Poemas sobre Árvores

Cerca de 1365 poemas sobre Árvores

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Árvores suspiram.
Nuvens choram.
O vento passa, tocando o barco.
Que ele seja a âncora que mantém
meus pés no chão e eu serei as asas
que deixam seu coração nas nuvens.

Inserida por olhos_tristes

Às árvores

Vós que vos apagastes à sua passagem,
Que sobre ela fechastes os vossos caminhos,
Impassíveis avais de que até morta Douve
Há de ser luz, ainda não sendo nada.

Vós fibrosa matéria e densidade,
Árvores, junto a mim quando ela se lançou
Na embarcação dos mortos e boca fechada
Ao óbolo de fome, de frio e silêncio.

Ouço através de vós que diálogo ela tenta
Com esses cães, com esse informe bateleiro,
E eu pertenço a vós pelo seu caminhar
Por entre tanta noite e apesar deste rio.

O trovão tão profundo a vos rolar nos galhos,
As festas que ele inflama ao cume do verão
Sinalam que ela liga a sua fortuna à minha
Pela mediação da vossa austeridade.

Yves Bonnefoy
Obra poética. São Paulo: Editora Iluminuras, 1998.
Inserida por pensador

⁠'A vida é passageira, mas ainda restam os acasos. Que novas árvores cresçam pujante dentro do teu coração, suplicando a felicidade que precisas.'

--- Risomar Sírley da Silva ---

Inserida por risomarsilva

⁠na minha esquina tem árvores
onde fede o tarumã.
e que somado à minha culpa,
traz entorno, um terror admissível.

honre em vida pois em morte já morto,
morro montanha marido mirando marinho.
eu sou a razão do desconsolo desse povo.
que por mim circunda na saída para direita e lado,
em direção ao cemitério.
por mim foi destinada a morte...
seja por espada ou desejo.
foi difícil ver minha avó fraquejando
com tanta dor expressa,
que não se podia manter o queixo preso
chorando a dor que sua mãe sempre quis.

e devolta à minha pose malandra apoiada no corrimão...
eis meu tênis embarreado,
meu cabelo mal transado,
a horta não colhida,
e essa culpa de não sentir falta,
não sentir dor ou chorar.

Queria ter chorado no enterro do meu avô...
mas talvez os vinte e sete metros tenham atrapalhado.
ignorei, pois, depois de alguns dias eu choraria e entenderia

Inserida por karystonmazzini

⁠O vento nas árvores, os grilos, cigarras e mariposas, cantam um hipnótico hino.
A noite me diz: quem me fez chorar, não está sorrindo.
Do alvorecer à hora de dormir,
levo comigo,
as lembranças de um falso amigo.

Inserida por BetoBeto

⁠Extraímos os frutos das árvores
Expropriam as árvores dos frutos

Extraímos os animais da mata
Expropriam a mata dos animais

Extraímos os peixes dos rios
Expropriam os rios dos peixes

Extraímos a brisa do vento
Expropriam o vento da brisa

Extraímos o fogo do calor
Expropriam o calor do fogo

Extraímos a vida da terra
Expropriam a terra da vida

Politeístas!
Pluristas!
Circulares!

Monoteístas!
Monistas!
Lineares!

Antônio Bispo dos Santos (Nego Bispo)
Colonização, quilombos: modos e significados (2015).
Inserida por pensador

⁠a liberdade me fez liberta de mim
me fez livre de todos e de tudo
os tons diferentes das arvores me traz algo que nunca senti
felicidade imensa
a qual nunca imaginaria viver
me trancam na empresa por dinheiro
felicidade ja é mais dificil encontrar
a liberdade vem de dentro
essa ninguem pode me tirar

Inserida por Bmk

⁠Na frente daquela casa eu via,
As arvores que faziam sombra,
A velha cadeira de balanço que assobia.
Ali naquela velha choupana todos riam
Parece que toda a paz formava sua energia.
Dali irrompia alegria,
Formavam uma só harmonia.
Ali era um lar,
Ali era uma nostalgia.
Dali emergiria humanos,
Na sua acolhida embalava a vida.
Olho no olho,
Respeito e afeto,
Simples Acolhida.

Inserida por jose_netto_1

⁠Umedeçamos nossas raízes

Diferente das árvores, porque também somos lugares, nossas raízes acontecem
descoladas do chão, no movimento das nossas andanças em busca de um nutrir-se.
Raízes são o que nascem de nós no encontro com o Outro, de nossas experiências, e nos
trazem/levam alimentos. Uma fé de também não crê, e uma esperança que também pode ser vista. E são tantas ramificações, fertilizadas por lugares outros.
Possa ser que independente do lugar que estamos, nossas raízes já tenham alcançado o além-mar/horizonte.
Elas não precisam voltar, porque estão ligadas a nós. E mesmo à distância, podemos umedece-las.

Inserida por FlavioRibeiro

⁠A natureza

Na natureza tudo é belo e puro
Árvores e animais, um mundo seguro

Morros e rios a fluir
E no céu, o Sol a sorrir

A natureza é nosso lar
É um presente que devemos cuidar

A natureza encanta o coração
Olhe para ela com gratidão!

Inserida por liborboletando

⁠No paraíso todas as árvores podem ser tocadas
Todas as pessoas podem ser desejadas
Todas as ideias podem ser conversadas
Todas as coisas podem ser melhoradas

Inserida por esaaraujo

⁠Silêncio
Olho para as árvores
Suas folhas caindo
Sem nenhum barulho
Numa brisa invisível...
Mudam as estações
Outras nascem em seus lugares
É o vento que sopra suavemente
Como as nossas vidas
Que movimentadas ou não
Se esvaem em total silêncio

Inserida por wilerjaeder

⁠Ontem vi o vento dançando
Com as árvores
E, lembrei de você.
Lembrei do som da sua risada e de como
Gosto de dançar acompanhando-a.
Gosto particularmente
Daquele sorriso seu
Que é acanhado...
O que te faz sorrir com os olhos.
Sei decifrar todos os seus sorrisos...
Só os seus olhos que
Confundem minha mente.
Às vezes não sei o que eles querem dizer.
Na mesma proporção que acompanham
Minha boca, eles se afastam
Como se quisesse evitá-la por medo.
Eu danço como o vento nas árvores
Quando você molha a boca
Entre uma fala e outra
Com a língua entre os lábios.
Me faz querer te beijar sem fim.
O som do vento, as árvores,
O entardecer, tudo... tudo!
Absolutamente tudo, me lembra você.


O vento, 08 de setembro de 2023

Inserida por AMUNIZ

⁠As árvores.
O táxi.
As mulheres.
O destino.
A janela.
A vida vive.

Inserida por Regianevieira

⁠A primavera é o período em que a natureza desperta
do seu sono de inverno.
As árvores ganham novas folhas, as flores desabrocham
e os campos se enchem de cores vivas.
Essa renovação é um lembrete
da constante regeneração da vida.

⁠Gravei em vinte árvores, quarenta corações
O teu nome, o meu, flechas e palpitações
No mal-me-quer, bem-me-quer, matei jardins
Só para saber se, por um acaso, você estava afim.

Sempre que lhe vejo
Secretamente o desejo
Fico feliz quando você passa
Me acho até uma palhaça
Pois, um sorriso seu me deixa sem graça.

Com isso quero te dizer
Que gosto de você
E já não sei mais o que fazer
Para te esquecer
Por isso resolvi escrever.

Queria te contar quem sou
Porém, tenho medo de te deixar saber
Que sou sua admiradora
Que é uma parte de mim que está apaixonada por você.

Inserida por derllanya3

⁠Caminhando em meio as árvores,
Procuro por campo aberto,
Essa claustrofobia está me dominando.
Esgueirando-me por entre os espinhos
Rasgando minhas vestes, o tom de verde fica cada vez mais escuro.
A perda da noção do tempo corrói minhas lembranças,
Não sei mais o que foi ontem ou hoje.

Cada vez mais densa e estreita, sufocante.
Sinto toda pressão do mundo em meu peito,
que só não cede pela lei da ação-reação.
Algo em mim quer tanto sair quanto eu a quero esconder.
Nunca lidei bem com demonstrar fraqueza,
Uma espessa neblina turva minha visão,
Me impedido de ver o que está bem a minha vista,
Me vejo sempre temendo o próximo passo.

Sempre temendo estar perdido.

Inserida por pedro_felicio

⁠A poda de árvores em área nobre aqui de Ourinhos, está phoda, de coração cortar.
Está mutilando a flora e deixando pássaros feridos, perdidos...
sem ninho prá pousar.

Inserida por poeta1958

⁠- A minha paz -

Quero sentir-te paz,
Suave como a brisa por entre as árvores,
Doce como o perfume das flores,
Mas, ter-te em sua plenitude no mundo,
É um pensamento utópico desejável,
Um belo delírio irrealizável,
Tu sublime paz,
É a dádiva dos poetas amantes,
Porque somente quem ama possui a paz,
E no mundo falta amor; falta esperança; caridade; empatia,
Falta-lhe no mundo paz,
E nada mitiga tua ausência,
Porque sois bela, ó paz,
Como flores ao amanhecer primaveril,
E sois passiva,
Como o vento praiano no lusco fusco.
Rejubila-te amor,
Pois tu és a raiz da paz,
Resplandece-a porém,
Com mais êxito que a aurora,
E acalentas a euforia,
Com mais suavidade que a lua,
Ao emergir do ocaso solar,
Amo-te como o orvalho,
Que entre as pétalas e as folhas quer sempre estar,
Desejo-lhe, pois sou poeta,
E sei amar.

Inserida por ANACAROLINEALVES

⁠SINFONIA DO VENTO

Quando passa nas árvores
Parece uma melodia
As folhas gargalhando
No raiar do dia.

Passarinho voa apressado
Com medo do vento levar
Borboleta fecha as asas
Deixa o vento passar.

Coruja olha espantada
Abre o bico devagar
Se o vento já passou
Logo começa a gritar.

Desperta os filhotinhos
No frescor do fim da tarde
Saem para caçar em silêncio
Sem fazer nenhum alarde.

Autoria Irá Rodrigues.

Inserida por Irarodrigues