Poemas sobre Horizonte
A distância
Assim como o sol
Anseia para se libertar
do horizonte eu anseio
por você aqui”
Nossas vidas se completam
Como a lua e o céu,
Falamos através do olhar
Sorrimos com o coração
Sonhamos acordados
a triste comédia da vida,
A distância.
- O tempo que não dar tempo
Contemplando o horizonte eu penso em tudo e falo: não há tempo; há muitas mentiras e uma só verdade!
BURACO NEGRO
No horizonte de eventos
nem a luz vai escapar,
centro, Sagittarius A,
bem massivo e violento,
distorção do espaço-tempo,
não há relatividade,
tudo é singularidade!
No cosmos, buraco negro
guarda mistério e segredo,
uma outra realidade!
VITRAL, CERRADO (soneto)
O cerrado é tal um vitral multicor
Se olharmos do horizonte é sombrio
Se aproximarmos é denso e luzidio
Seivoso nas partes e cheio de fulgor
E, é assim no seu sagrado feitio
Ornado de diversidade, senhor
Desigual, mas nos causa ardor
Verão pluvioso inverno seco e frio
Cerrado, igual vitral, encanto maior
Vento ao vento orquestrando assobio
Súbito, misterioso, da flora mediador
Regulai os olhos, ao olhá-lo vadio
De repente é tudo aos olhos, sedutor
E ao encanto, presságio e arrepio
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
CERRADO ALVORECENDO
Um raiar grande e luzidio, um alvoroço profundo
O amanhecer no horizonte em histeria tremenda
As maritacas nos buritis já se fartando da merenda
E o cheiro do chão duro, do bafejo manso é oriundo
Preme pela janela o raio de sol rachado na fenda
O vento seco trovando suspiros vindos do fundo
Da melancolia, que traz a saudade num segundo
E que desperta no sertão com a mais bela legenda:
De vitalidade, pois é a diversidade já alvejando
Vê! Tudo é magia, leve, com toda a sua ousadia
Brilha o capim dourado no campo, em bando...
E tudo vai demudando, tal uma doce poesia
Escritas com as mãos do Criador, ali rimando,
A vida com a lida do alvorecer de mais um dia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
*no olho do furacão do COVID-19
CHEIRO DE CERRADO
Quando a alvorada chegou, eu fui a janela
Sentei-me. O horizonte abriu, a vida arfava
Eu, ao vento, atraído, a essa hora admirava
E estaquei, vendo-a esplendorosa e bela
Era o cerrado, era a diversidade em fava
Céu róseo um mimo! A arder como vela
De pureza singela tal qual uma donzela
Que hipnotizava a alma, eu, observava
Então me perdi no perfume que exalava
O olhar velava com pasmo e com tutela
Aí, hauri toda a essência que fulgurava
E agora, fugaz, lembrando ainda dela
Sinto o cheiro, que na memória trava
Da alvorada do cerrado vista da janela
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
A VIDA
Mirei o horizonte remoto
Sonhei acordado fantasias
Do cerrado eu fui devoto
Da vida as trovas vazias
Era sonho tão maroto
Com tortas caligrafias
Das quimeras de garoto
Seguintes as tais ironias
De um tal amor imoto
Raras as companhias
Com o verso canhoto
Ortografei as urgias
Então, neste viver piloto
Riscados nas heresias
De poeta e feliz louco
Versejaram os meus dias
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano
CREPÚSCULO NO CERRADO
Na tarde do cerrado, rubra o horizonte
Pulsa, nos arbustos de galhos tortuosos
O fim do dia. Em cheiros tão saborosos
No crepúsculo tropical, de poética fonte
Tudo, entre rútilos, vermelhes fragosos
Raspando a luz no seu total desmonte
Gerando sombras e enigmática ponte
No breu, vozeando coros lamentosos
A lua, se apresenta com seu alvo manto
Cercada no céu por um véu de casimira
Desenhando o anoitecer com ternura...
Dentre todas as criaturas, meu espanto
Por tão dadivoso encanto, que se expira
No fugaz beijo, inicia a noite, tão escura.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela
à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...
durmo neste ritual!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
E sorrias!
Eu te vi sorrir e já era crepúsculo
No horizonte o céu avermelhado soltava raios maravilhosos...
mágicos...
Teus olhos brilhavam num azul de violetas fantástico!
Me afagavas e pensei serem carícias de anjos...
uma música tocava ao longe... então
Fechei os olhos, distraída na pureza da melodia
Serenei na tua pele... qual brisa
Invadindo teu corpo... acariciando...
com doçura e te perfumando com aromas de rosas vermelhas eternas...
Sussurraste palavras doces... e sorrias...!
Raiz Forte
Belos raios solares roubaram meu olhar
um horizonte verde a me buscar
o som do todo me fez querer roubar
raiz forte me fez saciar
Porém, perdido em raios de desprezo
contra o horizonte fui soprar
Despejou-me raios escuros
Para que eu a pudesse desabrochar
Em pedras estávamos a festejar
Em horizontes estávamos a nos desejar
Em vida estávamos a nos encaixar
Em intensidade estávamos a nos amedrontar
Medo! de errar ou de acertar?
Viver ou deixar a vida passar?
Sorrir ou chorar?
Abraçar e ter que deixar
Assim deixaste seguir em frente
Permitindo que o horizonte guiasse a gente...
VIAJANTE
(Amor a Belo Horizonte)
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Destino traçado, certo ou errado, sem parada obrigatória.
Pausa ao acaso, caso, descaso
E seguia.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Deslumbrei um Belo Horizonte, atraquei num Porto Seguro,
Bahia.
Fiquei inseguro e de Canoa Quebrada, pelo mar cheguei no Rio,
Tomei banho em Cabo Frio e em São Paulo, Santos
E Maresias.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Paraná, Santa Catarina; Ah!!! Como é linda essa ilha.
Enfim um Porto Alegre, vou visitar minha filha.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Dou meia volta, Volta Redonda,
regresso, uma nova trilha.
Cidade da minha infância, tios, primos e minha madrinha.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Sigo sem rumo à procura, de uma nova rima.
Um Por do Sol, meu Belo Horizonte.
O final de um grande dia.
Quando se decidiu partir
encontrando o sol se pondo no horizonte
deixou seu hibrido sorriso na estante
e começou a viajar.
Instigou a revolução interna
da sua capacidade sutil de delirar,
pesou as chances na balança,
atira seu corpo e alma na estrada,
sem medo de onde e como vai parar.
Renegar as perguntas sem nexo,
incitar a riqueza do sorrir,
entupir as desnudas palavras duras
aos ouvidos alheios e tão cheio de medos,
sem nenhum proveito em repartir.
Não se pede compaixão
apenas paixão pra começar
enquanto a mente intrépida deseja
outros estão na peleja para conquistar.
Estando a quilômetros do intenso sorriso,
que tão suave refresca o juízo
e faz o corpo delirar.
De pensamentos dengosos a profanos,
proferidos por lábios insanos,
realidade vivida em sonhos
que se regozija em compartilhar.
A liberdade na estrada é um bem que não se iguala
e só quem dá a cara a tapa
sente a brisa da vida beijando a boca
e enchendo o coração de um sentimento
que acelera o batimento e inunda a alma!
LÁ VOU EU, BUSCANDO UM HORIZONTE DIFERENTE.
FAZENDO OS MEUS ATALHOS,
CORTANDO CAMINHOS,
MUDANDO A DIREÇÃO..
TRAÇANDO METAS,
PARA UM NOVO SENTIDO
DA MINHA VIDA..
.
☾.•°*”˜˜”*°•.✫
Horizonte de todos é tão próspero e farto que
falecemos lentamente no hoje em função da
poda que sofremos diariamente.
Infelizmente alguns se contentam com tão
pouco que acabam se aquecendo dos frágeis
degraus necessário a sua escalada para amanhã.
✫ . ¸ ¸ . • ´ ¯ ` » Paulo Ursaia
Homenagem À Palhoça
Nas tinturas do horizonte
Sob o áureo sol radioso,
Dentre as águas cristalinas.
Adorno que enfeita os montes
Qual acorde hamornioso,
Palhoça, doce bonina.
Comparo tal advento,
Afavel mimo dos mares,
Com o fulgor do levante.
Que numa prece ao vento
Em afagos singulares,
Te exalta a cada instante.
Fonte notável de história
Tuas raízes despontam,
Nas entrelinhas da lenda...
Legado pleno de glórias,
Vozes que se agigantam,
Em sublime oferenda!
Quão bela é a tarde
Por detrás do horizonte
O sol em ouro
Irradia sua refratada luz
Em vermelhos fortes de amor
Em laranjas vivas de esplendor
Em amarelos cintilantes de esperança
E aos poucos a cor a sombra vai tomando
Até que o negro da ausência se estabeleça supremo
Trazendo a paz para nossos corações
E o descanso para o adormecer.
entre o azul do céu, do horizonte e do mar,
que te ensinam a se identificar com o que é divino,
eu quero ser o azul MAIS PRÓXIMO.
Olho para o horizonte e vejo um vazio;
Contemplo a liberdade de sonhar e imaginar um mundo diferente,
Pois o objetivo da vida não é ser feliz. É ser útil, honrado, compassivo, fazendo com que nossa vida, bem vivida, faça a diferença neste mundo.
virtudes são sonhos imaginados na tua solitude,
caminho bem no horizonte,
perdido no doce sonho da tua vida,
meu amor será eterno enquanto meu coração bate,
o desejo clama a verdade,
que sinto que te amo minha vida.