Poemas sobre o Mar
Meu Presente
...Às vezes em silêncio
Com o coração ferido
Eu mar, choro.
Teus vestígios ao meu redor
Meu cortante adorno
Eu ser, me procuro.
Cinzas invadiram meu leito
As dimensões do amor
Eu poeta, não escrevo.
Litoral em memorial
Há navegar no mar a amar,
sem pressa por expressar os sentidos,
sentir a brisa do lamentar,
nas gélidas lágrimas da chuva,
em meu barco ao vento a rebocar,
cortando as ondas,
criando vida aos traçados a me levar,
esse foi o meu penoso caminho,
tortuoso em lhe buscar,
acanhadas ondas proferem ditosas,
contorno aos lençóis a profetizar,
aquele oceano desbocou meus horizontes,
fora azuis seus olhos a me ludibriar,
ofuscam-se meus medos,
daquelas terras um dia voltar,
por conhecer alguém,
aquela de quem eu possa junto estar.
O medo
Num mar calmo num oceano
onde sinto a brisa carecer
O meu cabelo o vento
Com humildade e compaixão
Esperando e chamando grito
Quero ver diamantes crescer
As meninas as minhas filhas
Tudo o meu combate é só para elas
Amo vós anjos da minha vida
Doçura bombom rir jogar e brincar
Por muito anos viver na luz
Que o sol continua a brilhar
Neste Pátria que nós acolheu
Com tudos os mimos do mundo
País de altas valores
Unidade e respeito a minha
Pátria de coração
Que me acolheu bracos abertos
Sem você não teria significado
olhar para lua, ver além do mar.
Porque todo brilho que há
está no teu magnifico olhar!
Diálogo com Fernando Pessoa.
Mote
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Voltas
Pessoa li o teu versar
Da quantidade de sal
Que há nas águas do mar.
Um pouco era natural
Um pouco era lacrimejar.
Era dor, saudade e tal.
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Porque é preciso lembrar
Do negro a chorar na nau.
Da viúva em pranto a fitar
Seu homem arrancado do local.
Podemos então concordar
Nesta questão crucial
Que nem todo o sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Fernando é preciso falar
Do indígena tropical.
Que muito esteve a prantear
Por ser tratado tão mal.
Então se pode afirmar
De modo justo e imparcial
Muito pouco do sal do mar
São lágrimas de Portugal.
O ASTRO, A OSTRA E AS OUTRAS
Uma gota é uma mentira a mais num mar de ilusão,
meu coração é conta-gotas de qualquer paixão
O que me ilude alude ao astro, à ostra, ás outras...
a luz que vem de cima reluz no astro
O que se ergue de baixo pra cima é o mastro,
veleja minh’alma feito embarcação
O mar é tão imenso penso, penso, o mar cabe no meu coração
A ostra é alimento,o astro é sentimento, as outras eu não sei não...
Caymmi caymmiria bela filosofia:
“quão belo é o mar...”
Versos singelos, apologia a imensidão,
E a ostra tão pequenina lá no fundo do meu ser
A ostra é uma estrela de quinta grandeza que vive a me aquecer
A pior prisão é aquela sem grades
Com janelas de vista para o mar
Portas abertas
E sem ter um único objetivo sequer para dar um passo em qualquer direção.
Não é questão de escolhas
É situação.
Ela tem o mar nos olhos
Ela é loira e linda,
Seu sorriso me encanta
Sua boca me excita
O coração é mole a cabeça é dura,
Menina perfeita ela é minha loucura
Seu cheiro é doce sua voz contagia,
Essa menina é tudo ela é minha alegria
Se eu digo que a amo ela vem me abraçar
Se eu beijo sua boca ela fica maluca
Difícil dizer se eu posso te amar
Nunca é pra sempre ele pode acabar.
eu vou eu vou sentar bem
pertinho da beira do mar
ouvir os passaros cantar
sentir o vento do mar ver os
peixinhos nadar
catar conchinhas na frente do mar
só para te ouvir o cantar
NATUREZA
Uma tela sem tinta e cheia de cores...
Com perfume das flores, com cheiro do mar;
A textura do vento, o calor do sol;
O encanto da lua e das estrelas no infinito céu a brilhar;
Brisa que se espalha pelo ar, pássaros a cantar;
Nuvens a dançar, chuva para refrescar...
Infinitude beleza da natureza...
Um doce poema, uma TELA VIVA para se contemplar!
"A minha boca segue o instinto
Como o mar doce e salgado
Dos teus lábios, onde saboreio
(...) o teu doce despertar "
Entre céu, terra, mar... uma imensidão múltipla.
Um horizonte preenchido de oportunidades para conectar-nos com o mundo.
No entanto, é preciso abrir a janela da alma, abrir a janela do coração para triunfar.
Não ore
Não ore a Deus pedindo para ELE tirar o Mar Vermelho de sua frente,
pois ele não vai,
em oração suplique poder e autoridade para atravessar o Mar Vermelho em terra seca
Janela...
Gosto de ver o mar
através desta janela.
É daqui
que eu atravesso o oceano
e viajo ao redor do mundo
sem pressa para voltar.
Quando a noite me encontra,
costumo dormir sereno, imagino,
o burburinho das ondas
dedilhando em meu violão,
uma canção de ninar.
by/erotildes vittoria
Sou a lua e você o mar
Sou sonhos e te tenho
Sou música e te toco
Sou amor e te faço
Sou desejo e te realizo
Sou poeta...
Poeta sou !
Quando quiser voar
ouse alçar, que o Céu é seu
e quando quiser navegar
pode içar, que o Mar é nosso
se acaso quiser partir
pois que lance um olhar às estrelas
há muito te espera o infinito
basta desejar tê-las
não se esqueça, não há segredo
é só despedir-se do medo
e dos poemas cinza-pálido
se seus ouvidos pudessem ver
o que tento dizer em silêncio
e o coração esquecer
aquilo que a mente receia
faria um acampamento
na cratera de um cálido vulcão
sentado à beira da fogueira
a olhar o Céu e o voo do condor
pomares, mares em flor e chão de areia
decifrar o segredo da vida
antes que ela seja
totalmente consumida
irremediavelmente perdida
abra os seus olhos e asas
não há sonho que não se viva
não existe nenhum horizonte
cuja vista não alcance
se lance
vá viver a vida
à tarde o vento empurra a vela
Vejo o mar pela janela
Se à noite o vento apaga a vela
Mesmo assim, no escuro, és bela
Te vejo passando e pergunto
Meu Deus, o que foi que te trouxe?
Quisera fugir de presença tão doce
Quem sabe se ao menos
Tão bela não fosses
e quando não estás
vou pra janela
olhar as estrelas pulsando
teu nome e teu sorriso
brilham no Céu
de vez em quando
Lembranças que se acendem
e esperanças que se apagam
Qual lume, dos insetos
que à noite vagam
dá até pra sentir o perfume
que emana da tua presença
posso até parecer triste
sou mais feliz
que você pensa
Seu cheiro tua ausência compensa
e meus sentidos embriagam
embriagado então
grito baixinho
que é pra não acordar
minha tristeza adormecida
que existe por não poder
estar em você
nem na sua vida
e isso torna a minha
sem sentido
se cego e surdo
fosse eu, de fato
quem sabe a sorte permitisse
ver-te bela
pelo tato.