Poemas sobre o Mar
Não existe pátria para quem desespera e, quanto a mim, sei que o mar me precede e me segue, e minha loucura está sempre pronta. Aqueles que se amam e são separados podem viver sua dor, mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe. Eis porque sofro, de olhos secos, este exílio. Espero ainda. Um dia chega, enfim...
Acordo cedo e vejo o mar se espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou para a praia; é bom chegar a esta hora em que a areia que o mar lavou ainda está limpinha, sem marca de nenhum pé. A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho e essa água salgada me faz bem, limpa de todas as coisas da noite.
Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades - é a isto que eu chamo respirar.
A lua batia nas árvores, algumas nuvens erravam por entre as estrelas pálidas, o mar falava às coisas da sombra, a meia voz, a cidade dormia, do horizonte subia uma neblina, a melancolia era profunda.
Para adornar-te, para vestir-te,para fazer-te mais preciosa, o mar dá as suas pérolas, a terra o seu ouro, os jardins as suas flores.
Somos navegantes num mar que não conhecemos; que Ele conserve sempre nossa coragem em aceitar esse mistério.
Ela tinha um senso perpétuo, enquanto observava os táxis, de estar fora, para fora, longe do mar e só; ela sempre tinha a sensação de que era muito, muito perigoso de se viver um dia sequer.
A estrela que eu escolhi não cumpriu com meu pedido e hoje não a encontrei
Pois caiu no mar, e se apagou
— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.
Vou sair para ver o mar e me perder entre os labirintos que distanciam nossos passos. Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos.
(...) Estou realmente cansada. Cansada e cansada de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso.
O que é preciso é não ir demais contra a onda. A gente faz como quando toma banho de mar: procura subir e descer com a onda. Isso é uma forma de lutar: esperar, ter paciência, perdoar, amar os outros. E cada dia aperfeiçoar o dia. Tudo isso está parecendo idiota... Mas até que não é.
Hoje eu acordei pensando em você,
princesa linda,
a mulher mais linda de se ver.
Nada é mais lindo que o seu olhar,
nem o brilho das estrelas,
nem o azul do mar...
Dizem que no mar
As águas verdes são mais rasas que as azuis
Então por que será que eu, sabendo nadar,
Me afoguei em teus olhos verdes?
Sou como um mar revolto,
cheio de ondas fortes
e há momentos em que
minhas ondas precisam recuar
para tomarem força,
porque até mesmo
um mar revolto
não consegue
ser forte o tempo todo.
Então, eu me afasto.
Pra voltar mais forte...
Mais intensa...
Mais eu.
Mar raso não me atrai.
Chegava à praia e corria ao encontro das ondas.
Quando criança me ensinaram que ficar no raso era seguro.
Me criaram raso, em campo seguro e superficial.
Mas nasci intenso,
profundo,
imenso
e
me afogo.