Poemas sobre o Mar
Não sobrevoes os meus abismos
se não sabes voar
Não mergulhes no meu mar
se não sabes nadar
Não trilhes nos meus labirintos
se não sabes andar
Não se interesses por meus sonhos
se não podes realizar
Não mexas com os meus medos
se não podes me ajudar
Não invadas meus segredos
se não podes desvendar
Não conheças os meus desejos
se não podes compactuar
Não toques minha alma
SE NÃO SABES AMAR!!
.
O mar precisa do vento
para se mover.
As vezez tão soberano,
precisa ser humilde…
e saber reconhecer a importância
do vento.
O mar é generoso, humilde…
Estabelece uma cumplicidade, uma conexão com quem o entende…
Quando em fúria, não me atrevo, manso me faz admirá-lo.
É como se ele tivesse personalidade, vida humor..
Ele também chora, quando beija a praia e leva consigo a areia.
É como se acariciasse e matasse a saudade.
Ele também cansa de ser soberano, se curva diante dos meus pés,
e quando me conquista, me faz flutuar sobre ele
e estabelecemos um vínculo de confiança…
entre ele e eu
Ecoam ais...
D'olhos arregalados
Inspiro ar puro e fresco
E sinto o mar lá longe
Aqui tão perto!
Sonho...
-- josecerejeirafontes
Nas manobras mais ousadas me realizo.
Estabeleço minha intimidade com o mar.
Mar…
grande Rei,
que por um instante me torna
Príncipe!!!!!
NINGUÉM CONTÉM A FÚRIA DO MAR !
Tão livre. Tão espontâneo, embora medonho,
tem a liberdade de se expressar.
A natureza reverência a fúria desse mar,
tal como reverência o pássaro a voar.
Liberdade absoluta,
é a escolha voluntária de ser o que se quer…
Embora eu seja livre, a minha maior liberdade
é estar preso por vontade.
Quem sou eu que trago no olhar a autoridade do mar.
Nos atos a ousadia de quem sabe amar.
Sou brisa mansa. Sou tempestade que assola.
Sou fogo que consome a neve de sua alma.
Tenho o encanto das aves. A habilidade dos selvagens.
Sou realidade. Sou miragem.
E no mesmo instante te faço conhecer o sabor da vida.
Curando dores. Sarando feridas. E arrasto para a morte.
Te levo ao abismo. E num simples voo te resgato de lá.
Me estabeleço em sua fantasia.
A tal mistura entre a razão e a magia.
Sou metáfora que entre parábolas tentas desvendar.
Sou enigma que a inteligência humana jamais entenderá.
Sou lenda que queres desmistificar.
Sou mistério. Pegadas sem rastro. Perfume no ar.
Sou contradição em quase tudo que existe.
SOU MEIO. SOU FIM. SOU INÍCIO.
Agita mar manso
e me faz surfar na tua onda.
Desafia minha habilidade,
e te faço conhecer
a minha coragem...
Contemplação
A solidão é como uma brisa...
Que aflige a alma do poeta...
É a calmaria do mar...
Que tanto prejudica a pesca...
Talvez comparável a lua...
A lua que pousa no ar...
E só faz chorar na lua...
Na lua... lua da escuridão...
A lua que foi dada...
Para apaixonados
Magos, cosmográficos...
Bruxos e revoltados...
Poetas admiraram...
Comporão se apaixonaram...
Tocaram e amaram...
Sem nunca lá está...
E mesmo assim eles...
Se sentiram lá...
Quantos gostariam de ver a Deus.
Olhe para o céu, para as estrelas, para o mar, para os animais e para a natureza.
Um artista desenha o que está dentro dele.
Um artista coloca o que está em seu coração em forma de arte.
Deus fez tudo e ainda fez você.
Deus te fez nos mínimos detalhes.
Deus te fez para brilhar.
Olhe para a arte perfeita desse Artista e sinta-se único e privilegiado.
E eu visualizei as estrela, atravessei o mar
Senti poemas em beijos, arrepiei
Fui ao rio em ondas quando tua boca toquei
Dancei nas águas, corri no ar.
Tudo aconteceu em segundos
Momentos eternizei.
Me entreguei de ponta, me joguei de cabeça
Me dei em versos, me abri em flores
Reguei plantas e poesias
Fiz versos em canto, esqueci dores.
HOMENS DO MAR
A BARRA TODA ILUMINADA
AS LUZES DANÇAM NO MAR
PARECEM CIDADES FLUTUANTES
COM HISTÓRIAS DE NAVEGANTES
QUE SENTEM SAUDADES DE CASA
OU QUE DESEJAM FICAR
SÀO NAÇÕES QUE VEM E VÀO
O PORTO NÃO PODE PARAR
FICO OLHANDO, AQUI PENSANDO
IMAGINANDO A ROTINA
DOS HOMENS QUE VIVEM NO MAR
SÃO NAVIOS GIGANTESCOS
TAL COMO PIRÂMIDES GIGANTES
QUE PERCORREM TANTOS MARES
TÃO DISTANTES DOS SEUS LARES
ENTRAM NA BARRA ANUNCIANDO
CONTAM HISTÓRIAS BONITAS
DOS PERIGOS, DOS AMORES
HÁ OS QUE SAEM PELA NOITE
VIVEM PAIXÕES DERRADEIRAS
QUE SÓ QUEREM A COMPANHEIRA
UMA NOITE PARA AMAR
HOMENS QUE PARTEM DEPRESSA
DEIXANDO CORAÇÕES ENTRISTECIDOS
COM A DÚVIDA DO REGRESSO
QUEM SABE SEU CORAÇÃO ERRANTE
UM DIA CANSE DO MAR
SINTA FALTA DOS MEUS BEIJOS
DO MEU CARINHO, MEUS DESEJOS
ACONCHEGUE-SE NOS MEUS BRAÇOS
NAVEGUE DE ENCONTRO AOS MEUS SONHOS
FAÇA-ME SUA ILHA...TODA SUA PARTICULAR!
Veio o sol, olhei
Vi o mar
Dancei,
As ondas atravessei
Corri na areia
Descalça
Construir castelos
Cair na rede
E tudo se fez poesia.
Um poeta perguntou-me
Onde fica a poesia ?
No mar dos olhos teus
Onde canta o sabiá ?
Na voz da tua boca
E as cores de onde vem ?
Do meu e do teu olhar
E quem passeia no teu rio ?
Eu e tu a sonhar
E quem é festa todo dia ?
Nos dois no mesmo lugar
E quem te leva nas estrelas ?
Um rapaz inocente
E de onde vem esse cara
Das ondas a vagar
E porque dança na lua ?
Porque canto e rio sem parar
E de onde vem o teu sorriso ?
Vem das flores, do céu e mar !
FRAGAS NA SERRA
A ecos de frias fragas em mim em delírios
Mar martírio do que sou, serei ou talvez não
A escuridão cerca-me a alma constantemente
No caminho que traço, preciso tanto de luz
De fé, mas a minha mente nega-me tal desejo
Castiga-me, como um fantasma assombrado
Que já foi, morri num espectro sem orgulho
Cadáver frio moribundo do próprio destino
No amargo deste sabor que tenho, gosto a fel
Que flutua no meu palato, perturbando o sabor
De ti no esquecimento que me cerca a morte
Não almejo tal destino mas aceito por me ser
Imposto na lama de argila em foi feito o meu
Corpo, ergástulo sem esperança vida mortal
Delírios nos ecos das fragas na serra de neve
Tento caminhar com a fé que já tanto almejo.
Canto as dores
Canto o riso,
Canto as flores, o mar.
Sou canto em versos
Prosa,
Sou pedaços em cantos
Sou em todo canto pedaços.
Pois, pois...ensinaste-me
Que quando se quer
Susbstitui
Arranja-se jeitos de jeito
Valeu,
Aos cegos precisa-se
Mostrar o caminho
Onde pisar
Em que não pisar.
Eu vi uma rosa, roubei
Eu vi um peixe, nadei.
Eu vi um pássaro, voei
Eu vi o mar, naufraguei
Eu vi as ondas, viajei
E u vi um barco, pulei
Eu vi estrelas, cantei
Eu vi teu riso, dancei !
Nos verdes anos,
pela primeira vez... "o Mar"
Foi amor à primeira vista
e surpresa!!!!
ele também se apaixonou por mim.
O VENTO
É só o vento que me traz todos
Vestígios que me lembram de ti
O mar fala no horizonte já vago
O nevoeiro tece nuvens macias
Os suspiros de cores de aromas
Relata o inverno a tentar despertar
Não chove lá fora, chove dentro
Do peito profundo talvez molhado
De tantas memórias tuas já perdidas
Esquecidas de mim num sopro gelado
Para salvar a minha alma em ruínas
Afastei-me de todos os nossos silêncios.