Poemas sobre Frio
#FRIO
Como o vento que ecoa com mais força...
E o silêncio que fala à nossa alma...
O que para alguns não é belo...
Para outros é toda a beleza do mundo...
Por guardar segredos...
E sempre ter adiante um desafio...
Passo pelo tempo...
E de meu coração faço dele meu abrigo...
E no frio que me abraça...
Vendo uma folha cair...
Antes da última luz se apagar...
Poderei voltar a sorrir...
Não quero da vida todas as respostas...
Porém as procuro...
E sendo a procura pelas respostas, que à vida dá mais sentido...
Não espere meu sorriso...
Não prometo companhia...
Aprecio algumas amizades...
Para não ter a alma vazia...
Talvez minha alma ainda grite...
Na esperança de alguém me encontrar...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
A lembrança nórdica que me vem amiúde,
Fecunda meu peito nostálgico,
Aquele frio horizonte,
Ainda eterniza meu âmago,
AGOSTO
Bate na porta o agosto
Todo vestido de cinza
Mas tudo tem o seu posto
Mesmo na geada em que pisa
Um tempo pra reflexão
Onde se hibernam dormentes
Sementes que florirão
Carregando no seu ventre
Cores à nova estação!
Ontem nevou e fez frio. Não havia mais fogo para aquecer e a luz do Sol não brilhou mais. O caos trouxe a escuridão e a escuridão tomou os corações.
Ontem nevou e a neve cobriu nossas casas. Ficamos perdidos na rua, correndo de um lado para o outro, sem nem ao menos nos reconhecer.
Corações gelados, dominados pela maldade, riram de nós. O Sol se escondeu. Mas buscamos abrigo debaixo da videira.
O grito dos maus nos assombrou e o frio nos silenciou para sempre.
Quem restou se agarra firme naquela árvore e espera a redenção que aquece com fogo e ilumina com a luz que dissipa a neve e destrói o mal.
Ecos de uma Nova Estação
É inverno, e sinto o frio se aproximar.
Há um sussurro gelado que dança nas folhas que restam,
como se as árvores se vestissem de ausências,
despindo-se de folhas, como almas diante do inevitável.
Suas sombras alongam-se,
guardiãs de um silêncio que só o inverno traz.
Os pássaros emigram,
levando sonhos e canções para terras distantes,
enquanto nós, aqui, envoltos em mantos e lembranças,
esperamos a temperatura cair,
como quem espera o nascer de um poema.
Os bancos do parque, agora vazios,
guardam histórias de verões passados,
memórias aquecidas pelos sorrisos que se foram,
tal qual lembranças escondidas em caixas de sapatos.
E há, sempre, a estátua do herói,
imóvel em seu bronze e sua glória,
silenciosa testemunha de nossa transição,
do calor para o gélido aconchego das novas manhãs.
Nas ruas, a pressa dos passos se transforma em lentidão,
como se o frio pedisse um compasso diferente,
um momento para refletir,
para sentir a terra e o tempo.
Internamente, ecos de uma nova estação.
Chove bastante aqui dentro,
venta forte e inverno-me.
Mas, ao invés de praguejar, varro as folhas caídas,
agradeço o beijo da brisa,
e tento preservar os galhos,
até o meu próximo florescer.
FRIO (cerrado)
Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...
Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença
Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?
Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SONETO DE INVERNO
Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado pouco se aquece
Um calor de momento, o vinho oferece
E a alma valesse neste desfrutar maior
Arrepio no corpo, do apego se apetece
Pra esquentar a noite, tornar-se ardor
Acalorando o alento do clima ofensor
Tal é perfeito, também, o afeto tece
E na estação de monocromática cor
De paixões, de misto sabor, aparece
Os mistérios, os desejos, os sentidos
Assim, embolados nas lareiras, o amor
Regado de vontades, no olhar floresce
Pra no solstício de novo serem acolhidos
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano
Faz frio.
Quisera eu agora
um mocaccino com cognac.
E beijos,
beijos incandescentes
para acordar
meus demônios.
VIAJANTE
(Amor a Belo Horizonte)
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Destino traçado, certo ou errado, sem parada obrigatória.
Pausa ao acaso, caso, descaso
E seguia.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Deslumbrei um Belo Horizonte, atraquei num Porto Seguro,
Bahia.
Fiquei inseguro e de Canoa Quebrada, pelo mar cheguei no Rio,
Tomei banho em Cabo Frio e em São Paulo, Santos
E Maresias.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Paraná, Santa Catarina; Ah!!! Como é linda essa ilha.
Enfim um Porto Alegre, vou visitar minha filha.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Dou meia volta, Volta Redonda,
regresso, uma nova trilha.
Cidade da minha infância, tios, primos e minha madrinha.
Adeus
Estou indo embora, outrora pensava,
Temia.
Sigo sem rumo à procura, de uma nova rima.
Um Por do Sol, meu Belo Horizonte.
O final de um grande dia.
Nesta noite fria...
Fiquei a gelar sem ti....
Senti-me vazia...
Pressa na escuridão...
A falta do teu calor...
Do toque das tuas mãos...
Que me leva a viajar para longe...
Escuto uma melodia doce da chuva...
Embalando-me e levando-me em direção a ti..!!!
Carinho não compreende distâncias
Toca quem está longe, arrepia, encanta!
Mas se não está presente
pele pode tocar a pele,
apenas um frio súbito estremece.
Chuva, doce, fria, calmamente escorre pelo vidro da janela
Pássaros lá fora avisam o frio que se aproxima
Vizinhos chamam por suas crianças, que no entardecer soltam suas pipas
Chegara a noite, e ninguém lá fora se avista
Verão, outono, frio se despede encabuladamente
Flores lá fora avisam que sua prima logo chegará
Prima de muitas pétalas
Netas de inúmeras Veras
Dia e noite não se cansam de brotar
Flores e pétalas da mesma família
De sobrenome Primavera."
(Alexandre dos Reis)
"vento Frio "
Vento frio como acorde de violino,
rasga a madrugada de silêncio
arrepiando desalinhadas memórias.
Vento com chuva percorre a rua,
derramando-se sinuosamente,
ondulando cascatas de folhas,
abstrato corpo dançando,
que a noite vai devorando...
Por quem lamenta este vento,
inquieto visitante noturno,
que na janela vem bater?
Vento na pele arrepia,
O frio carece a pele serena
Da pequena menina morena
agitando sentimentos como folhas,
O sol radia em tempo gelado
A menina morena quer ser aquecida pelos teus abraços.
Que brota no rosto de uma criança
Protegida por um verdadeiro amor.
Você me fez de menina á mulher.
Fez meu corpo sentir uma brisa intensa, e minha barriga esfriar
Fez meu corpo arrepiar
e da coração meu peito quis saltar.
Fez dos meus olhos teus escravos, do meu corpo um louco apaixonado
Me fez menina aos meus ouvidos cochichar, e mulher quando senti meu corpo esquentar.
Me deu o sorriso mais lindo,
que meus lábios jamais pudera imaginar.
Meu deu seu coração, suas verdades, seus defeitos
Você a mim se entregou, e minha sempre será
Pois quando a ti disse que amava,
esse foi o juramento que a mim, tu sempre pertencerá.
"(...)A pior lágrima é aquela que cai sem nenhum
amparo, sem ninguem para enxuga-la e vai
direto ao solo, e para sempre será esquecida,
uma gota de sentimento, de dor, de magoa, de
um não tão bom dia, de tristeza, até mesmo de
saudade, tudo isso em uma pequena gota que
cai, sendo absolvida rapidamente pela terra fria,
e para a terra não passará de 1mm3 de líquido,
entao pare, esqueça, viva, permita-se, e acima de
tudo, derrame lagrimas por quem realmente vale
a pena. Afinal, quem vale a pena te fará sempre
derramar lágrimas de alegria.(...)"
O insano
Junte o útil ao agradável,
O infiel e o profano,
A moral e a ética,
O amor e o humano.
Se fosse simples não mais seria bonito,
O amor mensurável não serve,
Não eleva nem agrada ao espírito.
Não peço-te permissão,
Nem te digo que foi escolha.
É mais uma imposição do destino que nos entreolha.
Sinto-te distante,
Como um grito no vazio.
Vozes oscilantes, de uma mente inerte em meio ao frio.
Se sob a penumbra cinzenta recai a noite,
Me faria eu desnecessária.
Colmada por súplicas infiéis e de glória empavesada.
Num sóbrio recanto me conduz
A paisagem já atravessada.
Gestos secos e sem luz.
Alma distante, intocada.
O contraste ideal existente.
Olhos negros estes teus,
Fariam estrelas terem inveja deste tal brilho fosco.
Apenas sigo a linha do horizonte, ignorando vertentes.
Meras súplicas abandonadas,
Pudor inexistente,
Vidas separadas.
Colecionador de amor tu és.
Obra de vidas passadas.
Colecionador de dor tu és.
Portador de histórias equivocadas.
Afundo-me em teus males, mergulho em teus receios,
Bebo da fonte dos teus medos.
Jogo-me por inteiro.
Ainda que louca, desvairada,
Entendo-te um pouco.
Vives para os outros,
Pensas nos outros.
Ah meu bem, pense em mim!
Morte, você é meu doce amor,
venha e me dê o seu abraço frio ...
Envolva seus braços em volta de mim,
me abrace, me beije até que eu morra ...
Deixe-me sentir a sua pele fria,
sentir a morte da minha carne ...
Solte a minha alma a partir desta agonia,
dá-me liberdade, deixe-me morrer ...
"BOM DIA ANJO AMADO"
MOSTRA QUE TUDO ESTÁ TERMINADO...
E VOCÊ SE ENTREGA, SENTE FRIO, SOLIDÃO, DESANIMA, POR VEZES CHORA E DEPOIS ENFRENTA OS MUITOS "NÃO" DA VIDA E ATÉ PENSA QUE É UM(A) PERDEDOR (A), MAS O QUE VOCÊ AINDA NÃO PERCEBEU E NEM OBSERVOU É QUE O FIM É APENAS O COMEÇO DE TUDO! NÃO SE ENTREGUE RECOMEÇAR É PRECISO...
Dama do Inverno
A brisa gélida toca sua pele
Um floco de neve cai em sua mão,
Pingos de água embaçam sua visão
Mas ela esta feliz, seu coração ainda é dele
Dele? Ele? Quem é Ele?
Amor, sua existência, sua razão
Seu ódio, seu rancor, sua escuridão
Ele é o tudo e o nada, e tudo se encontra nele
O seu coração onde esta?
Seu coração o que Buscara?
“A dama do inverno só sabe amar”
Seu coração busca alguém, com os mesmos desejos
Seu coração quer alguém que lhe encha de cortejos
Seu coração busca alguém para compartilhar, “seu amor”.