Poemas sobre o Mar
Aprendi a esquecer.
Esqueço tudo a cada amanhecer.
Melhor maneira de não mais sofrer.
Olvido indiferentemente
passado... futuro
inclusive o presente.
Todo o mar para atravessar...
Jogo os dados quando termina o dia.
Me dirão eles de uma nova travessia?
ORAÇÃO DO DIA
"Que o Senhor tire de mim o que não sou, para colocar em mim, o que Ele é, a fim de que assim, seja eu um alguém de verdade. Que Cristo me mergulhe no mar vermelho do seu sangue, para que as minhas vitórias sejam um caminho aberto".
Gleydson Sampaio das Neves.
Rugido
O mar ruge, rude, quebrando ondas de silêncio, molhando ouvidos desatentos, salgando vidas ao relento, rude, ruge!
Um leão que nunca dorme, seu rugido é forte, é calmo, sereno a cada palmo... 7 palmos de paixão ao fazer aquilo que nasceu pra ser, um mar, revolto, envolto em lâminas de esperança, onde cada ida traz a vida, pergunte ao pescador!
Pássaros complementam seu rugir e cantam esperando o céu ruir, o sol abrir, enquanto o mar ruge, rude.
Não existe certeza, só instinto, somente a clareza de um amanhecer repentino e como saber? O mar ruge ao céu rude um sol cult, divino, majestoso como o mar que ruge, enquanto é rude...
Tenho manhãs de lagoa
outras de mar
mas sempre
um calçadão
para caminhar.
E a vida segue seu rumo...
Fui além do céu e o mar
Até achar
Meu caminho
Bem aqui
Sempre esteve
Na minha frente
O sol indo embora e a noite chegando aos poucos sobre o mar do meu canto...
Eis o lugar de descanso e reflexão para o coração que sonha, que ama, que tem fé no futuro.
Aqui, os ares são de eternidade e de esperança em dias melhores... Sempre.
Eu Só Queria
Olhar o mar, a praia, pisar na areia;
Ver o dia passar a minha maneira;
Sentir o sol deitada na esteira;
Mas aqui estou: em pé na madeira.
Modelando... igual sereia
Pra ter uma foto, pra que você creia
Que veja além, além da poeira,
De ironia e sarcasmo somado à bobeira.
Moral da proza: sereia que gosta de areia
Um dia vira prisioneira.
Sobre dor
Em alguns dias dói.
Noutros dói mais do que doía.
A dor do presente é mais profunda do que a dor antiga.
Ó vento, cala-te um pouco.
Me deixas louco.
Preciso ficar aqui solitário.
O mar está se tornando cada vez mais cinza.
A felicidade é um bem retardatário.
E eu não sei mais o que fazer.
Pra daquele amor esquecer.
Ó mar salgado... minhas lágrimas te salgam mais...
Meu choro talvez fizesse minha amada voltar atrás.
É só daquele abraço que preciso.
A razão de meu amor...
Por que tardas em voltar?
Não voltarás.
Essa é a verdade.
Eu... eu que fique pura saudades.
Dor ingrata dor...
Segues comigo aonde eu for.
Escancaras tua crueza, tua dureza...
Tua indelével sutileza.
Não me deixas nem ao menos me enganar.
Minha amada não vai voltar.
Ó vento, acabe com esse tormento... pare de ventar.
Ó mar... pare de marear.
Dor, ó dor... pare!
Eu só desejo me enganar.
Olhando para a vida vejo um mar revolto, águas turbulentas de ondas sombrias
Um mar de fúria que não tem pra onde desaguar. Assim vejo uma vida que está sofrendo angustias, tristezas e dores na alma, sem esperança, sem amor, sem rumo e sem luz. A alma doente disseca o corpo e aos poucos vai tragando a vida para este mar, se afogando em desilusões e decepções causadas por nós mesmo.
A alma doente mata aos poucos esse ser vivente que não tem forças para reagir e se entrega para a morte, é lamentável e doloroso esse processo que passamos por um período de tempo na vida. Esse processo é uma experiência que vem para nos avivar e mudar por dentro nosso modo de pensar sobre a vida, muitos não conseguem sair e os que saem e compreende o motivo do processo, compreendeu tudo.
Nenhum ser humano está imune dessa experiência todos um dia viveu ou vive esse caminho sobre o mar, e para os que sobreviveram, renasceram outra vez.
Dos meus Arquivos
Das jornadas em claro
E é claro que foi nessa luz
Dentro de mim que encontrei a saida
Nunca me perdi para que me encontrassem
Livre de naufragio
Construindo meu barco
Me fortalecendo ao remar
Sei que nunca seria fácil
É preciso se afogar
Para aprender a nadar
É como ser sereia
E aprender a andar com as próprias pernas
Tão fortes
E eu,terna,de mim
Onda, mar, tempestade
Dos meus Arquivos
Saudades
Tipo ilha
Eu encaro sozinha
Ancorei em mim
Para me permitir
Ser completa,ser a minha própria peça que faltava
Sou quebra cabeça
Eu sei me desmonto
E sozinha, me permito me montar inteira
BEIJO DO MAR
Sou poeira de um sonho que tive,
No qual o mar, vinha me beijar.
Poeira de areia,
Fina que lhe escapava entre os dedos.
Em um sonho,
Que sonhei a muito tempo,
No qual você, vinha me amar.
Ao acordar suada,
Pude sentir, ainda em meus lábios,
O doce sabor úmido dos seus beijos.
Mais mesmo ao acordar,
Percebi que o sonho, tinha sido,
Sonho dentro de sonho.
E que talvez você nunca saberá,
Do amor que sinto.
Talvez em sonho seu,
Você descobrirá, o doce sabor,
De me amar.
CICLO
Do alto, entre nuvens
Em lágrimas me desfaço
E desço fluidamente;
Criando uma filosofia de vida,
Por amor a sabedoria,
Não choro mais na despedida;
Pois, nem sempre o meandro à frente está
Quando a confluência se desfaz,
Ambos, céleres, deslizamos para o mar;
Quando lá enfim chegasse
À deriva, na curvatura, remaria até a borda,
Enquanto não evaporasse;
E em sua madrugada fria
Ancoraria na beira da praia
Até a plena luz do dia;
Para que, portanto, pudesse voltar
Ao ponto de partida
E então recomeçar.
A Bahia tem uma magia que é só dela!
Ela ensina, cura e recupera.
São processos mágicos, lentos que te fazem perceber o gosto e a importância do vento.
É banho de mar de dia, banho de mar a noite, tira seus medos como uma mãe que te apresenta o escudo e a foice!
Por aqui também existe banho de sol e lua, dança na rua, que cativa os nativos, os visitantes e toma tua alma nua.
Eu, humana falha, aceito todo o poder, toda a sabedoria que ela vem me ensinando a cada dia, e é por isso que eu lhe digo, SOU LOUCA POR TI BAHIA!
ROSAS DA COR DO MAR
Há um caminho, já percorrido
Hum tão tempo
Se não me falha memória
Cujo chão é cor de rosa
Na arena tem estrelas
Soltas, desprezas
Lá no céu há branco paz
Nesse ar desatado ...
As sujeiras por sua vez
Não podiam faltar
Afinal, qual lugar
Que tem uma marca pra deixar
Não deixam...
Sujeiras rosas nesse mar
SONETO NAS ONDAS DO MAR
De todos os cantos, o encanto é pro mar
É atração mais forte, encontro profundo
Do vento, praia, do sol, de modo singular
Onde minh'alma se une ao querer rotundo
O cheiro da maresia me leva num segundo
Me tira lá do fundo da saudade a apertar
Poeto com afeto, donde o verso é oriundo
Me rapta nas ondas e, que me faz sonhar
A arrebentação é meditação a contemplar
Onde a lua nua torna estórias pra contar
E nas tuas areias eu me enfarinho jucundo
Neste amor, um amor robusto, de amar
Onde no teu horizonte muito fui segredar
És querido de todos as quinas do mundo (o mar) ...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Eu nunca estive no céu mas acredito que a sensação é a mesma de quando eu toquei sua mão pela primeira vez.
A delicadeza do seu abraço me fez sentir envolvido em confortáveis pétalas de rosas.
Seu cheiro me fez viajar até o mais belo dos jardins.
"Olhar em seus olhos foi como olhar o mar pela primeira vez"
Sentir seus lábios provando do seu beijo foi um intenso voô, uma união que cortou ares e mares, não foi borboletas no estômago, lá elas estão presas e a sensação foi de liberdade.
Traquinas
O mar leva a areia sob os pés da gente
porque nos quer plantados na sua frente.
No fundo, um brincalhão.
Ou será medo da solidão?
Dias cinzentos
Ha dias frios e cinzentos dentro do meu ser
Não sei quem me sonha
Ou me espera em algum lugar
Existe somente uma procura, que eu saiba
Ela de cabelos presos por uma tiara
Com seus olhos negros
Tremendo e temendo pelo inverno dentro de mim
Torcendo para que este eclipse da alma passe
Que o sol brilhe e aqueça meu outro lado
Sabes da beleza de um sorriso
Do olhar que te deixa sem jeito
Pacientemente espera tudo vai passar
Deixe que este mar revolto sossegue
"Água salgada"
Na batalha ela percorre o meu corpo
Na emoção ela escorre em meu rosto
Na fé ela limpa minha alma
Ela purifica
Ela acalma
Ela fortifica
Suor, Lágrima e Mar