Poemas sobre as Ondas

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Soneto de sentimentos

A vida é como as ondas
do mar que vão e vem
como as batidas do meu coração
com a solidão que derrama
da minha insurreição.

Meu coração é feito de cimento
Que vai voando com os meus sentimentos Que vai morrendo em meus pensamentos
Que vai voando com os meus batimentos.

Lua branca que cai do céu que vai navegando no mar de mel.
Morrer ou viver
não sei o que escolher
até a lua se escurecer.

Alma negra que derrama sangue do meu coração que vai morrendo na escuridão da minha ilusão.

⁠Em acordes de sol e sal
cantam as ondas no oceano
enquanto o meu coração
derrama lágrimas te chamando
A saudade dói no peito
diante da imensidão do mar
nele mergulho e sem jeito
quero ir ao fundo te buscar
mas sereia eu não sou
e volto ao meu devaneio
na praia onde a alma esperou
o amor que tanto anseio



Acordes de sal e sol - Metáfora criada pela autora e registrada

Mesmo se o mar se revoltar
E a tempestade me alcançar,
Mesmo que as ondas se levantem contra mim,
Em meu Mestre eu confio, eu sei que este não é o fim

Kailane Frauches

Nota: Trecho da música Vou confiar.

⁠Atravessando o mar da vida..

Seguimos firme e forte, atravessando de braçada as ondas da vida.
Se cansar pare e respire, mas não desista.
É mais fácil atravessar e seguir em frente do que voltar contra as ondas.
Pois por mas que difícil que seja as ondas elas te impulsiona a terra firme.

Queridas ondas.


Se não fosse às ondas que arrastam essas mágoas
Nem sei que seria de mim e de minhas paixões
Pois é o mar quem me renova somente em vê-lo
E me concede um sentimento diferente das ilusões.

Se não fosse aquele céu azul que vejo pela manhã
Minhas manhãs seriam mortas e entristecidas
Meus dias seriam séculos passados a limpo
E entre tantas histórias renasceriam feridas.

Se eu não estivesse tão cansado e triste
Eu até me entregaria ao mundo que me cerca
Mas não vou arriscar meu orgulho e caminho
Vou me cuidar, antes que eu também me perca.

Se não fosse aquele mar grandioso
Eu me sentiria tão pequeno, mas não menos importante,
Se não bastassem aquelas mágoas
O mar levou muitas outras coisas importantes.

Se eu tivesse ficado um pouco mais quieto
Talvez nem precisasse agora chorar
Mas Já que as ondas vão e voltam
Quem sabe um dia eu possa me encontrar.

Só sei nadar como uma menina
Me perdendo e me encontrando em ondas
Me afogando nos teus beijos
Despertando no azul infinito dos teus olhos
E sentindo o gosto do sal da lágrima da saudade de sentir.

⁠Todo santo dia, sou eu quem desperta
Nas ondas do tempo, numa busca incerta.
Puxo o assunto, respondo histórias,
Investindo em sonhos, costurando memórias.

Mas o que estou fazendo, pergunto ao vento,
Se o eco que volta é puro tormento.
Escrevo palavras, poemas gigantes,
E o retorno é um "curtir" distante.

Se a pessoa não quer o mesmo que eu,
O esforço é vão, é caminho sem céu.
Chamei-a para um beijo, duas, três vezes,
E o silêncio responde, quebrando as leis.

Ela pode estar ocupada, não poder sair,
Mas se quisesse, faria o convite fluir.
"Não posso hoje, mas vamos amanhã?"
A chama de quem realmente se empenha.

Forçar amizade, amor ou atenção,
É plantar em terreno seco, sem coração.
O que é verdadeiro, flui sem barreiras,
Em solos férteis, brotam as primeiras.

Todo santo dia, essa lição se repete,
Na maré do tempo, a verdade reflete.
Se é preciso forçar para fazer funcionar,
Então não é real, é melhor deixar passar.

Que o amor, a amizade, o reconhecimento,
Sejam naturais, fluam no vento.
Pois o que é de verdade, vem sem esforço,
E enche a alma, trazendo conforto.

As ondas vem, as ondas vão...
O céu é azul, com as nuvens de algodão.
E se amanhã chover, na chuva vou sapatear.
Porque tanto o sol, como a chuva, vão passar.

ÉS OCEANO EM MIM

Amo-te como quem ama o mar que amo
Deixo as ondas beijarem meus pés
Sinto no rosto a carícia da maresia...

Canto uma música,
recito um poema
Contemplo o céu azul de tudo
a enlaçar as águas profundas
numa conjunção perfeita no horizonte eterno.

Faço-me barco solto ao sabor do vento
Amo-te como amo o mar que amo
E volto para casa...
... Assim como não o posso te-lo junto à mim,
sem no entanto esquece-lo.

Tão paradoxal
Sem no entanto ser conflito.
Amo-te como amo o mar que amo.
És oceano em mim.

Amo você,
Amo só você,
Mas você não me responde,
Me iludi a todo instante,
Vai e vem igual ondas do mar,
Oh quão incompreensível é esse teu jeito de amar.

As ondas vem e vão,
Os surfistas sempre esperam.
Eu estou sempre aqui,
Mas você só vem quando precisa.

A evidência de cada tom
movimentando os sentidos,
sutilmente, transforma
em ondas aquosas aquilo
que mais hemostático
tens no corpo.

O abraço das ondas do mar
Acalentou aquele homem que deixou
De ser homem ao ver o frio do seu coração arder
Num momento de consternação
Pela impossibilidade de viver desamparado

Á DERIVA
Estou à deriva tal barco neste mar que é a vida
Navegando por entre as ondas
Neste mar turbulento que ela tem sido
Dias de acalmia
Dias de tempestade
Dias de sol
Dias de chuva
Noites escuras
Noites estreladas
Procurando ao longe o farol
O farol que me guie para um porto seguro
Já o vislumbrei
Mas voltei a perdê-lo
Neste momento de tempestade
Procuro simplesmente sobreviver
Tentando não naufragar
Mesmo à deriva preciso navegar
Com esperança
De um dia porto seguro vou encontrar

no silencio das ondas sonho com sua boka na minha e com seu corpo no meu ... Simplis saldades dos abraços Seus

::Tg

PERMITA-ME


Oh menina linda permita-me te amar...
Com a força das ondas do mar....
Com a luz da lua cheia que passa a noite inteira a nos iluminar...

Oh linda menina permita-me te amar.....
Com a esperança de uma nova vida.....
Como o remédio que cura a ferida....

Oh menina linda permita-me no teu ouvido sussurrar...
Como fiz outrora e vi seus olhos brilhar....
Senti teu corpo estremecer, com um grande desejo de amar....

Menina linda de andar provocante...
De olhar sedutor, carinhoso, elegante....
Permita-me te amar e tornar tua vida ainda mais interessante...

Menina meiga, inteligente, atraente....
Que chama a atenção de tanta gente....
Permita-se me amar e viver isto tudo intensamente....



Ah, o mar , velho mar
Pudesse eu admirá-lo sempre
Mar com ondas muitas vezes suave
Em outras trazendo medo
Apure os ouvidos e escute sua canção
ora leve
ora bravia
Mas sempre em preciosa sintonia
Mar que se joga até a praia
e leva dali sentimentos
ora bons
ora ruins
de quem por ali caminhou
Não deixa rastro
Não deixa pegadas
Quebra-se contra os rochedos
E faz estremecer de medo
Ah, a grandiosidade do mar
Nos diz muito sobre a Natureza
Basta para ele olhar
E em Deus acreditar

edite lima 60
novembro 2023
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⁠Momentos de inspiração.

Momentos de inspiração são como ondas no mar, vêm e vão,

Se não pegar essa onda, é só a próxima aguardar,

Não se pode saber como, mas, por certo, outra virá.

Sopra forte o vento, a água do mar se agita, o mundo gira,

Mas a inspiração não obedece a essa ira.

Lembro-me dos peixinhos no mar a nadarem, sem se preocuparem com o que acontece por lá,

Pois, o movimento de ir e vir, nunca de existir deixará,

Então, por que se preocupar?


A. Cardoso

⁠A mágoa

Os telhados sujos a sobrevoar
Arrastas no vôo a asa partida
Acima da igreja as ondas do sino
Te rejeitam ofegante na areia
O abraço não podes mais suportar
Amor estreita asa doente
Sais gritando pelos ares em horror
Sangue escoa pelos chaminés.
Foge foge para o espanto da solidão
Pousa na rocha
Estende o ser ferido que em teu corpo se aninhou,
Tua asa mais inocente foi atingida
Mas a Cidade te fascina.
Insiste lúgubre em brancura
Carregando o que se tornou mais precioso.
Voas sobre os tetos em ronda de urubu
Asa pesa pálida na noite descida
Em pálido pavor
Sobrevoas persistente a Cidade Fortificada escurecida
Capela ponte cemitério loja fechada
Parque morto floresta adormecida,
Folha de jornal voa em rua esquecida.
Que silêncio na torre quadrada.
Espreitas a fortaleza inalcançada.
Não desças
Não finjas que não dói mais
Inútil negar asa partida.
Arcanjo abatido, não tens onde pousar.
Foge, assombro, inda é tempo,
Desdobra em esforço a sua medida
Mergulha tua asa no ar.

Clarice Lispector
Diário de São Paulo, 5 jan. 1947. In: Moser, Benjamin. A Newly Discovered Poem By Clarice Lispector. Revista de Literatura Brasileira, n. 36, p. 37-46, ano 20, 2007.

Nota: Esse é um dos dois únicos poemas que foram publicados em vida por Clarice Lispector. Esse poema também tem uma versão em prosa publicado em “A descoberta do mundo” com o título A mágoa mortal. O outro poema publicado em vida pela autora é Descobri o meu país.

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⁠A vida continua…
Olhando o vai e vem das ondas e dependendo da posição que nos encontramos, percebemos onde elas se formam, ganham força, espalham. Numa breve analogia, a vida em sociedade se assemelha bastante ao movimento das ondas. Meses atrás tomamos ciência de homens assasinados beira mar. Houve comoção, revolta, indignação, espanto. Nesse caso, apesar das vidas ceifadas e toda repercussão e desdobramentos, restaurantes continuaram suas atividades, pessoas mantiveram seus corpos sarados ou não expostos ao sol para bronzear.
Recentemente, uma menina infelizmente faleceu ao cair de um prédio beira mar. Vídeos mostravam pessoas consternadas, bombeiros comprometidos com o salvamento, trânsito interrompido para pouso e decolagem do helicóptero que a levaria a um hospital. Mas logo após e até durante a mobilização a vida seguiu, tudo funcionou como antes.
Talvez, alguns episódios estejam te paralisando, colocando dúvidas, desânimo, gerando tristezas e frustrações, mas precisamos entender que somos parte no processo! Ele vai continuar ainda que eu e você olhemos abismados as circunstâncias ao redor! Porque o vai e vem das ondas, intensas ou leves vai continuar, alheio a sua, a nossa vontade. E sabe por que? Porque a vida continua!
(DHS)