Poemas sobre Árvores
A garoa caia,
Na varanda,
Outra vez.
Ela caiu!
No chão e nas árvores
Tão simples
Garoa fina, de Paris!
Tudo outra vez...
'SOLO'
Levanto o olhar e não avisto as frondosas árvores de outrora.
Apenas máquinas e homens subalternos.
Traçando suas trilhas sob o solo que os sustentam.
Dementes por destruição.
Com suas minas e pás causando tragédia,
catástrofes do homem ambição...
Sopeado por milhares de pessoas,
o cheiro da terra é infértil.
Estampando ser capazes de escolhas,
mas na verdade são apenas traços,
criados por uma cultura inventada e uma Terra transformada,
latente...
Um homem distorcido tenta se formar na tentativa que o equilíbrio retorne,
generoso como antes,
pré-histórico.
Porém,
no asfalto,
esboços brotam calor,
igual a um pedaço do inferno,
que fecunda a cada geração.
O solo já não é o mesmo,
respiramos evolução,
e o bordão são ciclos modificados,
mal arados,
sem deuses para proteção...
Assim como DEUS muda as folhagens das árvores
No outono permita-se que ele molde tua vida, teu coração
E a tu'alma!
Permita-se renovar, florescer e renascer num vaso novo
Dentro dessa carcaça em que habita!
Faça-se uma nova criatura diante dos olhos daquele
Que deu sua vida na cruz somente por ti amar assim
Tão profundamente, saia dessa caverna,
Veja a luz do novo amanhecer, abra as janelas, respira,
Transpira, e reage!
Porque DEUS é a tua única salvação, somente ele
Te quer ver bem e sorrindo, e somente ele te socorro
Quando todos te dão as costas, te humilham,
Riem de ti e te fazem chorar....
Creia!
Faça chover sobre ti um manancial de poder!!!!
Desembocar esse vaso, entra no manto, enquanto ainda
Existe um amanhecer e um anoitecer para ti, pois ele
Está voltando, e a igreja o noivo encontrará!
Vamos....
Deus, é o caminho, a vida e a verdade diante desse
Mundo opressor, enganador, e cheio de mesas fartas ilusórias,
Não vale a pena!
Não perca su'alma, seu coração e seus dias
Buscando a enganação, sejas virtuoso, valente e guerreiro
Na tribo do anjo de israel.
Pois tu és escolhido para vencer!....
Jamais, se esqueça disso!!!!
BATEU A SAUDADE
Da vida na fazenda daquele tempo criança
Subia em árvores livre como pássaro
Tirava frutas chupava ali mesmo
Assanhava os passarinhos
Espantando dos seus ninhos...
Brincava de esconde, esconde.
Colecionava formigas andando nos troncos
Pareciam fileirinhas de carros
Com pressa de chegar a algum lugar
Ou com medo que pudesse lhes pegar...
Bateu a saudade das travessuras
Quando pulava a cerquinha brincava na rua
Sentava na praça tomava sorvete
Lambuzava-se comia pipoca
Voltava pra casa fingia ser inocente...
Ralhavam-me, nem ligava,
Dormia tranquila parecia carente
E logo que o sol raiva tudo voltava
A gente esticava as horas
Assim o dia não acabava apressado...
Frase do dia 09/11/2016
Geralmente árvores que aparentam ter as raízes mais fortes, são as que estão mais comprometidas.
LAÇO ESTENDIDO
Parada sem canto
no verde das arvores
chilreia e desencanto
que no peito invade.
É voar sem traço
embaraço com asa
planar de abraço
o amar de uma casa.
É um pássaro no galho
família sobre a mesa
é amor sem entravo
alegria e beleza.
Um canto com encanto
sentimentos reunidos
é lagrimas sem pranto
em laço estendido.
Antonio Montes
-Cartas poéticas
Lá fora, está o vento, e as árvores com seus ásperos galhos...
Aqui dentro, está um sentimento também seco, pois quase não falo,
retrato a gente num pensamento sombrio,
penso nós dois juntos naqueles tempos frio
nas noites calada,
com mãos faladas,
mas você, foi um mel bem azedo,
pois nunca adoçou o meu sossego.
Da persistência se cria raízes.
Das raízes estas suportarão grandes arvores.
Estas arvores se bem cuidadas irão nos dar muitos frutos.
Estes frutos de sabedoria.
Meus passos vão em direção do mim mesmo enquanto percorro por esses campos cheios de árvores.
Sozinho e em estado reflexivo,sigo, pensando:
"Por onde passei,talvez,nunca mais tornar-me-ei a passar.
Onde estive,ficou,agora só na lembrança;o passado ficou somente na lembrança.
Meus amigos seguiram seus destinos.A vida separa pessoas.Ondas dispersas na atmosfera não retornam para suas origens...
O que fui,não sou mais;e o que sou não serei...
A vida é um teatro que não permite ensaios, para uns as cortinas se fecham mais cedo e para outros, mais tarde.Mas para todos fechar-se-ão."
As flautas tocam em minha memória.Os pássaros cantarolam uma melodia repetitiva, enquanto os últimos raios de sol se despendem.
Passei,fui e voltei,e agora eu me encontrava no mim mesmo, novamente.
Era o fim de mãos dadas com o começo em pleno meio...
Cizerá
As árvores são a razão pela existência humana, tais foram também a razão pela vida. O símbolo da humanidade está em pro desse bem natural comunitário pertencente a tudo e todos que o habitam.
Nos bosques os animais vagam pela existência em busca unicamente da sobrevivência, já as árvores não. Sempre imobilizadas e silenciosas, ao conforto do vento que colide com suas folhas e as convidam para uma dança elegante. Mas as árvores estão em busca de quê? Em busca de gás carbônico? A única ambição desse ser vivo seria também fadada à sobrevivência?
As guardiãs do exército neblinoso, as mães incubadores de seus filhos e filhas, vingadoras de suas transgressões e promovedoras de suas conquistas. O mundo sofre constante ameaça do subconsciente vassalo parasita, e suas mães vão ao combate, concebendo sabedoria através de seus sonhos. Em sua cólera triunfante, as árvores repelem suas máscaras e revelam seus esqueletos, suas armas mais poderosas capazes de por sua vítima rente ao chão de joelhos.
O cinza trazido pela neblina, o cinza em seus olhos, em sua pele e em sua mente é a existência pura clamando pelos sentimentos. Cizerá: a junção das árvores, do universo planando em conflito pela raça humana, aos devaneios do ser humano em busca da fuga real, do rompimento da mimese, o mais profundo que se deve alcançar no neutrismo humano, os corvos planando são parte de si, a poesia revela o que acontece no outro lado do leito materno, enquanto uma vida perde seu valor, você recebe o tilintar das lâminas cinza que proliferam o esquecimento.
Acalme o seu coração porque este sentimento
Não é só para agora
Ele vai crescer como as árvores
E o seu fruto produzirá sementes
Que vai renascer
E durar por toda a eternidade.
A terra seca
O vento que não sopra
os pássaros que não cantam
o sol que estremece as árvores;
Secas.
Maria na janela.
o sol queimando o vento
o vento que não sopra
o sol queimando Maria na janela
o bem-te-vi que não canta
Soalheira e silencio
Ar morto e viscoso
o céu sem nuvens
janela sem Maria
Um fim de janeiro, nos confins do sertão.
[...]...Corri em lindos dias por entre as arvores da minha vida...
Ouvia o marulhar do mar, até quando dormia...
deixei na areia as minhas pegadas... Sempre...
Nesses dias o meu júbilo era incontido...
À noite pra mim eram estrelas e a lua minhas
Meu olhar não anoitecia... Brilhava... De um esplendor
Que parecia o amanhecer dos meus versos...[...]
Felicidade falsa
Logo que você voltou, tudo na minha vida mudou.
As árvores eram mais verdes, o céu mais azul e o sol mais amarelo,
e todos os meus dias se tornaram mais belos.
Quando você se foi novamente tudo parece ter perdido a beleza e a cor,
como no outono sempre acontece com a flor.
Fiquei perdido, confuso e atordoado, mas além de tudo isso oque mais fiquei foi magoado.
Magoado por tudo oque me disse e tudo o que mostrou, sendo que no fim a minha felicidade você levou.
MURMÚRIO
Murmúrio das árvores, osciladas pelo vento
dos amores feitos a sua sombra;
murmúrio do mar, indo até a praia
pelo ressoar das ondas.
Murmúrio das noites enluaradas
pelas canções de amor por elas ouvida,
murmúrio do sol, enamorado pela Lua
tornando cada vez mais forte o seu rubor
murmúrio de todos delirando na vida;
murmúrio de todos delirando de amor.
Meu murmúrio é só por você
que só me deixa padecer,
como é triste amar alguém
sem este alguém saber.
A alameda
Árvores ao longo plantadas,
rua larga casas antigas,luzes acesas.
Pelas calçadas à noite, tornam-na mais linda,
elegante,iluminada .
Passeios largos limpos, flores nos muros.
Silêncio, vazio da noite apenas o silvo do guarda
noturno, ao longe se ouve.
Passo bem devagar,saboreio o que vejo,parece-me
em outro lugar estar.
Gosto de pelas noites ali passear, vejo em cada janela
teu rosto.
Pelos portões entre as grades costume era, de nos vermos.
A rosa da casa ao lado mais linda era,tu a punhas nos cabelos
e um beijo com as mãos mandavas, eu o guardava em meu peito.
A tudo isso revejo, quando por esta larga rua passo, em cada luz
teu olhar está.
De braços dados, pelo passeio andamos,e é rara a noite,
que pelas grades de todos os portões, te vejo.
(Roldão Aires)
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
u vi animais em nuvens João. Vi árvores bonitas pela estrada e algumas mortes. Ouvi boas músicas, outras nem tanto. Fui a igreja algumas dezenas de vezes, vi lá, irmãos falando mal de irmãos. Deixei a crença por um tempo.
Vi alguns jogos de azar darem certo e alguns terem sorte no amor.
Te falei que visitei o Diabo? Ele estava tomando um capeta - que coisa não? - e ouvindo algum tipo de banda, dessas que tocam no inferno. Era muito boa. Rock, porque o rock é do diabo. Nos abraçamos, fumamos alguns cigarros e ate pegamos um bronze.
Lembrei de uma vez que fui ver Jesus, a música era suave, a bebida vinho. Senti frio e algo estava bem.
João, hoje pensando nisso me vi aqui, em meio a pessoas que mentem, magoam e fingem. Pessoas que são projetos de má qualidade e que não deram certo. De mentira. Vivo numa cidade que na mesa ao lado do bar, está meu ex que eu mal consigo olhar na cara, do outro alguém que já chamei de irmão e atendendo um cara que já foi meu pai.
Pensei em Deus, mas diante do que vejo todos os dias quando saio de casa, falta mesmo senti do diabo e de sua hospitalidade calorosa!
Estrada
Há horas, na mesma estrada estou.
Altas árvores, ao longo do caminho.
Ali vou eu, caminhando, cabeça ao vento,
nas nuvens está meu pensamento.
Vagar, sem ter uma direção, é uma coisa diferente,
e sem se pensar em nada, feliz fica o coração.
Nenhuma viela corta esse caminho, parece feito,
para quem busca alguma coisa para justificar,
o fato de viver sozinho.
Estradas assim, enfrenta o querer, o amor incerto,
que as vezes temos.
Não encontram eles uma variante, para entender melhor
o tamanho da sua imensa solidão.
Amor, que todos nós buscamos, numa estrada feita pelo coração.
Quantos, por isso já passaram, e ainda passarão,
alguns até na estrada ainda estão.
Não acham uma saída, uma resposta, uma variante
que lhes traga certeza ao coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Vida
Vem por sobre as árvores
Paira por sobre casas tristes
Ainda de portas fechadas
É o único sinal de vida ali.
Luzes, diversos tons, reflexos
Um cintilante, diversas cores
A parte em cinza, parece paz
E as casas, ainda dormem.
Ouve - se, regozijo de pássaros
Diversos, variados belos sons
Contemplam a face de Deus
Pois ele certamente está ali.
Flores exibem - se lindamente
Cores e formatos diferentes
Exalam embriagantes cheiros
Mas as casas, ainda dormem.
Raios de sol, pássaros e flores
Iniciaram mais um ciclo de vida
Anunciando a ti, um novo dia
Deus trabalhando, enquanto você dormia....