Poemas sobre música
Flor, deusa, queira
Me livrar
De frieiras financeiras
E mórbidas rotinas
Escritórios-purgatório
Nesse imenso velório
Da imaginação
Queira me livrar disso tudo
E me prender à você
Num dissonante
Fuso horário
Até que a morte
Venha nos provar o contrário
Eu sei
Não fez sentido
Abusei
Falhei contigo
Viajei
Em ter mentido
Eu sei, eu sei
Tentei
Ter admitido
Errei
Em ter partido
Pensei
Era um caso antigo
Pensei, pensei
Eu não te entendo pois odeia matemática
E de repente vem dar valor à estatística
Não sei o que dizer
Eu tava com outra ideia na cabeça de você
São dias e dias de chuva
E você não me procura
Já não sei o que fazer
Se te ligar vai me atender?
Não faz assim comigo
Deixei claro desde o início
Não seria apenas um amigo
Mas não me trate como inimigo
O tempo passa
E você não me responde
Responde
O vento levou
O nosso amor para longe
Para longe
Parece que não se
Lembra mais do meu nome
Vem aqui fora
Esquece a dor por enquanto
Que eu te garanto que depois tudo melhora
Ouvi dizer por aí
Que a maré e o trovão são fortes
E eu sei que acreditar é mais do que esperar uma questão de sorte
Que antes de voar
A gente cai no chão
Que uma andorinha sozinha
Não faz verão
Não falo mais
Vou jogar a toalha
Eu vou voltar a atrás
Com as duas mãos atadas
Ninguém vai viver por você
Ninguém vai voltar a partida
Se for deixar seguir
Ela nunca mais vai te ver sorrir
Deixa ela ir embora
Que agora não te cabe entender
O porque que as coisas se vão
Como uma flor irá desabrochar
Pro sol raiar lá no teu quintal
E é difícil pensar que tudo vai passar
Fique tranquila, pois isso é normal
Que tudo será melhor
E precisamos rejuvenescer
Reviver pra vida que se tem
Fazer o bem pra entender
As paixões duram
E o pranto lava
O teu jardim colorido
Os passarinhos vão lhe cantar
Todas as dores que te fazem mal
Pra se acomodar no teu altar
A vontade mais do que leal
Andando por aqui sozinho
Eu consigo enxergar a dor
A empatia que nos falta
Retrocede o que restou
Talvez seja questão de ser humano inteiro
Voltar e me olhar no espelho
Lavar a alma e tentar seguir em frente
Mostrar que tudo pode ser
Tentando escapar do que há de pior
Pois o mundo já não é o mesmo
Fácil de cair, sem sintonia não há paz
Vou recomeçar sem medo
Superar
O que passou, passou e já não volta
Contemplar o que ainda preciso viver
E talvez
Ainda há tempo de mudar as coisas
Transcender o que é irreal pra mim
O comum é ser mais um do censo
A média sempre no seu lugar
Mas quando a gente perde tempo
Não há conta que faz voltar
Nessa luta eu sou
Só mais um
Dos destinados a vencer
Nessa luta eu vou
Mas com um laço forte
Um novo norte
Um fim
Sabe que estou muito bem
Tirando um barato, vendo o novo de novo outra vez
Vendi seu quadro francês
Desfiz do que restava, joguei tudo fora, eu falei, eu falei
Parece que se arrependeu
De tudo que falava das coisas que viu que perdeu
Não adianta, é tarde demais
Mas ouça esse recado e busque achar sua paz
Não vou mudar
Não estou nem um pouco
Disposto a me sacrificar
Por seus olhos que insistem em não ver
Tudo que já fiz sem você reconhecer
Sinto informar
Essas malas que estão no carro
São todas as que eu vou levar
Mas antes de ir quero que se recolha
Pra não ter que ir presenciar
Minha volta sem volta direto pro lugar
Onde eu te levaria pra conhecer meu lar
Cabe tudo no peito e se não é só deixar
De levar você em mim
