Poemas sobre Livros
Sou feliz, apesar de triste.
Eu lia livros e ouvia histórias sobre amor verdadeiro.
Desde que me entendo por gente a Cinderela só precisou de uma dança, Ariel um olhar ao barco, Aurora um beijo.
Depois ao crescer ouvia as pessoas dizendo como foram salvas por seus cônjuges. Nas histórias isso sendo relatado como intervenção divina.
Isso me levou a crer que eu não tenho hm Deus, porque até agora ele não tinha me mandado A pessoa.
Não que nunca tenha me apaixonado e tido coisas ruins na vida, eu tive paixões que me fizeram virar a cabeça, paixões que descobri ser fogo de palha e outras que duraram me dando a entender o que era o amor. Mas me sinto como se não tivesse sido feita para ele.
Eu não o entendia. E gosto de coisas que entendo.
Sabe aquele tipo de pessoa que enxerga as estrelas como antes do passado que toda noite nos velam? Não sou essa pessoa, sou aquela que diz que são grandes esferas de plasma mortas e extintas a incontáveis de anos e hoje vemos apenas seu reflexo de luz.
Triste, eu sei.
Mas não me sinto triste de verdade, por não saber ao certo o que é a extrema felicidade. Meus problemas são tão pequenos e a meu ver se resolvem sozinhos tantas vezes. E vejo os problemas dos outros e percebo que mesmo sem amor ou Deus ou Aquela pessoa, não sou um ser triste.
Tenho uma base sólida como família, uma base incrível de amigos, ex paixões que ainda me proporciona risadas e aquelas que atravesso a rua pra nao ver mais do que a metros de distância. Mas não sinto nenhum amor da minha vida perdido.
As vezes ainda não a conheci, ou reconheci né, vai saber.
E hoje que eu vi o dia passar de escuro para claro, percebo que não vivo pela busca disso. Acho que isso me faz feliz.
"Se eu fosse rico...
Se eu fosse rico teria os melhores livros, e me mimaria com edições luminosas aos olhos e suaves ao tato, em papel generosamente opaco, com letras iguais às que os homens desenhavam nos primórdios da impressão.
Eu vestiria meus deuses de couro e ouro, e acenderia velas de veneração diante deles à noite, e recitaria seus nomes como se desfiasse as contas de um rosário. Minha biblioteca seria espaçosa, escura e fresca, protegida das visões e dos sons externos, com janelas estreitas se abrindo para campos tranquilos, com cadeiras voluptuosas convidativas à comunhão e ao sonho, com lâmpadas suaves iluminando santuários, aqui e ali, e cobria cada centímetro das paredes com a herança intelectual da nossa raça. E, ali, a qualquer hora, minha mão ou o meu espírito acolheria meus amigos, se suas almas estivessem famintas, e suas mãos, limpas"
Difícil dizer...
Sou os livros que li,os momentos que passei,eu sou os brinquedos que brinquei,e os amigos que conquistei!
Sou o amor que dei,e os amores que tive,as viagens que fiz,e os esportes que pratiquei.
Sou minha matéria preferida,minha comida predileta,esse sou eu...
Sou o ódio resguardado,sou os sonhos realizados,os objetivos alcançados.
Eu sou o meu interior,mas também meu exterior.
Sou a saudade,os abraços que já dei,eu sou o passado,mas tambem o presente e o futuros,sou os meus atos.
Sou o perfeito, mas tambem sou o imperfeito.
Sou o contraste e a contradição.
Sou a complexidade...
Sou o que POUCOS conseguem ver!
Os livros são os mais serenos e constantes dos amigos; são os mais acessíveis e sábios dos conselheiros, e os mais pacientes dos professores.
Muitos livros devem o seu sucesso à afinidade entre a mediocridade das ideias do escritor e as do público.
Tenho certeza de possuir uma alma, e todos os livros com os quais os materialistas enfadaram o mundo não me convencem do contrário.
Há os livros que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre.
Pois bem, que é que o autor coloca nos seus livros? O que ele não é e gostaria de ser, como nos sonhos. Os livros são desejos recalcados, atos falhos.
Os homens sem mérito algum, brochados de insígnias e de ouro, são comparáveis aos maus livros ricamente encadernados.
Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um dicionário muito mais maravilhoso.
O mal que podem fazer os maus livros só é corrigido pelos bons; os inconvenientes das luzes são evitados por luzes de um grau mais elevado.
As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas para mim, está
muito claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a
cada momento que passa. Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.
Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas. No meu ramo de atividade,faço questão de notá-los.
Mesmo assim, é possível que você pergunte: por que é mesmo que ela precisa de férias? De que precisa se distrair?
O que traz à minha coleção o seguinte:
São os humanos que sobram.
Os sobreviventes.
É para eles que não suporto olhar, embora ainda falhe em muitas ocasiões. Procuro deliberadamente as cores para tirá-los da cabeça, mas, vez por outra, sou testemunha dos que ficam para trás, desintegrando-se nos quebra-cabeça do reconhecimento, do desespero e da surpresa. Eles tem corações vazados. Tem pulmões esgotados.
"Talvez esse seja um castigo
justo para aqueles que não
possuem coração: só perceber
isso quando não pode mais
voltar atrás."
Outros Pequenos Fatos .
Às vezes eu chego cedo de mais.
Apresso-me,e algumas pessoas se agarram por mais tempo à vida do que seria esperável.
Ela me explicou de que eram feitos os seus próprios sonhos.
Agora, acho que somos amigos, essa menina e eu.
Em seu aniversário foi ela quem deu um presente - a mim.
Isso me fez compreender que o melhor vigiador que eu conheçi não é um homem