Poemas sobre música
Me diz o que se faz por amor
O que se faz quando a dor
Chega e só quer nos machucar
Eu reparo quando você
Olha desse jeito pra mim
Na palma da mão lê-se o destino
Ao coração, disse o menino
Quer se casar com amor sincero
Traz Iansã, abre o caminho
Faz enxergar, venha sorrindo
Pede pro meu orixá
Eu estava sozinho na paz de Oxalá
Não queria um amor para me ocupar
Mas não pude evitar olhar o seu olhar
Parou a minha vida inteira
Para abraçar o Sol
E fechar os olhos
Para falar de amor
Deitar em seu colo
Vim de outra cidade
Eu sou da estrada, sou rosa
Rosa no céu azul
Te beijei os ombros
Você que me contou
Sobre os seus assombros
Assombros de amor
De lá do fundo do seu mar
Sempre que eu pensar no meu bem
Vou colorir o dia
Eu faço o céu de rosa
E ninguém vai duvidar da vida
Não se vá assim
Meu coração não pode mais chorar
E a solidão já não quer me deixar
Pago pra ver você voltar
Eu sou poeta de bar
Sou malandro de mesa
Sou do lado de lá
Mas deixa, que eu vou te ligar
Quando tudo girar
E eu não me encontrar
Em mim
Lembra
Dos sonhos tão calados
E os choros abafados no jardim
Se lembra
Lembra, amor
Que um dia te falei
Sorrisos vêm e vão
Mas nunca hão de ficar
Parece que o dia vai chegar
E você vai voar
Prum peito, um coração
Tão longe de mim
Meu amor, e quem te traz
Essa flor é o teu rapaz
O teu sorriso ainda vai brilhar
E o mundo vai girar
Meu amor, não sofro mais
Por dizer que tanto faz
O tempo passa e o mundo vai girar
Enquanto o tempo não abrir
Eu vou e quero que você vá também
Ai amor
Nem tente me chamar que eu não vou
Ai amor
Nem tente me chamar que eu não vou mais voltar
E é no seu colo que afogo a minha sede
Quis te pescar, mas caí na sua rede
Feita com fios de cabelo emaranhado
Moro no mar e hoje sou seu namorado
Eu não tenho paciência
Pra quem não tem tempo livre
Liberdade é uma ciência
Ócio também cabe no louvre
Minha aula de balé
Meu cinema, minha cura
Às sete pego no pé
Às oito corte e costura
Há que se chegar a tempo
Senão dança a contra-dança
À noite aula de canto
Nunca sobra pra esperança
Às sete não conte
Às oito não conte
Às nove não conte comigo
Treze eu tenho azar
Treze eu tenho azar
E almoço executivo
Cinco horas chá das cinco
Sentado mas sem sentido
Onze horas jaçanã
Embarquei num trem já partido
de mim, a malvada não tem pena
me trocou por um da Vila Madalena
de mim, a malvada não tem pena
me trocou por um da Vila Madalena
não faz mal
domingo eu ponho
a minha roupa de sair
pra arranjar
uma pequena que more perto daqui
Se a cidade falar que me viu sofrendo, é mentira
Não acredita
Se o povo falou que me viu chorando, mentiu
É fake news
Volta ligeira que eu tô te esperando
Eu te pinto um quadro
Tu me ensina um tango
Mas vem depressa que eu passei café
Volta correndo que eu tô com saudade
Nem bate na porta
Sinta-se a vontade
Mas vem depressa que eu passei café