Poemas sobre Árvores
na minha esquina tem árvores
onde fede o tarumã.
e que somado à minha culpa,
traz entorno, um terror admissível.
honre em vida pois em morte já morto,
morro montanha marido mirando marinho.
eu sou a razão do desconsolo desse povo.
que por mim circunda na saída para direita e lado,
em direção ao cemitério.
por mim foi destinada a morte...
seja por espada ou desejo.
foi difícil ver minha avó fraquejando
com tanta dor expressa,
que não se podia manter o queixo preso
chorando a dor que sua mãe sempre quis.
e devolta à minha pose malandra apoiada no corrimão...
eis meu tênis embarreado,
meu cabelo mal transado,
a horta não colhida,
e essa culpa de não sentir falta,
não sentir dor ou chorar.
Queria ter chorado no enterro do meu avô...
mas talvez os vinte e sete metros tenham atrapalhado.
ignorei, pois, depois de alguns dias eu choraria e entenderia
Amo dias de chuvas,
por causa das árvores
alcanço repouso
na estrada de chão
.
o jardim está fora do tempo
como palavras de consolo,
uma ideia feliz
sob o olhar da janela
bom dia, flores,bom dia folhas,
bom dia campo
deixa-me passar,deixa-me, olhar
tua gota de ser
Queres saber de onde venho?
-
Pergunte ao vento, às árvores
O deserto as constelações,
o silêncio das madrugadas,
as palavras pequenas
o campo e os montes,
pergunte as estradas,
as estrelas, o céu
os instrumentos de corda,
o verso e a prosa,
venho de longe,
venho do chão,
peregrino.
.
Gravei em vinte árvores, quarenta corações
O teu nome, o meu, flechas e palpitações
No mal-me-quer, bem-me-quer, matei jardins
Só para saber se, por um acaso, você estava afim.
Sempre que lhe vejo
Secretamente o desejo
Fico feliz quando você passa
Me acho até uma palhaça
Pois, um sorriso seu me deixa sem graça.
Com isso quero te dizer
Que gosto de você
E já não sei mais o que fazer
Para te esquecer
Por isso resolvi escrever.
Queria te contar quem sou
Porém, tenho medo de te deixar saber
Que sou sua admiradora
Que é uma parte de mim que está apaixonada por você.
Caminhando em meio as árvores,
Procuro por campo aberto,
Essa claustrofobia está me dominando.
Esgueirando-me por entre os espinhos
Rasgando minhas vestes, o tom de verde fica cada vez mais escuro.
A perda da noção do tempo corrói minhas lembranças,
Não sei mais o que foi ontem ou hoje.
Cada vez mais densa e estreita, sufocante.
Sinto toda pressão do mundo em meu peito,
que só não cede pela lei da ação-reação.
Algo em mim quer tanto sair quanto eu a quero esconder.
Nunca lidei bem com demonstrar fraqueza,
Uma espessa neblina turva minha visão,
Me impedido de ver o que está bem a minha vista,
Me vejo sempre temendo o próximo passo.
Sempre temendo estar perdido.
- A minha paz -
Quero sentir-te paz,
Suave como a brisa por entre as árvores,
Doce como o perfume das flores,
Mas, ter-te em sua plenitude no mundo,
É um pensamento utópico desejável,
Um belo delírio irrealizável,
Tu sublime paz,
É a dádiva dos poetas amantes,
Porque somente quem ama possui a paz,
E no mundo falta amor; falta esperança; caridade; empatia,
Falta-lhe no mundo paz,
E nada mitiga tua ausência,
Porque sois bela, ó paz,
Como flores ao amanhecer primaveril,
E sois passiva,
Como o vento praiano no lusco fusco.
Rejubila-te amor,
Pois tu és a raiz da paz,
Resplandece-a porém,
Com mais êxito que a aurora,
E acalentas a euforia,
Com mais suavidade que a lua,
Ao emergir do ocaso solar,
Amo-te como o orvalho,
Que entre as pétalas e as folhas quer sempre estar,
Desejo-lhe, pois sou poeta,
E sei amar.
O vento nas árvores, os grilos, cigarras e mariposas, cantam um hipnótico hino.
A noite me diz: quem me fez chorar, não está sorrindo.
Do alvorecer à hora de dormir,
levo comigo,
as lembranças de um falso amigo.
Extraímos os frutos das árvores
Expropriam as árvores dos frutos
Extraímos os animais da mata
Expropriam a mata dos animais
Extraímos os peixes dos rios
Expropriam os rios dos peixes
Extraímos a brisa do vento
Expropriam o vento da brisa
Extraímos o fogo do calor
Expropriam o calor do fogo
Extraímos a vida da terra
Expropriam a terra da vida
Politeístas!
Pluristas!
Circulares!
Monoteístas!
Monistas!
Lineares!
E ASSIM ELE CHEGOU
Galopando nas asas do tempo
Com toda sua tranquilidade
Despindo as árvores
Trazendo a sua serenidade.
Outono é assim
Numa mistura de cores
Amarelece as folhas
Enquanto dormem as flores.
E na mudança das estações
Vem essa doce maresia
Com nuances de poesia.
O sagrado solo da esperança
Na admirável floração
Começo de nova estação.
Autoria Irá Rodrigues.
"Não se preocupe: os maiores
rebolos e pedras são para as
árvores que dão os melhores
frutos e sombras."
Livro: Aceite ou Mude...
É no OUTONO que as folhas caem.
E muitas vezes reclamamos da sujeira que fica debaixo das árvores sem perceber queeste processo é vital para que novas flores e folhas venham a nascer.
Assim a vida ensina que cair também é importante paralevantar e VENCER!
Na floresta silenciosa e escura
Onde as árvores se erguem majestosas
Há um mistério que me fascina e cura
E me faz sentir coisas maravilhosas
Eu gosto de ouvir o canto dos pássaros
E de ver as flores de mil cores
Eu sinto uma paz que não tem embaraços
E um amor que não conhece dores
Mas às vezes eu também tenho medo
De encontrar algum perigo ou segredo
Que possa ameaçar a minha vida
Por isso eu rezo a Deus que me proteja
E que me dê a graça de ser seu
Na floresta que Ele mesmo fez e elegeu
Às árvores
Vós que vos apagastes à sua passagem,
Que sobre ela fechastes os vossos caminhos,
Impassíveis avais de que até morta Douve
Há de ser luz, ainda não sendo nada.
Vós fibrosa matéria e densidade,
Árvores, junto a mim quando ela se lançou
Na embarcação dos mortos e boca fechada
Ao óbolo de fome, de frio e silêncio.
Ouço através de vós que diálogo ela tenta
Com esses cães, com esse informe bateleiro,
E eu pertenço a vós pelo seu caminhar
Por entre tanta noite e apesar deste rio.
O trovão tão profundo a vos rolar nos galhos,
As festas que ele inflama ao cume do verão
Sinalam que ela liga a sua fortuna à minha
Pela mediação da vossa austeridade.
ACRÓSTICO PARA ANA
A s flores orvalhadas pela manhã
N as árvores pássaros cantores
A natureza pulsa em amores...
P onte salta sobre rio
Á guas em silêncio passam
U ma brisa sopra suave
L indo gorjear solta cada ave
A s flores tremem de frio...
P elas corredeiras canção das águas
U m cantar doce e rimado
J á o céu dá um fundo azulado
O s voos das andorinhas que chilreiam
L inda canção, no céu, permeiam...
Sednan Moura
Brisa
A brisa leve as árvores balançava,
algumas folhas o vento lançava
e outras simplesmente derrubava.
Sentada, o tempo observava
Aquele frio avisava,
O Inverno e sua próxima chegada.
O viajante,
é um cultivador
na linguagem das árvores,
tem vocação para sementes,
e, lança ao campo fértil
a boa palavra
Veja os frutos de outono,folhas do verão e a brisa da chuva.
Veja os galhos das árvores,os rios das nascentes e o por do sol.
Aprendi que por trás todas essas coisas existe um Deus apaixonado,e acredita em ti.Amor infinito que compõe todas as maravilhas da natureza sempre para você.
O poeta e o amor
O poeta quando ama
Faz versos em árvores
faz versos-pétalas
Faz versos-flor
Poemas frágeis
O poeta quando ama
Faz versos com asas
Faz versos-pássaros
Faz versos-nuvens
Poemas leves
O poeta quando ama
Faz versos improváveis
Faz versos-noites
Faz versos-dias
Poemas suaves
O poeta quando ama
É todo ele desamparo
Faz amor com versos
Faz amor com frases
Poemas raros
PAT ANDRADE
Desta janela, eu vejo
a imagem de um céu em névoa,
chuva molhando a terra,
árvores em roupagem de flores
já é novembro,
e ainda estamos aqui,
pegadas deixadas no tempo
o vento é apenas silêncio
uma página de meditação
chegou o frio!
vi o fio acendendo as luzes
fez-se, tarde do segundo dia
é magia, brilhante,
Oh! viajante iluminado;
em versos simples,
em solo sagrado
pastos verdejantes,
mensagem de paz