Poemas sobre Guitarra
Quando a vida me deixa triste, eu toco a minha guitarra. O resto do mundo pode seguir as regras, mas eu tenho que seguir o meu coração.
Quero um skate, uma vitrola, uma guitarra, um poster, uma máquina de escrever, um fusca, um telefone de fio azul, uma bolsa de disco, um disco voador, mas me contento feliz da vida com você.
E o canto daquela guitarra estrangeira era um lamento choroso e dolorido, eram vozes magoadas, mais tristes do que uma oração em alto-mar, quando a tempestade agita as negras asas homicidas, e as gaivotas doidejam assanhadas, cortando a treva com os seus gemidos pressagos, tontas como se estivessem fechadas dentro de uma abóboda de chumbo.
"ACORDES DE GUITARRA"
"Sabe aqueles dias em que a gente acorda com vontade de 'nada'?
O melhor é poder contar com a sua companhia pra dividir tudo isso.
Embolando na cama, espreguiçando a preguiça, amassando o cabelo;
Escutando aquela mesma música cinquenta vezes, sem cansar, sem sentir.
Você e eu somos como pássaros de uma asa só, unidos por uma corda de náilon.
Precisamos um do outro para alcançar os voos mais altos.
E é só você quem tem o poder de me fazer sentir que a vida é feita de acordes;
Daqueles que você retira da sua guitarra, colorida pelos meus dedos sujos de 'Nutela'.
E me carrega, sem que eu sinta, debruçada no seu colo, numa viagem sem final.
Porque quando estamos juntos, embalados pelo som daquela mesma música,
O mundo abre as portas pra que tudo o que desejamos esteja aos nossos pés".
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O meu namorado é da banda
Ele toca guitarra, enquanto eu canto
Meu namorado é legal, mas não quanto eu
Meu namorado tem olhos azuis
Meu namorado é um fumante de quinta categoria
Meu namorado é um cara largado.
Meu namorado curte poesias
Meu namorado não me ama
Meu namorado é um simples sujeito que não me ama
Meu namorado é um babaca que roubou o meu coração, com o seu jeito de tocar guitarra
Meu namorado é um cara lindo que todas as meninas da cidade deseja
Meu namorado é um cara esperto
Meu namorado é um tremendo pegador
Mas o que posso fazer se ele roubou o meu coração?
Falo-te através da minha guitarra com sentimentos sonoros dando-lhe o entendimento em uma escala cromática...
Em alto e bom som explico-me em um compasso com duração de nota pontuada, sem pausas concretas tornando a minha ligadura convencional a você...
Pois eu também amo em bemol e sustenido sem transposição de tonalidade ou tempo... Não me altero com momentos agudos, pois o meu Bend duplo é a técnica de acalentar as minhas ansiedades;
Não demonstre medo mesmo por que o meu tapping consiste na combinação de hammer nos e pull offs para completar a minha harmonia;
Gosto de Skate: Não sei andar de skate.
Gosto de guitarra: não sei tocar guitarra.
Gosto de uma pessoa: ela não gosta de mim.
Guitarra
O som de uma guitarra
noite adentro em meus ouvidos
vai ardendo sem sossego
transbordando minha libido...
Quero escutar os segredos
da melodia ensaiada
quero sentir estes dedos
no meio da madrugada...
Quero te ouvir bem baixinho
para em teu corpo sonhar
quero te ouvir na ventania
para contigo me reinventar...
Então, me diz alguma coisa
Toca um Beatles na guitarra
Pra lembrar daquele tempo
Pra sempre ou só por um momento.
Era um bom menino que um dia sonhou
Em ver o seu pai dançando rock n' roll
Comprou uma guitarra e começou a dedicar
Todo o seu tempo só pra ver seu pai dançar
Tocou samba, tocou jazz mas não adiantou
Até que um belo dia o pai gritou
Toca, toca, toca rock n' roll
O cego e a guitarra
O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.
Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.
Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.
Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.
Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.
Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.
Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)
me lembro de cada dança
-agradável seria
se o tempo voltasse
não há som na minha guitarra
e toda minha marra
se foi
não sou cowboy solitário
vivo fora do páreo
a milhas do meu lar
não existem super-heróis
repetir palavras é besteira
melhor ler
um livro em chinês
antes que eu me esqueça
arrumei um emprego
de ficcionista
e meu fusca 70
descansa num museu
VIDA
A viola e o caipira,
Uma viola caipira.
A guitarra e o roqueiro,
Faísca de isqueiro.
A sorte e a morte,
Uma faca que corte.
Há honra, ira
E o corpo que irá.