Poemas sobre Frio
NAQUELA NOITE
21/04/2021
Naquela noite
Vi você aquecendo o frio da noite
Com teu corpo nu, tocando Mozart
No piano de Bosendorfer.
Ouvir as melhores melodias
Vindo do seu coração.
Meus olhos se perderam nas curvas
Tortuosas do teu corpo.
Minhas mãos ficaram tresloucadas
Quando atracaram nos teus cabelos.
Teu beijo levou-me à outra dimensão.
Fizemos amor na madrugada
Da lua cheia.
O céu ficou estrelado para nós
Anjos vieram nos abençoar
Poetas recitaram suas poesias
Damas vieram nos felicitar
Cavaleiros vieram nos cortejar
Pianistas tocaram Beethoven
Floristas enfeitaram vosso leito conjugal
Naquela noite
Fiz retrato seu fumado, enquanto
Lia Samuel Beckett na cama.
Produzir uma caricatura sua enquanto
Treinava boxe na sala.
Te fotografei amiúde, quando banhava-se,
Enxugava-se, penteava-se, vestia-se,
Perfumava-se, apanhava um livro.
Estando contigo, fizeste sepultar
Toda a solidão, a tristeza, o medo…
Refez renascer em mim a esperança.
Fizemos amor no dia da festa junina.
Beijamo-nos na orla da praia.
Apoiar-te a tua cabeça na minha coxa,
Enquanto falávamos de poesia nórdica.
Falava sobre as constelações, Os Beatles,
E que estudava medicina.
Fomos assistir a ópera "As Bodas de
Fígaro", de Richard Wagner.
O meu amor é vago
Louco e desumano
Frio, tosco e insano
É amargo, vil, seco e imprudente
Insensato, medíocre, rude e doente
É cretino, vadio, estúpido e cruel
Se alojou em meu peito
Foi embora, e nem pagou
o aluguel.
Adorava o frio
Algo quente
Depois de uma tempestade
Terra no balde
Limpeza interminável
Lágrimas de felicidade
Bem-vindo a segunda casa!
Sarcasmo, ironia, piada interna
Agressão, ofensas, orgulho, amor
Levante-se e apague a luz, boa noite.
∞
SUSPIRO OFEGANTE
Que é saudade sem ter-te? apenas um vão
Dum sentir frio e o vazio sem a face da lua
O desejo sem te ter? Esvaziado na solidão
Emoção que pelo céu a recordação flutua
Passo a passo. O caminho sem ti? Imensidão
Da noite usurpando o dia, grito e agonia nua
Sofrência? Lágrimas, ai! E pranteia o coração
Pra esquecer o encanto, a graça, prenda sua
Que é de meu poetar? Calado e pobrezinho
Sem o teu olhar. São palavras soltas sem lugar
Peregrino solitário, infecundo e sem carinho
Íngreme e pesado fado, sou eu sem instante
Onde o afeto vive perdido e sem poder amar
Na sobra da tristura e num suspiro ofegante!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 11, 2021, 09’46” – Araguari, MG
Gratidão.
Um lugarzinho quentinho,
Quando tem Sol é um frio nas espinhas que alivia a alma,
Quando é frio,
É uma fornalha que aquece o coração.
Dedico meus parabéns,
À todos desse honrado grupo literário.
Para mim não importa se são poemas ou versos,
Só o prazer de escrevinhar rasuras ao céus e poder publicar aqui ou acolá.
Já afaga o gosto amargo do meu paladar,
Adocicando meus dedos para nesse teclado continuar .
Com Amor:.Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Do que me resta
Da noite … as sombras.
Da chuva… o rio.
Do inverno… o frio.
Do vento… a brisa.
Do céu… um sol sombrio.
Do que me resta…
Do pouco que a vida me empresta…
Na janela uma fresta.
Do que me resta: esperar acabar a festa.
Onde você está....
Já, Chegou a noite...
Tô sentindo frio...
Me sinto tão sozinho...
Preciso do seu carinho...
Menina como doi...
viver sem teu corpinho...
eu sempre quis
tudo atrasado.
sou uma pessoa que toma café frio.
refrigerante quente.
e ama um sonho.
sempre atrasada.
ou sem pressa.
"FRIO MACANUDO"
Mas bàh! chê no meu pampa um frio macanudo
De bater o queixo e levantar a melena
E o poncho abanando com o vento cuiudo
Por debaixo do chapéu congela as zoreia sem pena.
.A Sociedade Oculta
Do ódio acumulado
monstros são criados;
assassinos de sangue frio
humanos renegados.
Da tortura de viver
sem alegria e sem prazer;
uma nova sociedade
foi-se a nascer.
Crescendo de escombros
se formou uma legião;
a partir de magia negra
acabaram com a ilusão.
Foram chamados de cultistas
pensadores pessimistas;
profetas sociopatas
com sangue de nazistas.
Rituais foram criados
visionários sem compaixão;
o sofrimento foi invocado
trouxeram a desolação.
Das ruinas que sobraram
poucos foram a sobreviver;
dos remanescentes
veio a sede de poder.
Guerras foram travadas
pelo pouco que restou;
da perda de esperança
o homem se degradou.
Os cultistas que sobraram
vieram a pensar;
a solução da humanidade
é de ela acabar.
Se eu pudesse eu trocaria
O frio pelo calor
Trocaria o ódio de todo mal
Colocava uma pitada de amor
Tira as mentiras e colocava as verdades
Tirava as tristezas, pra vim felicidades..........
Mais perguntas sem respostas
Abrem de novo a porta
Que traz aquele clima
Frio e turbulento
Que mais uma vez complica
Aquilo que costumo chamar de vida
É só mais uma vez
Daqueles tempos que já passei
De duração indeterminada
De conclusões inestimadas
Porque sempre se vão
Como a corrente água
Nada concreto pode ser feito
Pois não há pensamento perfeito
Há falhas no raciocínio e planejamento
E o que resta são momentos
Tentando fazer algo
Para ver se dá certo
A imensidão do deserto reflete tudo
Em todo grão de areia traz
Teu brilho
Teu frio e teu calor
oceano escondido
luz revelada
Frio
Frio
Adivinha minha alma
Percorra
Sinta
Perceba
A saudade
Frio
Fale
Amargue
Congele
Apague
Tudo
Frio
Endureça
A minha vontade
Congele
Meus dedos
Vire pedra
Para que
Eu nunca
Atire no destino
A quem interessar
Congelou
Minha alma
Frio
Abrace-me
Necrose
Apodreça
Para que nada aconteça
Frio
Não me leve
Não me enterre
Não me deixe
Quero
Arrepiar
Não só de frio
Mas de
Clamor
De um frio absoluto
De amar.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
CALOR DA ALMA
Quando você chegou
Descongelou o iceberg
que vivia meu coração...
acabou com o frio que
invadia minh'alma,
só pelo calor do seu corpo
Passei a viver nas chamas do amor
que você colocou dentro de mim
seu beijo ardia meus labios
e deixou suor em meu pescoço
Derreteu meu coração
algo que eu não sentia a muito tempo...
FRIO
Eu tô um frio
e o mundo tá um gelo,
que calafrio na alma
entro em desespero,
o coração congelou,
por falta de amor.
O calor que eu sentia
desapareceu
e o culpado disso tudo
sou eu, sou eu.....
O Semeador de sonhos
Suor frio, que desce quente
Na face aflita do agricultor,
Que olha para o sol ardente
Enquanto adormecida na terra
Repousa inerte, a semente.
A mãe terra tenta ajudar,
Recebendo o orvalho da manhã
Que apesar de o solo refrescar
Não é suficiente, pra fazê-la eclodir
Continua sonolenta a dormitar.
Para quando a chuva chegar,
O agricultor faz até promessas
De parte da produção, doar
Como forma de fé e gratidão
Pela chuva que veio regar.
O agricultor tem pressa.
Logo semeará novos grãos
Sorrindo, segue o semeador
Vislumbrando sonhos reais
Ao ver a produção em flor.
Tem prazer de levar à mesa
Alimentos e muita fartura
Ver enchendo o celeiro
Com primícias da colheita,
Felicidade é seu canteiro.
E num monólogo diz;
“Sou um homem da terra
Que bota a mão no arado
Vou semeando o amor
Não me canso, não me enfado.
Para o agricultor tiro o chapéu
Agradeço e faço oração
Pela garra e perseverança
Mesmo com dificuldades
Semeia com esperança.
Por Marta Souza Ramos
Quando eu tava sozinho num quarto frio
Quando eu tava sendo consumidos pelos meus pensamentos sombrios.
Quem tava lá?
Quando eu tava dando o ultimo trago no cigarro
quando eu tava pensando em comprar um carro.
Quem tava lá?
Você reclama que eu sou frio e isso é fato
A ponta do iceberg juro que é você
Te dei esperança
Corri no teu tempo
E ainda sim lamento que não te alcancei
Em mais uma Primavera de nossa existência
Teu abraço reconfortante me aquece no frio do Outono.
Teu amor irradia o calor que emana do sol e traz em si a sutileza da poesia.
Protege-me e resigna-me das tempestades da impulsividade e
Eleva-me no Inverno que a vida por vezes nos apresenta.