Poemas sobre Pássaros
A certeza do que se quer
Algumas aves fazem vôos migratórios de um continente a outro sem que nunca tenham feito a mesma viagem antes. Passam por centenas de paisagens, e avistam o mundo todo literalmente do céu. Como elas sabem qual é o seu destino, o local exato em meio a tantos lugares?
O lugar certo fica sempre depois do lugar errado. O Instinto da ave em saber qual não é o local correto é mais importante do que propriamente saber qual é o lugar certo, pois este embora ela possa ainda nunca ter visto, reconhecerá assim que enxergar pela primeira vez.
Na vida algumas coisas também são assim, a gente pode até não conhecer ainda, mas reconheceremos assim que virmos. Então não tem tanta importância se não sabemos direito o que queremos desde que tenhamos a certeza clara e absoluta do que não queremos
Como as aves, os poetas precisam de liberdade,
para poetar com inspiração, ou mesmo com piração...
E que seja com inspiração, e não uma conspiração,
mesmo que cause certa transpiração...
NAS ASAS DA LIBERDADE
Marcial Salaverry
Nas asas da liberdade,
a poesia leva felicidade,
fala de saudade,
e também de fraternidade,
de ser livre tem necessidade,
tanto a poesia como o poeta...
Só querem liberdade...
Liberdade para soltar seu talento,
que nunca está lento,
e sua capacidade de amar,
tendo sua poesia
e também sua energia
para a todos doar,
e assim nunca deixa de poetar...
Fazendo poesias na vida,
e da vida uma eterna poesia...
Marcial Salaverry
Sem Talento
No pé de uma montanha
Cantando para as aves nas árvores
Dançando para o vento
Pronta para se jogar
Um dia nublado pronto para chover
Uma luz brilha no céu
Salva pelo próprio Deus
- Não chegou sua hora
A montanha foi feita para olhar a paisagem
A morte é um descanço
Se você cansou de viver
Dança, cante, solte suas emoções
Se sinta bem pelo que é
Não pelo que as pessoas acham que você deve ser.
Último Porto
Este o país ideal que em sonhos douro;
Aqui o estro das aves me arrebata,
E em flores, cachos e festões, desata
A Natureza o virginal tesouro;
Aqui, perpétuo dia ardente e louro
Fulgura; e, na torrente e na cascata,
A água alardeia toda a sua prata,
E os laranjais e o sol todo o seu ouro...
Aqui, de rosas e de luz tecida,
Leve mortalha envolva estes destroços
Do extinto amor, que inda me pesam tanto;
E a terra, a mãe comum, no fim da vida,
Para a nudeza me cobrir dos ossos,
Rasgue alguns palmos do seu verde manto.
A poesia e os poetas,
me faz lembras a beleza
e o ritual das aves do paraíso.
Suavidade nas palavras,
que são pronunciadas com sutileza,
e com este mágico ritual conquista o riso,
e o coração de cada leitor assíduo.
Ei, moça?
Dentro de você
Mora uma fadinha linda
Uma fadinha muito da abusada
Te vira nos avesso
E te deixa atrapalhada
Ansiosa as vezes
Desbocada talvez
Distraída sempre
Envergonhada também
Vira e mexe complica tudo
É muito levada
Ri de tudo
Até quando apressada
Nas noites serenas
Lua clara e amena
O luar é seu amor
Fica sentada entre a flor
Com sua varinha de condão
Encantando coração
Fadinha linda comporte-se
Que essa moça é delicada
Sei que as vezes é amarga
Mas o doce sempre abraça
Porque pela vida ela é apaixonada
Poema de #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 05/11/2019 às 17:00 horas
Manter créditos de autoria #Andrea_Domingues
Somos aves
Presos em uma gaiola chamada mente
E o princípio benevolente
Nos convida porta a fora
Os arquétipos são as chaves
das profundezas do inconsciente
Tudo está dentro da gente
Mas saiba que a noite antecede a aurora
Seja fênix renasça das próprias cinzas
Coragem é necessária
Seja ousado transborde a luz
Pois se é o misoneísmo quem o conduz
Serás sempre uma águia
Que teima ser um avestruz.
A MULHER E A COSTELA!
Deus criou a mundo,
Criou o universo, criou os animais.
As aves no céu e os peixes no mar.
A fauna, a flora e tudo que rasteja sobre a terra.
Criou o homem à sua imagem e semelhança.
À sua imagem o criou.
Todo poderoso!
Superior a tudo e a todas as coisas.
No sexto dia criou a mulher.
Deus tirou do homem, sem ferir e sem doer,
Parte de sua costela, e, num sopro,
Fez uma linda dama e companheira.
Mas porque criar a mulher se o homem já era tudo?
Por que a criou só no sexto dia?
Deus queria a multiplicação.
A disseminação da vida na terra.
Crescei e multiplicai!
Esse macho criado era bruto,
Precisava ser forte para seus afazeres.
Caçar, pescar, colher frutos, dentre
Outras responsabilidades. Precisava também
Se defender dos animais selvagens.
Mas Deus pensou, pensou, pensou!
Para dar continuidade à espécie é
Preciso alguém especial. Que tenha doçura.
Que seja frágil no porte, mas forte na alma.
Alguém que alimenta e acalma.
E aí Deus fez a mulher.
Quero crer, não foi da costela.
A imaginação é fértil.
No lugar da costela não poderia ser o útero?
Deus precisava de alguém para dar continuidade à espécie.
Por isso fez, com todo esmero, essa grande obra.
Algo muito especial, de pura beleza.
Tirou do homem o útero e o deu à mulher.
E a fez mansa, e a fez frágil.
E a fez à sua imagem e semelhança.
E diz!
Agora, homem e mulher.
Crescei e multiplicai.
Élcio José Martins
Os rios passam cristalizando as areias desertas,
e as aves bordam despretensiosas o céu azulado.
As noites são frágeis abrasadoras chamas de velas,
que se apagam ao relento dos ventos,
e que se afugentam rapidamente,
por debaixo da sombra do amanhecer.
Viver é uma densa loucura,
nostalgizando as manhãs mau nascidas,
e ensolarando as noites indormidas,
que se abrasam no casulo do tempo,
- esperando nascer.
casa abandonada
as janelas estavam assassinadas
assistiam a tudo
ao mar, às aves, à montanha
nunca mais fechadas
fecundadas de vento
arrebatadas de sol
batidas pelo firmamento
e as janelas nunca mais se fecharam
porque não havia ninguém mais lá dentro
porque os poros da casa se abriram
às verdejantes trepadeiras
que cobriram todo traço do passado
VENTO VENTANIA
Vento ventania me leva agora até ele
Afugenta as aves frias, agourentas
Na ânsia que a minha pele à dele empele
No desejo que dor alguma afugenta. ..
Traz o cheiro dele nas velhas canções
Tocadas lá na Serra em tempos memoriais
Que ele e eu sejamos dois corações
Que se adoram ante os sagrados ancestrais
Sopra aos meus ouvidos a voz baixa e rouca
Com que ele me jura amor e desejo
No abraço apertado, na doçura do beijo.
E quando indagarem sobre nós, amantes
Diga ventania, que maior amor nunca haverá
Conjugando na alegria o verbo amar!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
"Majestosas aves de rapina
Como não se encantar com as aves de rapina!!!
Como não ceder aos fascínios da águia real, da águia dourada, com os encantos da águia americana de cabeça-branca brilhante, com a águia-careca, com a águia-americana ou pigargo-americano, com todas as espécies de águias e de aves de rapina!!!
A presença majestosa, imponente, ousada, demonstrando ser uma fortaleza, ser determinada em atingir os objetivos, ter uma coragem indescritível, não temendo os perigos e voando acima dos obstáculos com belíssimas danças, com um olhar que transcende à alma, demonstrando uma destreza, uma astúcia e uma expertise contagiantes, faz com que se tornem as mais belas das espécies.".
Aviões e aves raras silenciam
Os vizinhos veem o mato no jardim
A família e os amigos não perturbam
Por você já não perguntam nem por mim
Tudo em pausa só por causa do eclipse
Da elipse que o tempo fez por nós
Um psiu na imensidão do universo
Para sermos sol e lua sós
Naves, entraves, bombardeio,
Aves suaves dizem não
Dizem antes num gorjeio bom
Que existe Deus nos gorjeios seus
Que uma pomba é uma bomba de paz;
Que existe paz que não se desfaz
Que o amor do Senhor é demais...
A VIDA É O QUE É...
Os vermes engordam as aves e outros animais
As aves alimentam os homens
e os homens engordam os vermes
A vida se alimenta da vida
A vida também é conquista, luta, matança, sobrevivência...
Uma filosofia é certa: tudo tem de ser de-vo-ra-do no fim
A morte é dona e senhora de tudo; morre o jovem, o velho, morrem as nações, acabam as civilizações, morre a espécie, morre o sol e a terra.
Tudo é vaidade...
Tudo é vaidade...
A vida é o que é!
A vida é um abismo...
Certa vez um pavão deu uma bela festa, mas antes de entrarem, as aves convidadas precisavam mostrar ao pavão qual era pena mais bela de todas.
Uma águia, que não acreditou que o pavão daria aquela festa, tentou entrar lá, ela pegou a própria pena dizendo que a sua pena era suficiente.
E essa não entrou, pois a sua pena não era a mais bela.
Uma andorinha, que acreditou no pavão, chegou e disse:
-Senhor pavão, procurei por muito tempo a pena que me faria entrar na tua festa, procurei em mim e em outras aves. No final, percebi que só a tua a pena é capaz de me fazer entrar.
E essa acertou e conseguiu a festa aproveitar.
Abra o seu olho
Aprenda a votar desta vez
Expulse essas aves de rapina
Que só pensam em propina
Está na hora de fazermos um limpa
E dar fim a essa corja de ladrões
Que ocupam Brasília!
- AVES PARADAS -
Aves paradas numa tarde que voa
oblíqua madrugada cheia de mãos vazias
silêncio que em meus lábios canta e ressoa
tudo fechado naquilo que dizias!
Tudo parado cheio de dor e espanto
a vida passando num dobrar de engano
na aridez do deserto, num mudo canto,
hora a hora, dia a dia, ano a ano!
E as forças de uma ausência revelada
geraram frutos para as mãos vazias
gemendo sob uma lágrima chorada ...
E a nós, desembarcados, nús ... maldizias:
não somos mais do que aves paradas
na tarde que passa voando de mãos vazias!
Quando as relações passam pelo crivo do Tempo. Quando o decorrer da vida já virou e revirou do avesso o perfil das partes nos seus defeitos, humores, posicionamento político, religioso e de gênero (que podem ser adversos) e ainda assim essas partes se mantém firmes na proposta de parceria sem qualquer contexto obrigatório para estarem juntas, para fazerem a manutenção do relacionamento, e isto ocorre apenas porque são íntegros no que sentem e trocam entre si (que dispensa a mentira como ingrediente fundamental para esta troca), simplesmente porque se gostam, se respeitam, se entendem, há confiança mútua, cobrança zero, a amizade predomina e elas se aceitam como são isto é afinidade de alma. Por esta razão, vencem as demandas menos agradáveis durante o transitar do Tempo.
O Tempo é o Senhor da qualidade. Permita que Ele atue para que tu possas selecionar as companhias valiosas a fim de envelheceram juntos. Para que as rugas simbolizem gratidão pela permanência de um na vida do outro.
Valorize aqueles que se encaixam neste cenário isento de exigências. Valorize a transparência na vida real.