Poemas sobre música
Joguei todas as suas cartas e risos
As crises de autoestima na lata do lixo
Catei coragem para me livrar
Cortei suas asas para enfim voar
E acabou
Percebi que não senti nada quando você passou
Nem amor, nem ódio, nem mágoa
O que passou, passou
Gosta de ficar por cima pros seus amigos pensarem
Que têm várias outras na fita
Sorte que eu sou educada e agradece eu ser tranquila demais
Se tu vira estrela, eu quero voar
Pra bem perto de ti, pra de perto te olhar
Se tu vira onda, deixa eu te surfar
Depois faço um sonzinho pra você se amarrar
Olha pro óclin, não olha pra mim
Não olha pra mim, olha pro óclin
Olha pro óclin, quer saber de mim
Não sabe de mim e nem vai saber
Desculpa eu comentar
Que nunca segui sua visão
Previ que eu tava rico e não falhou a intuição
Só que eu não
Vô deixar eles perceber
Vou tomando tudo,
Pegar o malote e correr
Se é que você fala que o bagulho é doido
O bonde é mais louco do que o bagulho
Vivendo a vida no estúdio, lembrando os sufoco
Quem é que nunca teve um sonho guardado desde novo?
Inveja é uma praga que se propaga
Rima ruim contratante não paga
Sou trapstar, rockstar, debochado, star
Tô contando dinheiro na minha sala de estar
Enquanto eles reclamam sem parar
Porque no topo eles nunca vão estar
Veio até mim
Quem deixou me olhar assim?
Não pediu minha permissão
Não pude evitar, tirou meu ar
Fiquei sem chão
É tudo o que eu posso lhe adiantar
O que é um beijo se eu posso ter o teu olhar?
Cai na dança, cai!
Vem pra roda da malemolência
E tome tento
Fique esperto
Hoje não tem papo
Jogo-lhe um quebrante
Num instante
Você vira sapo
Bobeou na crença
Príncipe volta
Ao seu posto
De lenda...
No dia em que eu me tornei invisível
Passei um café preto ao teu lado
Fumei desajustado um cigarro
Vesti a sua camiseta ao contrário
Aguei as plantas que ali secavam
Por isso um cheiro impregnava
O seu juízo, o meu juízo
Invisível e o mundo ao meu favor
Para me despir e ser quem eu sou
Logo que o perfume do invisível te inebriou
Você me viu e o mundo também
E o que tava quietinho ali se mostrou, meu bem
Eu vim descendo
Facão na mão, zoiúda
Pra matar os mal do mundo
Empoderada
Mulher que corta
Vestida de patuás
Dentro do meu altar
Sagrado pra quem cura
Aproximei meu olhar
Aprofundei os sentidos
Devagarinho chegar
Entrando pelos ouvidos
Beijo o que vem
Mãos do destino
Ao me entregar
Um salve ao divino
Maria cadê a garra que o mundo pede?
Não leve você a mal de leve, leve
Leve o som com o tom que te deram com o dom de dar
Leve o som com o tom que te deram com o dom de amar
Nessa sua beleza eu posso me perder
Tenha dó de mim
Por compaixão me dá um beijo
Seja generoso, Deus dará em dobro
Tenha dó de mim
Por compaixão me agarre logo
É tanta gente doida
Tanta gente carente
Eu que já vi de tudo
Nisso tenho certeza
Que nesse mundo cão
De tantas malvadezas
Você é um presente
Que eu não posso perder
Amor se for por seu carinho
Se for por seus beijinhos
Diga ao povo que fico
E mudo tudo
Vejo o povo dizer
Que perdeu um amor
Que quando estava lá
Só rimava com dor
Isso não é perda
Isso é livramento
Na minha vida hoje eu sei
Quem é dor, quem é luz, quem é fuga
Quem estraga ou quem estrutura
Quem é adubo, terra ou rosa