Poemas sobre Pássaros
VOCÁBULO
Com a chuva...
O verde, há vida bate palmas
pássaros aos ventos, expressam as asas.
Peixes nas águas, rabanadas
joão-de-barro no galho, faz sua casa
pra viver com sua amada.
As invernadas incorporam-se as cores
enquanto o dia, amanhece louvando amores.
Antonio Montes
Mãos de Crocheteiras
O dia começa a amanhecer,
Com os pássaros a cantar,
O sol fazendo a terra aquecer,
E suas mãos a crochetar.
Com suas agulhas e pontos,
Vão as linhas entrelaçando,
Em sua mente cria seus contos,
E o seu ideal vai alcançando.
Diante de tanta beleza,
Algumas podem contar,
Tendo nas mãos a destreza,
Com os pontos a encantar.
Tendo diversas nomenclaturas,
De acordo com o seu desenho,
Extraindo formas futuras,
Diante do seu desempenho.
Tem o ponto avelã cruzado,
Fantasia, tulipas e tijolinho,
Relevo, cascata e desencontrado,
Labirinto, diagonal e dedinho.
Tuas mãos tem a delicadeza,
E fazem do trabalho uma brincadeira,
Mas com elas constrói a beleza,
Extraída da mente da crocheteira.
Du’Art 23 / 10 / 2016
DEIXE-ME VOAR
Passarinho, pense e me diga
Porque que escolhe casas
Se teu viver no mundo arriba
Todavia foram as asas?
Vejo-te voar pelos espaços
Em canto com seu cantar
Segue com seu encanto ao leu
Chilreando sobre o azul do céu
Passarinho eu já sei
Que o seu viver é amar.
Passarinho... Ensine-me a voar?
Não me deixe aqui no chão.
Eu tenho sido arrastado
Por terríveis corações
Voando, ganharei os céus
E plainarei pela imensidão.
Aqui no chão sou arrastado
Pelas leis que me rodeiam
E ao imposto condenado
Que sempre me trouxe peia.
Antonio Montes
I
A luz se confundiu,
A hora sucumbiu,
Dos pássaros escuto os assobios
E a natureza os arrepios.
II
Vi passar a fala que reluzia,
Mas a minha mente te conduzia
Tudo fiz, mas no final, se desfazia.
Onde está a paz que trazia?
III
Aquela que foi atropelada pelo destino
Aquela que morava naquele cantinho
Aquela, que cuidava como um filinho
Aquela que a garra parecia de um felino.
IV
Aquela? Sim Aquela. Aquela desceu
A sua cor desapareceu
E a sua luz aos poucos enfraqueceu.
Naquele riacho onde tudo aconteceu.
V
Pena, muita pena
Pensava que que a sua luz era plena
E quando olhava parecia que valesse a pena.
Não, não, tudo era uma farsa, apenas uma milena morena.
BATEU A SAUDADE
Da vida na fazenda daquele tempo criança
Subia em árvores livre como pássaro
Tirava frutas chupava ali mesmo
Assanhava os passarinhos
Espantando dos seus ninhos...
Brincava de esconde, esconde.
Colecionava formigas andando nos troncos
Pareciam fileirinhas de carros
Com pressa de chegar a algum lugar
Ou com medo que pudesse lhes pegar...
Bateu a saudade das travessuras
Quando pulava a cerquinha brincava na rua
Sentava na praça tomava sorvete
Lambuzava-se comia pipoca
Voltava pra casa fingia ser inocente...
Ralhavam-me, nem ligava,
Dormia tranquila parecia carente
E logo que o sol raiva tudo voltava
A gente esticava as horas
Assim o dia não acabava apressado...
Versos passam pela minha cabeça igual a filhotes de pássaros que acabaram de sair do ninho
Passam voando rapidamente quase invisíveis, mas quando eu penso no seu sorriso esses versos passam com a calma da brisa do mar.
Mas logo depois esse mar se agita trazendo toda tristeza que seu sorriso lhe traz
Não tenha pressa, porém, não espere para ser feliz,
Faça a vida cantar,
o pássaro dançar,
o sol brilhar,
Com um lindo sorriso a iluminar,
Seja a flor mais bela a desabrochar.
PASSARINHO CANTADOR - João Nunes Ventura
Queria te mandar um beijo
Matar assim o meu desejo
Nessa linda manhã de amor,
Para ti que estás partindo
Leva meu beijo sorrindo
Meu passarinho cantador
As asas dos seus sonhos atrofiarão
tal qual as asas dos "pássaros esquecidos do voo"
que ficam à mercê dos predadores... se você esquecer
de mantê-las sempre em movimento!
Por isso, sonhe grandes voos, não tema as alturas
e não permita que lhe digam os limites dos seus voos.
Cika Parolin 05 de novembro de 2016
Amo os pássaros…
Observem um dia apenas sua maneira doce de olhar em nossos olhos. Sua confiança em pouco tempo sem ao menos lhe conhecer direito. Sua inocência e delicadeza em cada momento. A elegância dos vôos.
A Beleza e a alegria em ouvir um canto de uma pássaro. Não tem como não prestar a atenção e ouvir a sonoridade que estes espalham em sua canção.
Eles são belos e na mais pura forma distribuem o verdadeiro amor.
Aquele pássaro
favorito da primavera, o tordo,
faz seu ninho em vários locais.
Usa ramos ou forquilhas em árvores;
arbustos, trepadeiras, arcos de roseiras,
postes de cercas, muros de pedra, escaninhos de prédios,
pontes, barcos e vagões,
e viveiros de aves feitos por
algum humano bondoso.
A altura destes lugares,
segundo se observa,
varia de alguns metros
a uns vinte e um metros do solo
Esse tordo sou eu
Razão da minha festa
Hoje estou assim
Tão folha ao vento
Tão cheiro de alfazema
Tão passarinho comendo o fruto do azevinho
Uma alegria de viver
Um acalento no coração
Canção
Voz e violão...
Sensação de banho de chuva
Abraços de veludo e beijos de açafrão
Hoje estou assim
Despretenciosamente feliz
Com um quê bobo de quem não sabe o porque.
... Medo de confessar a razão
e a poesia escapar pelos dedos da mão
Mas consinto e não minto
A razão da minha festa hoje, é você.
Elisa Salles
Alguns seres são meros filhotes de passarinho,
apenas sobrevivem até idade adulta,
esperam tudo em seus bicos,
e a única coisa que fazem,
o único esforço,
é apossarem-se da espera,
O UNIVERSO ME FAZ LEMBRAR VOCÊ
AS COISAS MAIS LIDAS QUE VI POR AQUI
O CANTO DO PASSARINHO
O AZUL DO CÉU
O VERDE DO MAR
AS BELAS MONTANHAS
O SOL VIBRANTE
AS MAIS BRILHANTE ESTRELA
A NATUREZA SE FAZ POR VOCÊ, TUDO SE TRANSFORMA POR VOCÊ.
Olhava as crianças brincando
com os pássaros na calçada
e não conseguia distinguir
de quem eram as asas
Meus beijos são pássaros
Meus beijos são pássaros livres no céu.
Meus beijos dão asas às escritas no papel.
Meus beijos estão loucos, adentrando o seu chapéu.
Céu de beijos.
Papel beijado.
Chapéu do beijo.
Beijos do céu.
Beijado papel.
Beijo de chapéu.
Com imensas asas, eles voam no céu.
Todos sempre juntos e loucos por mel.
Beijos...
Meus beijos são pássaros.
Um pássaro tristonho
Muito estranho e muito feio
No meio de uma noite
Apareceu num sonho meu
Mas o noite não parou
Pra que eu pudesse compreender
A vida amanhece
E cada um tem seus próprios sonhos
Cada vida traz em si mesma
Pássaros tristes
Pois eles existem
Espalhado pelo caminho
Mas nada mudam
Quando a gente não se entrega
A permitir que um deles
Venha a fazer seu ninho
Aqui no coração da gente
A estrada segue adiante, empoeirada
O pó de uma estrada
É o mesmo pó de todas as estradas
Interligadas
Entradas, saídas, partidas e chegadas
Pássaros tristes
Sonhos e encruzilhadas
A clara luz da tarde iluminando a vida
A vida também não pára
Nem o mundo esperou
Eu chorar minhas tristezas
Espalhadas pelo caminho
No galho seco, um pássaro triste
Que não canta, nem se alegra
Segue as regras que criou
Mas só vem fazer ninho
Quando a gente o convida
Então, alguém de passagem
Verá seu coração pelo caminho
Um galho seco, outra pousada triste
Mas ... se estiver só de passagem
Não vai te esperar também.
Edson Ricardo Paiva