Poemas sobre Árvores

Cerca de 1361 poemas sobre Árvores

Acho



Achismos em bem dizer milagres
E em mãos, como em vento as árvores.
Som de voz.
Tom de nós. Cada um.
Pontes de outro fim.
Palavras, passos e
Pontes. Quando chega o primeiro ou o último dia.

Inserida por landeira

As árvores são as guardiãs de cada cidade

De cada País

De cada floresta.


Cidade, que tem a urgência da sua essência

País, que implora incessantemente sua permanência

Floresta, que fica em vigília velando de pé por sua cidadela.


Se tiver que ter chama, que tenha nos corações dos desumanos

A chama do amor, com labaredas de sentimentos bons sem pudor

Se tiver que ter luz, que tenha nos emaranhados da mata

A luz divina, a luz do sol

Que venha também a chuva como um milagre

Milagre que alimenta o solo

Tornando-o fértil, imortal.


Elas guardam segredos...

Nos protegem do sol forte...

Ornamentam as ruas de colibris da ilusão...

Enfeitam os corações dos apaixonados...

Trazem boas lembranças de outrora.


Nos fazem sentir e ter a certeza de como é absoluta a natureza

Natureza que reflete na vida dos que anseiam viver

Viver cultivando as raízes do que é louvável

Viver exalando e perpetuando o calor do amor

Amor que há de se alastrar por toda terra

Civilizando e proclamando o fim da guerra

Guerra contra a natureza e sua grandeza.

Inserida por camilasenna

Balas-delícia

A tarde era contente.
Árvores projetavam sombras.
O sol não alcançava a gente,
que andava distraída entre as cores.

As diversas flores encantavam os olhos,
seduziam com seu aroma e despertavam o paladar,
que só era saciado pelas balas de uma firme senhora
também agraciada pela tarde de delícias.

Inserida por belotte

Tarde de domingo

O céu está chorando
e o vento fala de amor.
Observo a dança das árvores!
A tarde solta minha mão e se vai...
A noite se apresenta...
e com ela a solidão.

Inserida por fernandoaraujo

Ventos Humanos

Vento frio
Que bates em meu rosto
Balançando as copas das árvores
Fazendo tudo a seu gosto
Fazendo sua destruição

Ó como pecas doloroso
As árvores, tu derrubaste
Pessoas, tu mataste

Vento frio da ignorância
Parece como nós
Meros mortais
Que a pequenas coisas não damos importância

Vento tu és um de nós
Destruidores da felicidade
Seres em desigualdade
Sem respeito ou educação
Sem afeto,
Sem coração.

Inserida por ladyamoraxy

É um bosque de longas árvores, galhos falhados, de diferentes tamanhos, mas todos finos, e por isso aparentemente frágeis. A cena da perdição, entre a névoa cinza que se dissipa ao alcançar as folhas pelo chão, as vezes são levadas pelo vento e voam em desalinho, mas é a mesma, ainda que sujeitas a metamorfose do tempo.

Tão incerto qual o rumo pra onde vá, ou certo das marcas que herdará a cada etapa, submetidos às circunstâncias nunca previstas, independem de nossa vontade.

Ao final, restam as mesmas folhas, as vezes irreconhecíveis de quando estavam no topo e firmes persistiam da agitação. São pedaços deixados pelas quedas, já não cabem onde eram, quando machucadas adquirem outras formas e ainda que coladas não seria nem de longe próximo ao que já foi.

E a certeza é de que o processo se repete, e repete... Prolixos são todos os detalhes, serão ainda nos mistérios, decifrados ou não. Mas que analogia melhor seria? Somos folhas, com a diferença de que quase sempre os ventos que nos levam são nossas escolhas... Por isso é imensamente angustiante errar, e estaremos sempre despreparados para o depois.

Inserida por itarcio

O amor que um dia era recíproco parecia ter sumido por entre as árvores daquele lugar. Os sorrisos já tinham se acabado. E ela nem sabia ao certo o que aconteceria. Ela voava, saía do chão e suas pernas já não alcançavam mais a velocidade do seu corpo. Os sentimentos estavam estagnados, pelo menos parecia que estavam. Ela ama. Mas agora isso já não passava mais de um futuro do pretérito indicativo: Amou.

      Olhou para os lados e se sentiu bem. Não completamente, mas estava bem ao ponto de continuar vivendo. A sua vez no amor parecia que nem tinha começado. Ou tivesse começado, mas já havia se partido. O Adeus dói. Mas não mais do que a ilusão de ter acreditado que o pra sempre dessa vez não acabaria.

      A sua voz ecoou junto com vento que chorava por paz. Nada mais que isso. O céu chorava, ela não conseguia nem acordar pra vida. Continuava ali, partida, mas intacta a qualquer marca das lágrimas que tentavam a dominar. Nem tudo estava bem, mas ela fingia. Dizia que estava bem pra não precisar contar toda a história da sua dor. Fingia para não chorar.

      Talvez ela devesse seguir, devesse acordar. Talvez ela devesse até dar mais uma chance para o amor. Mas não, ela não queria. Estava iludida. E continuava iludida com a sua dor.

      Talvez a ilusão não fosse tão forte. Talvez poderia até ter se enganado. Mas as coisas já não tinham mais sentido.

Inserida por leticianogara

Ave ufana de Pátrias

Araponga sem-vergonha,
fica nas restantes árvores escondida
gritando aos setes ventos
uma rima forte e partida.

Araponga brincalhona
na janela do ferreiro.
Cata verme e compete,
canta por doçura e brinquedo.

Se o martelo bate no ferro
sua mãe é esverdeada
o pai branco como geada
tu só poderia ter nascido,
no litoral das terras salgadas.

Se agora eu apanho
na Mata Atlântica,
ou no interior do continente
o fruto no chão,
todo sangrado e ferido,
entendo um bocado,
a falta de comida
e sua perseguição.

Araponga voe livre
para longe inclusive
de toda à prisão.
Sua liberdade imponha,
é seu direito em ser viva
e tocar às pessoas
com seu murmurejar marcante.
Araponga inesquecível,
sem-vergonha.

Inserida por LexMor

Os pássaros içaram vôo
O vento vinha suave - quase não o percebo
Até que tocou as árvores, as grandes e magníficas árvores
Algumas folhas caíram - algumas dezenas delas
Mas, tantas outras milhares ficaram
Então vi - tive a mais linda revelação
A vida também é breve

Inserida por K.Novartes

Manhã fria com penetrantes raios solares sobre frestas que a folhagem das árvores não conseguem esconder.

Significado oculto sob a manhã de um novo tempo, tempo sem julgamento dos amores inexplicáveis, tempo de verdades despidas em lindos rostos, tempo de viver manhãs como as de hoje e poder simplesmente ser feliz.

Inserida por Twots

Com quantos paus se faz uma canoa?

Árvores troncudas de verdes galhos
Na esperança de um florescer
Doar teus frutos em forma de sementes
Gerando-se vidas mesmo ao envelhecer
Sombras para inocentes pequenas especies
Donde outras também virão nascer
E quando menos se espera
Ouvi-se barulhos de machados e serras
Aquela velha árvore de belo sombreado
Num só toque do machado agora já era
No barulho da violência das serras e machados
Fica apenas o silêncio de um triste tronco vazio
Donde outras espécies em volta foram arrancadas
Fazendo-se canoa num sobe e desce dos rios
Mas aquela que um dia foi uma grande e bela árvore
Levou consigo a esperança de vida de outras espécies
Pois aquela árvore se encontrava rodeada de espécies em extinção
Então...Com quantos paus se faz uma canoa,
Se ao arrancar uma árvore, fazemos uma devastação.

Inserida por ClebioCarvalho

Natureza Exótica

A natureza é exótica
As árvores apresentam flores
De pigmentações aleatórias
Azuis, brancas, vermelhas, amarelas

Os coqueiros são altos
Mais altos que os postes elétricos
Diferente dos lírios
Pequenos, frágeis, tão significantes

As gramíneas são verdes
Mais verdes que a grama
Somente o verde da esperança

Na natureza tudo de transforma
Uma espécie de madeira reflorestada
Se tornou a cadeira
Onde estou sentado agora...

Inserida por michelpierry

A árvore da serra
— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros, no junquilho.
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma!

— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
Não mate a árvore, pai, para que eu viva!

E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!

Inserida por jalves

O dia era cinzento
Por trás das árvores passava o vento
Pela rua ela caminhava
Em um leve movimento
Enquanto o mundo parava no tempo

Inserida por marcuspatrick

Da janela o ônibus vejo as pessoas
vejo-as como árvores
Enraizadas
em suas cidades
seus empregos
famílias

Inserida por crislambrecht

Sonho Paradisíaco

Em meio as árvores
Sobre um riacho
Longe dos cadáveres
Vida aqui é um cacho

O grito dos macacos
O canto do sabiá
Sem usar sapatos
Pronto para nadar

Talvez seu vizinho
Seja um passarinho
Cantando calmaria
No Sol do dia

Sozinha ela teria virtude
Amor é sentimento e atitude
Nossa linda filha ruiva
A galope no lobo que uiva

Talvez seja ideal
Buscar o que preciso
Se isso se tornar real
Seria, talvez, o paraiso

Inserida por Torsh

Eu aqui...
O tempo passa,
sementes germinam,
árvores crescem e dão frutos.
E eu aqui...

Inserida por Danillaluane

''Não é a estatura que exibe a grandeza de um homem,
Apesar de serem as grandes árvores as que dão mais sombra,
Pois das pequenas vêm o alimento que o homem consome
E são muitos os mortos quando uma sequóia tomba''.

Inserida por opoetizador

Floresta 'eu'

Caminho em meio a uma floresta nomeada "eu". Vago por entre as árvores, busco um caminho menos tortuoso. Encontro (ou não) repouso...

O sol brilha forte e seca apenas as plantas insentas da humidade de um rio que passa por ali, ora com águas claras ora com águas escuras, dependendo da estação.

A tempestade chega e modifica a textura do solo, das pedras e das plantas. Raios atingem árvores, danificando-as temporariamente ou para sempre. Meus passos tornam-se mais rápidos e minha respiração ofegante, pois os abrigos seguros tornam-se escassos. A tempestade cessa e vem a calmaria.

O sol se põe, uma brisa leve movimenta lentamente algumas folhas. Ouço um relâmpago em um local muito distante. O medo desaparece junto com a preocupação.

Os perigos são inevitáveis quando surge a noite. Não há lua nem estrelas para clarear o céu. As malditas feras trazem consigo a insegurança. A morte poderia vir a qualquer momento.

A noite termina e a claridade consome com a minha amargura o dia é torna-se normal e rotineiro.

De repente, árvores surgem e outras desaparecem a minha frente, interajo com criaturas metafísicas e o sol muda de cor (cor desconhecida). Tudo muda de textura: solo, pedras e plantas (texturas desconhecidas). O rio inverte seu curso.

E por momento o tempo para e não consigo diferenciar o dia da noite, a manhã da tarde e a tempestade da calmaria. Passado, presente e futuro se encontram. Cores e texturas desaparecem por completo e o rio congela.

Depois de tudo isso, vejo algo inacreditável e espetacular: tudo volta ao normal, isto é, volto a caminhar em meio a floresta como se nada tivesse acontecido. Na verdade, nada aconteceu ou tudo deixou de acontecer. Chego ao final!

Inserida por luisprandel

Fruto do prazer

Árvores de alma e carne
Galhos de braços sensíveis
Flores de olhos me acalme
Bons frutos se fazem impossíveis
Núcleo dos meus desejos
Centro de minha atenções
Entranhas que me perco de beijos
Doces e desejosas tentações
Frutos vestidos em prazer
Colhidos em vários sentidos
Doce fruto que existe em você
Pecados entre pernas, escondidos
Tarde ou cedo, eu irei cometer.

Inserida por ClebioCarvalho