Poemas sobre Árvores
Balançando
com o vento
sou o verbo
acarinhando
as folhas
das árvores
de Fuerte Tiuna,
Suíte orquestral
pedindo sem
parar a liberdade
do General
que não deveria
ter estado preso
desde o início,
E segue preso
sem o devido
processo legal.
Sei que estás
aborrecido,
me desculpe
desde já,
Não nasci
para agradar,
Pelo sofrimento
do General
e da tropa
não vou parar
de reclamar.
Um comandante
não deveria
ser moralmente
responsabilizado
por erro de um
subordinado,
O erro de cada
um deve ser
individualizado
E nem seguir
alimentando
prisões com
base em
acusações
sem concretas
demonstrações.
Está na hora
de dar um basta
nessa cultura
de maltrato entre
o pessoal militar
sem as devidas
e sãs averiguações;
Quem deseja
a paz deve
aprender o quanto
antes a se reconciliar
mesmo diante
da existência
de diferentes reflexões.
Flamingo esvoaçante
mergulhando na lagoa,
A ventania balançando
as árvores e os meus cabelos,
Embora existam alguns
contratempos ainda
creio que a vida é boa,
e você depois de tudo
conseguiu chegar
até aqui não foi à toa.
Ainda lembro bem
das estradas longas,
das paisagens lindas,
das árvores altas
iluminadas pelo Sol
que mais pareciam
com esmeraldas
em contraste
com casas caiadas
que contavam
com gentis hortinhas,
No rádio do carro
só tocavam boas
músicas caipiras,
Nunca imaginei
que recordar
iria se tornar
memória distante,
e que memórias
assim ninguém
se importaria mais;
Desses tempos têm
o quê se resgatar
a paz e tudo o quê
é de acolhimento
mesmo faça
muito tempo atrás.
Todo aquele que
tem o quê oferecer
planta árvores,
flores e a beleza
sempre espalha
nos campos
de altitude
e pelos lugares
por onde passa,...
Quando não escreve
pinta, cozinha,
conserta, esculpe
ou costura,
Busca a plenitude
da arte intensa
de viver sidéreo;
Vive carregando
em si o sentimento
poético do mundo
que vai além do que
uns dizem e você pensa;
e alcança a graça
do alto da Lua Cheia
que com a sua grinalda
luminosa a serra enfeita.
"Os ramos das árvores são cortados e as folhas caem, há esperança para o cheiro da água, haverá esperança de novos ramos e folhas, então também as pessoas podem retornar ao cheiro de água no rio da vida."
Wagne Calixto ✍️📖
Pequeno Pintor
Um caderno pintado de azul,
Com árvores murchas e frutos azedos,
Os quais não são segurados nem pelos dedos.
Um lugar que muitos dizem: "Não existiu."
Certo dia, uma moça entrou,
No cenário, tudo revirou,
E de bom nada encontrou.
Um olhar triste ao cenário,
Onde secos eram os rios,
Onde nada tinha fantasia,
Muito menos alegria.
Espantou-se quando viu o jovem pintor com a mão ao coração.
Pensou: "O que há de ter nesta situação?"
Chegou próxima a este e estendeu-lhe a mão, a que foi depositada seu coração.
Com grande empatia, ela lhe disse: "Grande Pintor, por que estás a chorar?"
Este respondeu-lhe: "Leve, pois não há nada em que posso acreditar."
A moça, entristecida, novamente perguntou: "Pequeno Pintor, quem foi que te magoou?"
"De onde essa notícia em ti chegou?"
"Chegou na hora que disseste que não amava."
"Pronto, agora vá falar para quem de mim zombava!"
"Não, Pequeno Pintor. Não quero te envergonhar, mas de teus olhos as lágrimas limpar."
Encostou no Pequeno Pintor
E tirou-lhe a dor.
Para este, o mundo parou;
Para ela, continuou.
O Pintor estava, agora, sem dignidade,
Tirado de perto da bondade.
Sentindo-se imundo,
Querendo partir deste mundo.
Viajo, me acalmo, me tranquilizo.
Dou valor às pequenas coisas, sinto tudo... O vento, as árvores, observo o sol, a lua, as estrelas e o céu.
Agradeço a Deus pela vida, pelas pessoas boas ao meu redor!
🚬 🍁 🔥 🍃
ÁRVORE DE AZEITE:
Naquele benefício...
um quintal com árvores de azeite
Que nasciam todos os dias
Àquela hora ao nascer o sol
E morriam como tal ao ocaso.
Sobre as rochas em greta
Eu colhia os frutos que comia.
E sobre seu cume que nutria o pinhal
Eu mirava o cordeiro
Que reluzia à boca da noite
Com o olho central que cuspia fogo
Iluminando o benefício.
As árvores morriam
E as aves em bulício calavam ao canto
Sob o cântico de ventura
Da matriarca
Que mistificava o brilhante
Reluzente de da luz.
NATUREZA EM FÚRIA
As frias folhas das arvores
Em noites de vendavais
Voam para outros ares
E ao tempo se perfaz.
Sob o rígido bico do pássaro
Erguem-se noutros patamares
E na busca de seu compasso
A natureza fria finda os mares
As flores furtam as cores
As águas não vertem mais
As aves em dissabores
Perdem ninhos e portais
E o núcleo da terra em fúria
“Mata” feito canibais.
Nicola Vital
caminhos quebrados;
acho até que perdi
o meu caminho,
eu conheço essas árvores,
esse caminho de vidro,
que se estilhaça
sob meus pés cansados
pensei que caminharia
para frente,
mas me encontro
andando em círculos.
não quero voltar,
repito ciclos
sonho alto,
fico no chão.
onde estão as asas
que me prometeram
quando eu era
criança?
procurei em sonhos
mas encontrei em correntes
nas sombras de quem sou.
onde foi minha liberdade?
se estou preso
em mim.
Só conhecemos o que podemos ver, certo? O que podemos sentir fisicamente. E tudo pode mudar de repente. Uma coisa acontece e muda todo o resto.
Parecia que havíamos perdido tudo. Mas achamos a coisa mais importante que nunca saberíamos procurar. Umas às outras.
Somos árvores cheias de estações, mas como somos andantes e nossos frutos são imprevisíveis, não podemos viver para sempre.
Que eu possa envelhecer como as árvores plantadas em solo fértil, as quais dão sempre frutos bons e cujas folhas caídas ao chão sirvam como lembranças das muitas lutas, mas principalmente das grandes vitórias.
As vezes se faz necessário falarmos aos ventos e deixarmos que eles compartilhem com as árvores, pois elas saberão, melhor do que ninguém, como espalhar suas sementes.