Poemas sobre música
Ninguém me ensinou a amar
Me cuidar ou escolher
Das sutilezas entre tédio e paz
Sempre acompanhada e só
Merecia muito mais
De mim mesma
Aonde a fome vivia
Joguei minhas cores fartas
E como a natureza é sábia
Tem mazelas, mas tem cura
A solidão fazia casa mas
Plantei minhas jabuticabas lá
Vai vira a cara
Passa e finge que eu não tô lá
Mas depois recebe um recadinho no celular
Com a selfie no chuveiro diz: Vou refrescar
Mas no fundo eu sei que é pra vir me atiçar
Muda de visão, planta ela pequena
Que ela vai virar uma árvore
Quando cê ver vai tá dura tipo mármore
Eu preciso de alguém para curar, alguém para saber
Alguém para ter, alguém para segurar
É fácil dizer, mas nunca é a mesma coisa
Acho que eu meio que gostava de como você entorpecia toda a dor
Agora o dia sangra no anoitecer
E você não está aqui para me ajudar a passar por tudo isso
Eu baixei minha guarda e então você puxou o tapete
Eu estava me acostumando a ser alguém que você amava
Deve ter alguma coisa na água
Porque cada dia está ficando mais frio
E se eu pudesse te abraçar
Você me impediria de afundar
Conte-me mais, me diga algo que eu não sei
Poderíamos chegar perto de ter tudo?
Se você vai desperdiçar meu tempo
Vamos desperdiçá-lo bem
Não ir pra frente é retrocesso, nada que vale a pena é fácil
Encara o processo, é assim que eu faço
Quem precisa de correntes de ouro pra ser Gustavo?
Quem precisa de correntes de ferro pra ser escravo?
Tempo ruim eu tô quebrando, mergulhando em águas rasas
Tempo bom eu tô quebrando a banca, enchendo várias casas
Quem me viu, mentiu, país das fake news
Entre milhões de views e milhões de ninguém viu
Você pode prometer castelos, tesouros, bebês
Eu não ligo
Porque agora você é o suficiente para mim
Eu te quero perto
Como um conto de fadas, sentir seu hálito no pescoço
Você lembra o que eu amo, então, amor, me reconquiste
Sabe as batidas desse coração?
Percebe a melodia sem-noção?
Ela pertence alguém mas nem essa pessoa sabe.
Ela não obedece a ninguém,
Nem ao próprio músico, dançarino desafinado,
Apesar de selvagem, essa harmonia em especial é perfeita,
Pois é pura e real.
Não se mente para este artista,
Porque este compositor não tem filtro, não refreia o instinto,
Ele só segue o pedido do contratante,que nunca encomenda só recebe.
Ele rodeia sussurrando sem cautela,Seu nome,
A palavra mais temida que não se pronuncia em vão,
Pois não se brinca com o coração.
Diminua as luzes e me beije no escuro
Porque quando você me toca, amor, eu vejo faíscas
Você faz o meu coração bater
Deixe a chuva cair
E despertar meus sonhos
Deixe-a purificar
Minha sanidade
Porque eu quero sentir o trovão
Eu quero gritar
Deixe a chuva cair
Eu estou falando a verdade
Voe
Abra a parte de você que quer se esconder
Você pode brilhar
Esqueça as razões que não a deixam brilhar em sua vida
E comece a tentar, porque essa é sua hora,
Hora de voar
Por que não
Tirar uma estrela do céu?
Por que não
Abrir as asas e voar?
Poderia não custar nada
E poderia custar bastante
Mas... Por que não?
Dos transeuntes que vagueiam as escadas,
E se aglomeram de forma imprudente
Para cobiçar o instrumento da verdade,
A maioria escuta a melodia,
Insensata dos próprios tolos ,
Que gritam de fome pela realidade.
A multidão só ouve o mentiroso maltrapilho,
Que já chega atrasado,
Com suas notas de viola,
Dando desculpas esfarrapadas,
Para ouvidos já muito maltratados.
Mente pela música,
Mente rasgando sua inocência,
Até que suas próprias palavras se confundem,
E travam na sinfonia.
Chora Agora,louco que se torna indistinto e desafinado,
O menino pequeno já crescido
Que perde a indentidade da agonia que enlouqueci seu coração
E as palavras que escapavam da boca,
Agora escapam da mente,da harmonia,
Do músico atazanado
Que depois de tudo continua com suas descepicionantes manias.
Sobre quem canta aqui
Hoje quem me socorre é Renato, por Cássia
Tem dia que é Lulu, Bono, The Edge
Até Bruno às vezes...
Na maioria dos dias Roger, Eddie e cia. me cobrem
Me acalentam
São meu alento...
Tiê também, com a sua linda história confessa
Me ajuda a entender que não há uma face escura na lua
Que a lua é, em si, toda escura
Porque quando ouço as sirenes
Ouvindo circos tão profundos
Vejo que o templo está em ruínas
Mas o amor é maior do que qualquer coisa em seu caminho...
Quando o sol está se pondo
Vejo que é de você que aprendi a sentir falta
E ainda que amanhã não seja nada disso
Cabendo só a mim esquecer...
Mesmo com motivos para não desistir nem tentar
Eu poderia ficar
Para que o dia tornasse tudo isso real
Nem que fosse por um minuto...
Nem liguei e eu acreditava
Que você teria a maturidade pra falar a verdade
Quando eu perguntava onde você tava
E a verdade uma hora aparece
Percebi mais tarde mas eu já sei
Que quando você cai, também cresce
Agora eu peço à Deus que me diga
O que é que eu faço
Depois de tanta hora perdida
Ou pra fugir pra outro lugar
E mesmo assim minha mente volta
Pra onde ela não devia estar