Poemas sobre música
Vou contar nos meus dedos da mão
As estrelas da constelação
Que uniu os cinco sóis do astral
E deu para nós esta canção.
Pra fazer soar descomunal
Bem no fundo
Do seu coração.
Foi como num carnaval
Bem no final
Quando fica um vazio nas ruas
E os copos descartáveis no chão
Dá trabalho pra limpar depois
No outro dia cedinho
Depois da multidão
Que bom te ver nos braços da boemia
Noturno absorve a luz do dia
E canaliza pra um grau de telepatia.
Volte conosco, vamos devagar,
Nos deixando guiar pelo brilho
No céu que reflete estelar
Teu sol em libra;
Coragem é isso, viver a vida!
O poder é uma busca
Processo
Em excesso
Insuportável
Esse nosso estágio é tão frágil
Todo mundo tá tão vulnerável
Meu verbo é infinito mas é feio
Pra servir de epifania ou de portal
Meu verbo é o elemental
Minha casa é o seu varal
Onde os corações tomam ar
Essa é pros amigo que partiu pr'uma melhor
Eu canto pra subir, mano, eu não sei rezar
Essa é pros amigo que partiu pr'uma melhor
Eu rezo pra subir, mano, eu não sei cantar
Eu sei que você sabe
Que no fundo e na verdade
Ninguém quer se machucar
Mas nesse meio tempo a vida
Pode abrir uma ferida
Que o tempo demora pra curar
Trago pra você um abraço
Um descanso pro cansaço
Um amparo pra alma
Trago junto essa conversa
A gente senta e fala a beça
Sem ter hora pra parar
Sei, que a vida às vezes perde a cor
E parece acabar
Calma, que a alegria tem a cor de uma flor
Que vai desabrochar
E eu sei, o mundo pede pressa
E viver, às vezes aparenta ser
Irreal
Trago pra você uma dança
Um ensaio, uma lembrança
Alguém só pra te contar
Que o amor distrai a morte
A gente nem sempre é forte
Pra entender e aceitar
Por um instante minha vida
Se fez mais bonita
Quando você chegou
Lá onde as estrelas dormem
A gente tem sorte
De encontrar amor
Eu só vim pra dizer
Que a vida é boa com você
Mesmo que me arranquem
Ou me faltem as palavras
Que o mundo de um jeito
De me roubar toda calma
Eu faria tudo
Pra rodar o mundo com você
Mesmo que me internem
Ou que chamem a polícia
Mesmo que da vida
Só me sobre a preguiça
Eu faria tudo
Pra rodar o mundo com você
Sereia do mar
Do Morro do Arpoador
Serena no olhar
No beijo que me enche de amor
Você não me sai da cabeça
Não faz com que eu esqueça
O beijo que ainda virá
Eu peço pro mundo
Um desejo profundo
Que por um segundo
O tempo vai parar
Por quê?
Porque sou insensível
E eu voltei a ser como era porque sou insensível
Todo esse dinheiro e essa dor me deixaram insensível
Você sempre tenta esconder a dor
Você sempre sabe exatamente o que dizer
Eu sempre olho para o outro lado
Estou cego, estou cego
Em seus olhos, você mente, mas eu não permito que isso te defina
Uma folha solta, com rumo
Me aprumo em qualquer nota
Assumo minhas derrotas
E sumo, no mundo
Batendo em algumas portas
Criando teorias tortas
Tão solta quanto o vento indica
Voando por onde se quer e vai querer
Ninguém manda na sua vida
Ela criou um jeito novo de viver
Sem deixar nada no ar
Digo de frente
Dentro do peito
Acima da mente
Que apesar de todo o tempo
Inconsciente
Reconfortante
E decadente
Você vai ficar