Poemas sobre Cidades

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Mensagem de despedida,

Até aqui, viajamos juntos. Passamos por vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas. Enfrentamos grandes obstáculos e superamos cercas que nos ajudaram a transpor abismos. As subidas e descidas foram uma constante, mas também percorremos retas, nos apoiamos nas curvas e descobrimos novas cidades.

Agora, é chegada a hora de cada um seguir sua jornada individual. Que as experiências compartilhadas até aqui sejam a força que nos leva à alegria de alcançar nossos objetivos. Sentiremos falta daqueles que partiram por diferentes caminhos, mas carregamos conosco a saudade e a esperança de reencontros futuros.

Expressamos nosso agradecimento a todos que estiveram ao nosso lado, mesmo à distância, nos momentos bons e difíceis. Esta conquista é também de vocês, que dividiram conosco cada passo. Lembrem-se, uma despedida é necessária antes de nos reencontrarmos. Que nossas despedidas se tornem eternos reencontros.

Farto de ver. A visão que se reecontra em toda parte.
Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre.
Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões!
Partir para afetos e rumores novos.

Legião Urbana - Sete Cidades

Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade.

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu.

Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo.

Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu.

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz:
Quando estou contigo estou em paz.

Quando não estás aqui,
Meu espírito se perde, voa longe

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que nossos olhos
nos podem dar
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver

O para sempre é composto de agoras.

(Margo Roth Spiegelman - Cidades de Papel)

John Green
Cidades de papel

Nota: A frase é uma citação de Emily Dickinson

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Nada acontece como a gente acha que vai acontecer.

(Quentin Jacobsen - Cidades de Papel)

John Green
Cidades de Papel

As pessoas dizem que amigos não destroem uns aos outros
O que elas sabem sobre amigos?
— “Game Shows Touch our Lives”, The Mountain Goats

John Green
Cidades de Papel

Nota: O trecho consta do livro de John Green, mas é uma citação da música “Game Shows Touch our Lives”, de The Mountain Goats

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Talvez seja mais como o que você falou antes, rachaduras em todos nós. Como se cada um tivesse começado como um navio inteiramente à prova d’água. Mas as coisas vão acontecendo… as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. Quando começa a chover dentro do Osprey, ele nunca vai voltar a ser o que era. Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através das rachaduras deles. Quando foi que nos olhamos cara a cara? Não até que você tivesse visto através das minhas rachaduras, e eu, das suas. Antes disso, estávamos apenas observando a ideia que fazíamos um do outro, tipo olhando para sua persiana sem nunca enxergar o quarto lá dentro. Mas, uma vez que o navio se racha, a luz consegue entrar. E a luz consegue sai.

(Quentin Jacobsen - Cidades de Papel)

John Green
Cidades de Papel

Sócrates foi o primeiro a evocar a filosofia do céu à terra, deu-lhe a cidadania nas cidades, introduziu-a também nas casas e obrigou-a a ocupar-se da vida e dos costumes, das coisas boas e das más.

As cidades, assim como as florestas, têm seus antros nos quais se esconde tudo o que elas encerram de mais temeroso e perverso. Com a diferença de que, nas cidades, o que assim se esconde é feroz, imundo e pequeno, isto é, feio: nas florestas o que se esconde é feroz, selvagem e grande, quer dizer, belo. Covil por covil, o dos animais é preferível ao dos homens. As cavernas são melhores do que as espeluncas.

Porque as cidades, como as pessoas ocasionais e os apartamentos alugados, foram feitas para serem abandonadas.

É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.

Não havia planos de carreira. Não havia planos. Não havia tempo para planejar. Não havia tempo para o futuro. Mas aí a expectativa de vida começou a aumentar, e as pessoas começaram a ter mais futuro e a passar mais tempo pensando nele. E agora a vida se tornou o futuro. Todos os momentos da vida são vividos no futuro: Você frequenta a escola para entrar na faculdade para arrumar um bom emprego para comprar uma casa legal e mandar os filhos para a faculdade para que eles consigam um bom emprego para comprar uma casa legal para mandar os filhos para a faculdade.

viver* (v.i.)

é estar com quem a gente gosta. é trocar mensagens. é viajar por entre cidades e abraços. é um festival de música. é a sensação de fazer valer cada segundo. é quando a gente aprende a existir do jeito certo. é criar passados, aproveitar presentes e inspirar futuros. é não sentir em vão.

*produto com prazo de validade (aproveite).

Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia

Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido

Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobras da nossa escassez
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre cobras, entre escombros da nossa solidez

Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo pra descobrir
Que não é por aí... não é por nada não
Não, não pode ser... é claro que não é, será?

Meninos de rua, delírios de ruínas
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruína, delitos e delícias
A violência travestida faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear

(solidez)

Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como tentar o suicídio ou amar uma mulher
Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como lutar pelo poder
Lutar como puder

Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia

Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido

E entre as nossas cidades separadas
as noites, uma a uma,
se juntam à noite que nos une.

felicidade nao se acha nos lixos e, nem nas ruas das cidades...
A felicidade só acha quando gosta de alguem de
verdade.

Se houvesse mais escolas de música
que militares pelas cidades, haveria
mais guitarras que metralhadoras
e mais artistas que assassinos.

Pense em quantos anos foram necessários para chegarmos a este ano
quantas cidades para chegarmos a esta cidade
e quantas mães, todas mortas, até tua mãe
quantas línguas até que a língua fosse esta
e quantos verões até precisamente este verão
este em que nos encontramos neste sítio
exato
à beira de um mar rigorosamente igual
a única coisa que não muda porque muda sempre
quantas tardes e praias vazias foram necessárias para chegarmos ao vazio
desta praia nesta tarde
quantas palavras até esta palavra, esta