Passáro de Fogo - Paula Fernandes
Vai se entregar pra mim.
Como a primeira vez,
Vai delirar de amor, sentir o meu calor
Vai me pertencer...
Sou passaro de fogo, que canta ao teu ouvido.
Vou ganhar esse jogo, te amando feito um louco.
Quero teu amor bandido
Minha alma viajante.
Coração independente.
Por você corre perigo.
Tô a fim dos teus segredos.
De tirar o teu sossego.
Ser bem mais que um amigo..
Não diga que não
Não negue a você.
Um novo amor, uma nova paixão.
Diz pra mim...
Tão longe do chão
Serei os teus pés.
Nas asas do sonho, rumo ao teu coração.
Permita sentir, se entrega pra mim.
Cavalga em meu corpo.
Ô minha eterna paixão.
Vai se entregar pra mim...
Balada da Primavera
Sou apenas um pássaro
Canto porque isso está em mim
Sou apenas um pássaro
Eu vôo ferido só para não cair
Vou livre por entre as gaiolas
Mas chega uma hora
que você quer hesitar...
As flores se abrem
Os perfumes se espalham
E as pessoas querem se casar.
Liberdade de viver
Viver é passarinhos do mar
Peixes a voar
Vagalumes a iluminar
Se jogar de uma ponte imaginária
Amar loucamente
Cantar desafinado
Dançar feito molusco
Gritar sendo mudo
Voar sem ter asas
Fugir de casa depois voltar sentindo saudades antes que alguém perceba
Ficar preso num sentimento pertubador.
Depois soltar-se das correntes e perceber que era amor
Depois prender-se denovo sem culpa, sem dor
Ter medo do escuro e infiltrar-se dentro dele
Não ter medo de ser ridiculo
Ser insolentemente sutil
Ah, viver é não pensar!
És filho de Deus.
O sol te beija a fronte, todos os dias.
Os pássaros cantam aos teus ouvidos.
Aos teus pés, todos os caminhos se abrem.
A terra anseia pelas tuas sementes.
A fonte que desliza, cantando, oferta-se aos teus lábios.
As flores desabrocham, perfumando o ar que respiras.
Não tenhas medo de viver.
Aguça os teus sentidos e integra-te com a Criação Divina.
Tudo existe em função da tua existência.
Não temas a dor e nem receies a morte.
Viverás para sempre!
Ouço o canto dos pássaros
ao ritmo que trás paz
O caminho será embalado
ao som dos pequeninos, que vai crescendo
Vejo encanto na dança dos galhos
o chão está cheio de folhas mortas
é o adubo pra terra fértil
Gotas de orvalho, mata a sede
que a madrugada tão generosa deixou
As flores singelas,
mostra sua beleza, pra nos trazer alegria
Nascente de água límpida
na sua fragilidade
a essência que nos faz viver
Ao percorrer a estreiteza da estrada
seus veios se alastra minando
a procura do seu maior
O rio um espelho de água cristalina
margeando histórias simples
Desliza ao encontro de uma mestiçe
A natureza sábia divina
promove esses prazeres da vida.
AMOR COM LIBERDE
existia um homem que possuía muitos pássaros.
Como vivia só, esses animais eram como filhos.
Gostava de todos, mas, havia um,que lhe era especial.
Se tratava de um velho canário belga, que ganhara do pai. O pequenino pássaro, fora o primeiro de sua coleção
e durante longo tempo, sua única companhia.
Mas um dia , sem motivo, o passarinho, apareceu doente. De olhar melancólico nunca mais cantara, queria novamente a sua liberdade.
Perceber e aceitar esse desejo eram coisas que não entravam na cabeça do seu dono.
A atitude do companheiro parecia ingratidão.
Sempre lhe tratara bem.
Nunca lhe deixara faltar alimento e amor.
No entanto, agora essa! " Não vou soltá-lo" ! Concluiu. Algum tempo passou, e o animal foi definhando
cada vez mais.
Sua morte parecia iminente.
Não tendo outra escolha o velho homem deixou
a gaiola aberta.
O canário com dificuldade andou até a portinhola, permaneceu algum tempo hesitante entre ficar e partir, mas, acabou decidindo pela segunda opção.
Aquele foi um longo dia; solitário e triste...
Na manhã seguinte, o bom homem acordou
com um canto idêntico ao do pássaro que partira.
Abrindo apressadamente a janela deparou-se com o amigo que cantava como nunca havia cantado.
Essas visitas se repetiram ainda durante vários anos. Com as pessoas acontece da mesma forma.
Amor não combina com algemas e prisões.
Quem ama deixa sempre às passagens abertas à espera que o amor verdadeiro possa se manifestar.
Sou um peregrino neste mundo pequenino
guiado pela força do amor ,
assim com um pássaro a uma flor...
Todos os dias é nova a aurora
O orvalho se renova, os galos cantam
As flores e os pássaros despertam
Renascem as esperanças, amanhã...
A paz deitou na minha cama
Amanheceu ao meu lado
Preparou o café e leu o jornal
Morreu paz, renasceu paz, amanhã...
O que são os versos escritos sem alma
Senão apenas palavras?
Eu vivo a paz, escrevo a paz
Sinto-a hoje, amanhã...
O vento embaraçou meus cabelos
O amor os penteou, os ornamentou
A solidão me despiu, a fé me vestiu
Posso sentir o cheiro de chuva, amanhã...
Construo castelos, invento canções
Conto histórias, desperto emoções
No meu reino encantado está o teu trono
Minha alma geme, te espera, amanhã...
Meu Querer
Queria ser o passarinho azul que na manhã clara vem te acordar
Queria ser um uirapuru que Você ouve a admirar
Queria ser um Beija-Flor para seu cheiro sentir, seu sabor provar.
Queria ser a carta que Você espera com ansiedade.
Mas sabe o que eu queria ser mesmo?
A pessoa que Você ama de Verdade
Tira a poeira das asas, meu anjo. O sol brilha tão lindo lá fora... Os pássaros cantam, as flores desabrocham, e há sorriso nos casais enamorados, deitados na grama do parquinho ali ao lado... As crianças brincam tão felizes, alheias a tudo... E por que as suas asas andam tão empoeiradas?
Tira a poeira das asas, meu anjo. Ainda há tanta coisa por fazer... Um filme engraçado a dois no cinema, uma bebida qualquer num barzinho diferente, um caminhar sem destino de mãos dadas ao vento... Aqueles dois idosos parecem ignorar que já passaram por tanta coisa juntos, olha só o sorriso deles, tá vendo?
Tira a poeira das asas, meu anjo. Não se entrega... Não me dá a opção da escolha, ainda prefiro que você lute... É tão lindo o brilho que sai dos seus olhos quando você sorri... O teu toque fica tão mais macio, o seu abraço fica tão mais quente... O teu beijo fica tão mais doce...
Tira a poeira das asas, meu anjo, já tá na hora de voltar a voar...
Estive por sete maravilhas
Estive no canto dos pássaros
Que soa doçura, soa ternura.
E nunca vi tamanha beleza
Como vejo nos seus olhos,
Estive na lua, foi lá onde sentei para ver a rua.
E nunca houve tamanha maravilha
Como sentar-me na sua frente
E naufragar-me em suas palavras,
Eu estive onde o espírito encontra o corpo
E mesmo no paraíso, não houve tamanha perfeição
Como descobrir teu coração.