Poemas sobre música

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São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha

Inserida por pensador

A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

Inserida por pensador

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Inserida por pensador

Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas

Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho

Inserida por pensador

Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Somos vazios despovoados
De personagens de assombro

Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco
Dão-nos um pente e um espelho
Pra pentearmos um macaco

Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura

Inserida por pensador

Não cantes alegrias a fingir
Se alguma dor existir
A roer dentro da toca
Deixa a tristeza sair
Pois só se aprende a sorrir
Com a verdade na boca

Inserida por pensador

Gárgulas Não Sabem Amar

e só de pensar
que nada que eu faça
vai mudar o que você fez
tento me lembrar
de todas as vezes
que não foram sua vez

eu não sei
quem tu és
mesmo assim
seguirei apesar das diferenças

pois,

eu, vou te engolir a seco
eu, vou devorar o seu medo
eu, só de pensar em ti
acabei petrificado aqui

voa, voa
gárgula
encontre uma parede
antes do dia chegar
coração de pedra
não consegue
perdoar

Inserida por Elvoid

Celestial, me assombra pela Lua
Cada nota é uma agulha
O teu corpo é partitura

Inserida por pensador

Não vou
Se me pedir pra atirar pro alto
Se me pedir pra descer do salto
Não vou tirar o batom
Abaixar meu som
Dizer que ta bom
Não vou

Inserida por pensador

Me ensinaram que era feio, ela e o corpo dela
Feio ser a chave pra abrir a própria cela
Feio ser pincel, pintar a própria tela

Inserida por pensador

Dê me perdão se eu cheguei tão tarde
Não crie alarde pra me ver chorar
É que sem boemia não há poesia
E sem poesia não vou trabalhar

Inserida por pensador

Bebo cicuta da tua fruta
Sobra o bagaço, sobram espinhos
Indefinida no espelho torto

Inserida por pensador

A família me pergunta
Quando que eu vou trabalhar
Porque não ta dando em nada essa história de cantar
Tanta gente aí famosa
Nunca chega a minha vez
Mas eu não tô nem aí e tô cantando com vocês

Inserida por pensador

Chega de ouvir os outros
Chega de aceitar conselho torto
Todo dia é dia de olhar no espelho
E de abusar do meu batom vermelho

Do fundo do poço, eu não passo
Do fundo do poço, eu não passo, não

Inserida por pensador

Se quero não, eu mudo a direção!
Se procissão, eu vou na contramão!
Se batidão, eu desco até o chão!
Se der paixão, se entrega, coração!

Inserida por pensador

Vá descobri o seu caminho
E deixe em paz meu coração

Se não sei tocar a vida
Eu sei tocar meu violão

Inserida por pensador

Sinto dizer
Já não tem porque
O nós, os nós que demos
Desataram-se

Mas vá em paz
Que a dor ficou
Em mim e nas últimas doze temporadas
Que a gente encerrou

Inserida por pensador

A gente precisa respeitar
Para também querer
Quem sabe não tem que disputar
Pra quê?
Suave na nave ninguém tá
Quer saber por quê?
Estrada demais para caminhar
E viver

Inserida por pensador

Eu só quero é brincar de ser feliz
O que eu peço para Deus ele me dá
Não importa o tamanho do nariz
Ninguém tem o poder de me julgar
O futuro está todo escrito a giz
O passado não dá para apagar
O destino é eterno aprendiz
Preconceito aqui não tem lugar

Inserida por pensador

Bora viver
Você e eu agora, eu e você
Vamos pra onde tudo pode acontecer
Inclusive nada

Inserida por pensador