Poemas sobre Natureza Sementes

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A fortuna aumenta a vida, na medida em que aumenta a possibilidade, que é a própria vida sentida. A vida é a conservação do possível.

Ó meu amigo, não te limites a aspirar à vida do possível, esgota antes o campo do possível.

Não é por ter sido honesto uma vez que se pode passar o resto da vida a descansar.

O que me interessa, é a vida dos homens que falharam visto significar isso que tentaram ir para além das suas possibilidades.

Todas as especulações são pardas, certamente, mas eternamente verde é a árvore de ouro da vida.

O amor e o seu reverso, o ódio, constituem o verdadeiro estudo da vida, porque só eles tiram as consequências dos outros indivíduos.

Há homens que parecem grandes no horizonte da vida privada e pequenos no meridiano da vida pública.

Esta vida humana, tão breve para as mais frívolas experiências, é para as amizades uma prova difícil e demorada.

Falhaste a vida, é evidente. Mas não o digas. Porque haverá logo quem venha proclamar em alvoroço que tu mesmo afinal confessas que falhaste para o cretino trombeteiro se julgar menos falhado e os cretinos como ele.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Podemos responder criativamente ao que experimentamos como privação na vida e nos tornarmos ricos em espírito por termos conhecido o desafio.

Mais Alto

Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem

O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!

Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
A rutilante luz dum impossível!

Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!

O TEMPO A VIDA

Não coincide o tempo com a vida
tão tarde o aprendemos

Fora dele vivida conhecemos
antes de nela entrarmos a saída

Num retrocesso intemporal vivemos
intemporal decerto é a nossa vida

(O vocábulo tempo, Rua de Portugal, Assírio & Alvim, 2002)

Como pode ter gente viciada em drogas, em um planeta que existe chocolate, beijos e internet!

Uma civilização que dispõe o próprio planeta que a sustenta e os seres que o habitam, como bens descartáveis, não escapa da conclusão de que vê a si mesma como lixo.

Eu conheço um planeta onde há um homem vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!

O fato de vivermos no fundo de um poço de gravidade profundo, na superfície de um planeta coberto de gás, girando em torno de uma bola de fogo nuclear a 90 milhões de milhas de distância e acharmos isso normal é, obviamente, alguma indicação de quão distorcida nossa perspectiva tende a ser.

Douglas Adams
O salmão da dúvida (2002).

O maior desafio tanto no nosso século quanto nos próximos é salvar o planeta da destruição. Isso vai exigir uma mudança nos próprios fundamentos da civilização moderna – o relacionamento dos seres humanos com a natureza.

Vocês costumavam dormir com fome, lutando por restos. Seu planeta estava à beira do colapso. Eu parei tudo isso. Sabe o que acontece agora? As crianças aproveitam céus claros de barriga cheia. É um paraíso.

Estamos a destruir o planeta e o egoísmo de cada geração não se preocupa em perguntar como é que vão viver os que virão depois. A única coisa que importa é o triunfo do agora. É a isto que eu chamo a cegueira da razão.

Os seres humanos são uma doença. Um câncer neste planeta. Vocês são uma praga. E nós somos a cura.