Poemas sobre o Mar
GATO DE MADAME
O sol sobre o mar vai sumindo,
E o velho e simpático bichano,
No seu descansar vai curtindo,
No seu bem-estar vai sonhando.
Sentindo a brisa pura do mar,
E o ar fresco do anoitecer,
Deixando a vida o levar,
Na sua mordomia de viver.
Bem nutrido e paciente,
Sem qualquer preocupação,
Nem quer saber onde vende
Ou quanto custa a ração.
Sem o que fazer na vida,
Fica sempre na espreitada,
De uma gatinha amiga,
Para as suas paqueradas.
Livre e solto, na gandaia,
Sabe na vida aproveitar,
Enquanto o dono trabalha,
Curte férias à beira mar
É privilégio de bichano de madame,
Apreciar essa beleza em volta sua,
Do contrário, levaria uma vida infame,
Por ventura fosse um simples gato de rua.
À beira do mar. Tinha
uma casa, o meu sono
à beira do mar.
Alta proa. Por livres
caminhos de água, a esbelta
barca que eu governava.
Os olhos sabiam
todo o repouso e a ordem
de uma pequena pátria.
Como necessito
contar-te o espanto
que produz a chuva nos vidros!
Hoje cai fechada a noite
sobre a minha casa.
As rochas negras
atraem-me ao naufrágio.
Cativo do cântico,
o meu esforço, inútil,
quem pode guiar-me à alva?
Ao pé do mar tinha
uma casa, um lento sono.
O conhecimento da natureza
Um homem encontrou
Uma linda paisagem
Nela ele entrou
E avistou uma margem
Tão admirado
Com aquela beleza
E pela primeira vez
Viu a natureza
Havia tudo...
Tudo o que tinha no mundo
Tão maravilhado
Que respirou fundo
Não parava de olhar
Não tinha motivo para estar zangado
E permaneceu naquele lugar
Porque ficou hipnotizado
Meu trovador a sua dor é minha.
E o mar vermelho vai abrir caminho.
Nuvem de chumbo do céu vai sumir.
E a primavera é sem espinho.
Saudades
Saudades da liberdade, do vento no rosto, do gosto do mar...
Saudades da vida que pulsa no seio da terra, no broto da mata, do sereno luar...
Saudades de viajar, namorar as estrelas... de viver e sonhar...
" Sem você na minha vida
É como se fosse eu no fundo do mar, Sem saber nadar
Somente você, que pode vir para me salvar...
A noite escura aos teus cabelos enegrece,
O desenho do mar que nos curva
Retrata a tristeza da fria água turva
E em seus olhos soturnos o infinito floresce
.
Reflui sobre a água negra sua pele clara
Vejo-te ao fundo do mar, beleza quase finda
E tuas palavras, espere, quais já não ainda,
Uma distância perdurável que nos separa
.
Padecimento! Teu existir é como um véu
Que espalhe quanta dor, delito momento
Estas inúteis agonias que afastam-me do céu
.
Sem ti, meus olhos são abertos
Porém alma, tenho claro passamento
São inundas do nada; um deserto
Saudades de Maria Flávia -
Que saudades do Estoril!
Do cheiro a mar e a madrugada
numa doce atmosfera subtil
onde a vida parecia consagrada.
Que saudades das Estrelas!
Da mistura do Branco e do Lilás
que pendia das janelas
feitas de ternura, amor e paz.
Que saudades desses dias,
daquelas horas cheias de jasmim
que o meu coração sentia
quando falávamos sem fim.
Que saudades de quem tanto amou
de forma doce, terna e sábia
mas que partiu como chegou ...
Que saudades de Maria Flávia!
(Volvidos seis meses da Partida de Maria Flávia de Monsaraz para a Casa do Pai - que Saudades ... muitas ...tantas ...)
Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.
O amor intendi ele é inteligente ele é racional
Decidi mergulhar no mar da vida
Mesmo sabendo nadar
Descidi esquecer.
Me perdi no mar do mundo
No pro fundo
Do silêncio
Antes de bailar com vento
E depois de ti ver .
Eu sabia de tudo
Meio um pouco confuso
Combinei com voce.
Vamos lá
Reaprender a nadar
No escuro
Como um cego
Que não quer enchergar.
Pois já sabía
Na profundidade sentia
Mais não queria escutar
Era escuro
Era confuso
Não entendi o mundo
Como podia pra vc explicar
Estamos certos
Mesmo estando errados
Decidimos ficar calados
Para cada um se escutar
Assim
Foi
Éramos um
Agora samos dois
Aprendendo pra só depois
Voltarmos a se encontrar
SENTIDO
Eu encaixo nas palavras,
o melhor d’minha vida.
A mente flui como o mar,
por ondas doces minha querida.
De verso em verso vou deixar,
o corpo e alma flutuar.
A calmaria é constante,
Por nada mais quero parar.
Por fim te peço um momento,
leva a ti a reflexão.
Ser diferente não é ruim,
ruim mesmo é ser do montão.
Brasileiras são curvas,
dessas pra afrontar,
no balanço dos quadris,
que vão ao ritmo do mar.
São bossa e samba,
são miscigenação.
Têm a leveza de um grão de areia,
são damas de coração.
São sereias, são litoral,
daquele que te banha a ilusão.
Palmas
Palmas que se dobram
Das lindas Palmeiras beira mar,
A ela aprendi a amar...
A Rosa dos ventos vem me tocar
Com brisa suave de um pensamento
Que hoje não lhe ouso revelar...
São ventos do leste que chegam ao oeste,
Se unem aos ventos do norte e partem
Levando o meu coração para o sul.
Palmas e palmeiras,
Ventos que sopram em todas as direções,
Agitam as ondas do mar e me põe a pensar.
O vento desta Rosa já vem me tocar
Dobra-me de novo pra nela pensar...
Edney Valentim Araújo
1994...
MENSAGEM DA DIREÇÃO AOS PROFESSORES:
A metáfora da analogia.
Professores estamos todos no mesmo mar. No início tivemos que adaptar ao nosso barco, enfrentamos vários desafios que surgiram, o barco furou, o clima mudou, a frustração surgiu, de repente o sol aparecia, a gente nadava, e tudo fluía, uns marinheiros vieram, outros foram, mas estávamos indo rumo ao nosso objetivo.
Quando que do nada tudo mudou, uma tempestade como se nunca se viu, surgiu, o barco virou, todos caíram no mar, boiando, ficando à deriva, perdendo seu remo. Começamos a nos distanciar. Mas não deixamos de acreditar.
Um novo barco apareceu no horizonte, mais era muito diferente e não sabíamos como navegar, era mais tecnológico, dava mais trabalho, mas tínhamos que nos adaptar, a nossa carga era muito valiosa e não podíamos desanimar.
E fomos todos juntos, marujo aprendendo com capitão, a boia e o colete sempre na mão. Ninguém da equipe abandonou o barco. Ninguém da equipe abandonou um imediato. Todo mundo aprendeu.
O nosso trajeto mudou, mas a missão continuou. E o que estava perdido, estava apenas escondido. E assim chegaremos ao nosso destino por uma outra rota desconhecida que enfim jamais será esquecida.
não existe amor.
entre rosas todas estão mortas...
enfeites num mar de solidão...
o braço do infinito.
tudo está entregre num deserto.
simplemente...
agonia se passa...
o ador é simulação do espírito perdido.
o castigo de viver é imposto.
pois a lua é minha amante.
sentimento cansado de viver.
num começo nu displicente realmente.
irreal o clamor de desejar o amor.
apenas o vazio.
Estórias- II… O cauteloso pescador
Estando um pescador, tão concentrado;
Em lançar pra o mar apetitoso isco;
Por pouco ia servindo de petisco;
Para algum mau tubarão esfomeado!
Foi tal, o concentrar do tal artista;
Que por tal, um grande banho apanhou;
Mas por saber nadar, lá se salvou;
Como neste vídeo, tão bem se avista!
Cuidemos o entusiasmo, em nós;
Tal como o necessário, calcular;
Antes e durante as nossas acções!...
Pra nunca, por falhar, ficarmos sós;
Pra nunca sem chuva, termos molhar;
Pra nunca em nós serem vistos: morcões.
Com cautela;
Furta a cor do mar
Furta o meu olhar
O ar, leva tudo,
Se já tem o meu coração
Só me resta um resto de ilusão.
O feminino tá com no mesmo plano, (mas), O eu não choraminga, na costa do mar... a verdade é melhor Sri ar.
Claudeth Camões
" E o ouro brotou da terra, do mar
como o calor brota das entranhas
para caminhar devastando o medo
numa obra de ninguém ver
sobrou até para o presente
que de louco tinha tudo
inclusive um passado a esconder...