Poemas sobre Inteligência

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A alma só é bela pela inteligência, e as outras coisas, tanto nas ações como nas intenções, só são belas pela alma que lhes dá a forma da beleza.

Os acontecimentos tinham ampliado a sua inteligência naturalmente estreita. A imensa ironia das coisas tinha passado na sua alma e a tornara fácil, sorridente e leve.

A inteligência é a faculdade com o auxílio da qual compreendemos por fim que tudo é incompreensível.

O grande escritor não precisa ser nem muito inteligente nem muito culto. A inteligência e a cultura são contudo indispensáveis nos escritores menores.

A inteligência! É uma questão de química orgânica, nada mais. Não somos mais responsáveis por sermos inteligentes do que por sermos estúpidos.

Os trabalhos escolares são provas para o carácter, não para a inteligência. Quer se trate de ortografia, de poesia ou de cálculo, está sempre em causa aprender a querer.

A subtileza ainda não é inteligência. Às vezes os tolos e os loucos também são extraordinariamente subtis.

A verdadeira arte não é só a expressão de um sentimento, mas também o resultado de uma inteligência viva.

Uma inteligência vulgar é como um mau cão de caça, que depressa encontra a pista de um pensamento e depressa a volta a perder; uma inteligência invulgar é como um cão de fila, que segue firme e resolutamente a pista até atingir o que é vida.

É verdade que, por vezes, os militares, exagerando da impotência relativa da inteligência, descuram servir-se dela.

Ninguém desenvolverá alguma vez as faculdades da sua inteligência, se, pelo menos, não intercalar alguns momentos de solidão na sua vida.

Ela passava por inteligente. Mas o que fazer da inteligência, como servir-se dela?

A inteligência é o maior filtro: a sua função, mais que compreender, é a de não compreender demasiado.

A riqueza estraga a inteligência, assim como uma refeição muito pesada cobre de sono até o olho mais vivaz.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.
(trecho de entrevista dada em 1977)

Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome.
(Perto do coração selvagem)

Sou implícita. E quando vou me explicitar perco a úmida intimidade.
(Água viva)

Lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.
(Água viva)

A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
(Perto do coração selvagem)

Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? O que vem depois?
(Perto do coração selvagem)

Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente me obedeço.
(Água viva)

Agora é um instante. Você sente? Eu sinto.
(Água viva)

Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem.
(Crônicas para jovens: de amor e amizade)

Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.
(Água viva)

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
(A hora da estrela)

Algumas vezes a mudança é sinal de inteligência. Outras vezes é a mais pura fraqueza de caráter.

A inteligência de uma criatura conhecida como multidão é a raiz quadrada do número de pessoas dentro dela.

Para compreender a minha não-inteligência, o meu sentimento, fui obrigada a me tornar inteligente.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O uso do intelecto.

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O afeto e a inteligência curam as feridas da alma, reescrevem as páginas do inconsciente.

Polidez é inteligência; consequentemente, impolidez é parvoíce. Criar inimigos por impolidez, de maneira desnecessária e caprichosa, é tão demente quanto pegar fogo na própria casa.