Poemas sobre Horizonte
Perante os desafios da vida só podemos demonstrar audácia se caminharmos, sabendo que há sempre um Horizonte que sustenta os nossos passos ...
Não se iluda com o futuro. Assim como o sol vc sempre pode ver-lo, mas de nada adianta seguir o horizonte para alcançar-lo. Apenas saiba que ele está lá.
Todo faixa preta, foi um faixa branca persistente e com visão de longo prazo.
Não tenha vergonha do ponto de partida e mantenha os olhos no horizonte.
Que os corações despedaçados ainda não deixem de amar. Que os lábios silenciados ainda tenham forças para sorrir. E assim, além do horizonte, viver ainda é necessário.
A poesia está presente em cada canto, os pássaros voam alegres e cantam sem parar, nem notam que é inverno e seguem seu destino. Alço um voo junto a eles, em imaginação, com asas que coloco para saber o que há além do horizonte. Se chegarei lá, ainda não sei, mas algo atrai e sigo sem receio, desviando de obstáculos, até onde possa abraçar o azul do céu.
Eu não acredito em Deus! Se Deus existisse não teria arrancado de mim o único sentido que me fazia caminhar nesta existência tão triste que é a do homem sobre a face da terra. Nem o cavaleiro da Triste Figura sofreu tantos dissabores como eu. Eu sou um homem triste!
Os cursos facilitados vêm como terremoto, abrindo as sepulturas dos poupadores de esforços. Porém, os mágicos da educação não dizem qual será o próximo passo. Talvez você olhe para o horizonte a distância, com o diploma na mão, para ver se ainda está no páreo.
Certo dia, eu escrevi que para se estar aqui é preciso ir a outros lugares, buscar novos horizontes para não se frustar com poente sol cotidiano que a vista de cá me apresenta. Cansado do joguetes pueris dessa gente tão descolada, resta-me ir para poder ficar, esquecer de sonhos desejados, das noites em claro, dos lábios tocados, do frio arrepio que sua presença causa ao meu corpo. Extasiado com o medo da partida, nem adeus procurei dar, aos poucos você perceberá a doce ausência da minha presença em seu dia a dia, até lá terei caminhado pelos meus pensamentos, redesenhando os caminhos que só me levavam a você, embaralhando mais o confuso sentimento que me liga a você. Terei que suportar a estranha sensação de saber que você está nos braços de outrem, acalentando os desejos de moços esguios, prematuros, rasos, como quase tudo em sua vida. Quando der falta de mim, poderei não mais encontrar as velhas estradas que me levava diretamente a você. Meu velho e cansado corpo buscará aconchego em outros bares, outras esquinas, em outros copos de cerveja. No entanto, sei que conservarei o antigo desejo de compartilhar novamente com você os cigarros no meio da madrugada e o indireto beijo negado será mais uma vez partilhado sob a névoa da nicotina. Meus dedos tocarão os seus, meus olhos procurarão os seus e o fogo que incendiava meu peito novamente será aceso. Mas eu já não serei mais aquele, você não me reconhecerá, porém eu sempre serei seu.
E quando seu pior inimigo é a sua imaginação? A gente passa a sentir o que não se sente e tudo vira de cabeça pra baixo, do avesso. Tenho aversão a esse descontrole, a essa situação. Quem me dera poder passar incólume aos dias frios de inverno e lançar-me aos sonhos quentes de verão. Sem pensar, sem revirar-me, sem ter a certeza de que não dará em nada. Voar baixo nos assegura uma queda menos dolorosa, mas descobri que não tenho medo de altura e por isso sonho cada vez mais alto, porém ainda nutro o medo de cair. A única vantagem nisso tudo é a linha do horizonte infinito... que me distraí e faz-me voltar a imaginar.
A procura.
Deus me enviou para esta vida para encontrar meu grande amor, pois eu me encontrava muito triste, no paraíso. Cruzei mares. Cruzei rios. Subi montanhas. Cheguei até a linha do horizonte, dali fui por estradas, muitas estradas desconhecidas, enfrentando chuvas, sol, frio. Eu não media distâncias para encontrar a mulher amada. Sempre em busca de um sonho e de uma esperança, de encontrá-la. Aquele anjo azul, distante, a beira da estrada, que cada vez que eu me aproximava ia para mais longe, era uma miragem, fantasia de minha imaginação. Atravessei desertos tentando alcançar esta miragem, hoje já cansado e sem forças, resolvi escrever estas palavras simples, mas que poderão alcançá-la. Encontro-me aqui a sua espera.
Todos os entes têm futuro. Mas vincular o próprio ao alheio, às vezes é (con)sentir a troca de horizontes por limites.
(...) “E mesmo se a esmo esvoaçar a minha voz, numa dimensão, ainda sem direção... Meus passos em lapsos remanescerão, com passadas descompassadas, mas que apesar de pesadas andam apressadas por ansiar passar onde a mente não possa pisar, mas os pedaços do passado ainda pairam no ar e me levam sempre a pensar nas perdas e pedras que no caminho ei de enfrentar, contudo, continuo confuso e cansado por insistir em caminhar, porém, já realizado por ainda desejar, encontrar uma sombra que no horizonte vivo a procurar”.
Acho um desperdício colocar o peito na zona mortífera do conforto, vejo como fatídico o cotidiano da monotonia. Me aprofundo no horizonte das possibilidades. Gosto do recesso e da ressaca, sou intensa. Uso o crachá da liberdade, visto a camisa do emocional, levanto a plaquinha do viver, coleciono fotos e interpreto olhares. Vejo o mundo da minha janela particular
Porque o Oceano é maior que as braçadas individuais, o ser humano (se) inspira e expira por navegar em horizontes intangentes.
A felicidade é uma ilha na qual queremos atracar. Então construímos nossos barcos no afã de poder pisar as areias mais desejadas. Mas quando estamos por chegar mais perto, a ilha desaparece e o barco naufraga. É quando pensamos que teria sido melhor ficar em terra contemplando o horizonte intocável, na alegria angustiante de imaginar o inconcebível.