Poemas sobre Árvores
PEDRAS E FRUTOS
Não se atiram pedras em árvores sem fruto; toda tentativa de apedrejamento visa sempre derrubar os frutos. Inocente ignorância dos apedrejadores, porque, mesmo conseguindo o feito, se esquecem de que os frutos caídos no chão experimentarão o tempo e a decomposição e voltarão a frutificar, de uma ou de outra maneira, pois cada semente dá origem à essência interior que carrega. Já as pedras caídas no chão permanecerão pedras, e as mãos que as atiraram terminarão vazias, tão vazias quanto o coração e a alma das pessoas que lhes ativaram o movimento.
Não permita que a inveja atrapalhe sua vida! Ela só te fará mal se você permitir. Como dizia Mário Quintana: “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho. Eles passarão. Eu passarinho.”
Paz e Alegria.
“ Os dias felizes estão
entre as árvores, como os
pássaros: Viajam nas
nuvens, correm nas águas,
desmancham-se na areia.
Todas as palavras são
inúteis, desde que se olha
para o céu. A doçura
maior da vida flui na luz
do sol.”
O mais bonito da vida,
É observar a dança das árvores,
Embaladas pela suave canção,
Que o vento traz de mundos distantes.
DO OUTONO À PRIMAVERA
Os ventos sopram e lá se vão as folhagens...!
folhas caducas, em árvores jovens...!
tão distante de ti, pois esse tempo é miragem...!
teu corpo em flor de outono, tua alma em frutos de primavera...!
Folclore
Serpente noturna correndo como rio por entre as árvores da floresta
Despertando medo nas criaturas da noite
Tinha olhos de lua, invocando as estrelas baixas.
"Vejo as arvores dançarem ao som de bons amigos tocando na varanda,
Vejo as arvores dançarem de felicidade ao sentir a chuva chegar,
Vejo um ano acabar e outro começar ao som de bons amigos a cantar,
Vejo a felicidade e otimismo em cada olhar neste lugar"
O futuro depende do presente e do passado,
como as árvores dependem da água do céu
e dos nutrientes da terra.
Deixa falar essa gente
composta de homens brutos...
-Jogam-se pedras,somente
nas árvores que dão frutos.
Como são belos estes dias vagarosos
Onde a luz do sol dança com a sombra das árvores.
É nesses momentos lânguidos que colho imagens para meus futuros sonhos.
Meu querer
Eu quero o repousar tranquilo da sombra das árvores. O som transmitido pelo vento, batendo levemente nos galhos altos. Quero o gosto do orvalho daquelas manhãs distantes. Quero abraçar a lembrança da estrada empoeirada, o sol que nasce por traz da montanha e chega a tocar meu rosto.
Meu querer não está tão distante, está no campo onde aprendi a amar e respeitar a natureza. A dividir a alegria com os pássaros, a cantar junto deles e ouvir seu canto. Observar o correr das águas límpidas dos rios. O toque da brisa nos meus cabelos. O perfume das flores colhidas na primavera e dos plantios do inverno.
Quero até mesmo o som da trovoada. Da chuva forte na janela, causando certo arrepio. Quero a mesma casinha às margens do caminho. A mesma estrada de pedra, construída com muito esforço, todas as manhãs, logo ao raiar do sol. Quero o calor das fogueiras nas noites de São João, com minha família ao redor do fogo, contando adivinhações. Quero sentir o cheiro da saudade de quem ia nos visitar.
Hoje, eu sei que, eu quero até mesmo o gosto amargo que ficava depois das despedidas. A solidão que se espalhava nos cantos da casa. O som da fala daquelas pessoas ficava dias ecoados na minha memória. Eram dias de saudades, vendo a solidão espalhadas em meio aos pastos verdes no inverno e secos no verão. Mas, no fim eram lembranças boas, acolhedora.
Esse é um querer sincero, vem das raízes do coração. Vem da vontade de voltar alguns anos atrás e abraçar aqueles instantes que eu não sabia que um dia iria se transformar nesta saudade cortante, neste querer louco de retornar e viver tudo de novo. Mas, como isso é impossível eu fico aqui, apenas remexendo velhas recordações que meu coração jamais esquecerá.
Colheita
Eu procurava o amor em jardins de cactus. Vinha buscando o fruto em árvores erradas, e nas mordidas sentia o gosto azedo, que amarga no fim da boca. Colhi amores podres, comidos pelo tempo e dor.
Foi preciso paciência – e um outro tempo – amadurecendo um fruto para colhê-lo doce, suave, terno e delicado. Simples como naturalmente é.
Eu imaginava haver segredos por trás dos espinhos. Mas é puro acaso que amores e espinhos se encontrem em botões abertos ou fechados. A rima entre amor e dor é armadilha.
O verdadeiro fruto está ao alcance das mãos – mas é tão rasteiro, que quase não se vê. É preciso passear sem fome para enxergá-lo redondo, vermelho. Para então mordê-lo distraído como numa tarde de chuva.
Respondendo ao lindo soneto Velhas Árvores, de Olavo Bilac,
uma comparação das velhas árvores com as pessoas
que vão se deixando ficar velhas...
Velhas árvores / Velhas Pessoas
Olavo Bilac / Marcial Salaverry
Olha essas velhas árvores, mais belas,
Do que as árvores novas, mais amigas,
Tanto mais belas quando mais antigas
Vencedoras da idade e das procelas.
"Para vencer da idade as procelas,
são idéias das mais antigas,
que confidenciamos às pessoas amigas,
que desejam sempre estar mais belas..."
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
"E ouvindo as velhas tagarelas,
sempre entoando as mesmas cantigas,
mais aumentam nossas fadigas,
cansados das vãs palavras delas..."
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem;
"Na realidade, todos envelhecem,
mas sabendo viver, que envelheçamos
com um sorriso, como na nossa mocidade..".
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
"De certos achaques e ataques todos padecem,
mas mesmo cansados, nos ampa...ramos,
contando com a mão de Deus, forte e cheia de bondade..."
Visão
Vi a lua
entre árvores,
entre montes,
entre névoas.
Tão alta!
Não há pontes,
só o horizonte
vazio.
Quisera poder alcançá-la
e deixar marcas de pés
para marcar o caminho.
Tão distante!
Mas a vejo
e tocá-la
é um devaneio,
nada mais do que
um mero desejo.
Nos jardins da vida, vejo os filhos crescerem como árvores. Cada um, uma promessa de cor e sonhos. Suas raízes fincam-se profundas na terra dos valores e da cultura, onde a memória é húmus e o amor, seiva. Os troncos erguem-se firmes, numa força que desafia ventos e tormentas, sustentando o céu com a dignidade dos que sabem de onde vêm.
Nas copas, que despontam com a graça das auroras, florescem frutos de humildade e bondade. Cada ramo, uma extensão do coração, abriga pássaros de esperança e folhas que sussurram segredos ao vento. A sombra dessas árvores oferece refúgio, um abrigo para os que buscam a paz e a quietude dos dias simples.
Assim, no compasso das estações, essas árvores crescem e se tornam majestosas, não pela imponência dos seus galhos, mas pela grandeza da sua essência. No jardim dos nossos sonhos, onde os filhos se transformam em árvores, ergue-se uma floresta de amor, onde cada vida é uma celebração da beleza e da eternidade.
"Há muito mais ha nas florestas
Que um bando de arvores e animais
Há inspiração, há glória
passado de nossos ancestrais
Contos já escritos e outros não contados
Vidas, histórias, almas perdidas
Nossa tradição, nossa glória
Todas as raças que foram esquecidas
Então, quando olhares ao longe não se iluda
Pode estar tudo morrendo, se acabando
Mas haverão aqueles que lutam e protegem
Guardiões da terra baixa, os esquecidos elegem."
Assassinos da natureza...
No aspecto mundial um dia não haverá mais Árvores animais...
O que vão destruir?
O que será feito de suas vidas vazias?
Será tem vergonha na cara?
Nos abraços acordos?
Vendeu alma ainda coloca uma de ovelha...!
Será que futuro plantamos...
Árvores são queimadas ou cortadas
Depois o lugar era lindo cheio de magia.
Aonde vai viver os indígenas...?
Aonde vamos perpetuar as nossas herança cultural...
No submundo trabalhamos...?
A esperança da sub existência é mais dia!
O que animais vão esperar do amanhã..?
Rios poluídos na busca do ouro...
Pedras preciosas.
Traficantes de animais tristeza do mundo.
O valor do mundo se perdeu...
Vamos viver em outros planetas e fazer o mesmo que planeta sofrerá.
Será que é verdade de nossas vidas perdidas
Será o legado da humanidade?
Tristeza lembrar a beleza que se perde dia a dia...
Corrida
Estou desesperada correndo na floresta escura, perdida entre as árvores e sentido a brisa gelada.
Estou fugindo do monstro que insiste em me perseguir.
Por mais que eu corra não importa o quão longe, ele sempre me acha e me leva para o fundo do poço.
Já não sinto mais medo só sinto a dor.
Me acostumei a gritar e ninguém me ouvir .
Cansei de ver as pessoas fecharem os olhos e me chamarem de louca ou dramática.
EU ESTOU CORRENDO DO MONSTRO QUE INSISTE EM FICAR DENTRO DE MIM
Eu só estou implorando por AJUDA.
Árvores são cheias de magia,
o verde em suas folhas trazem esperança à vida.
As folhas servem para nos ensinar a cair, sem alardes.
E se você não gosta de onde está, mova-se, já que você não é uma árvore.
E então poderá sentar embaixo de uma e apenas deixar o vento do tempo passar.
Estar presente e agradecer o agora!
Experienciar a conexão do céu com a terra.
Lembrar das pequenas sementes.
Voar como grandes pássaros.
Agradecer por suas raízes,
E expandir sua visão.
Florescer.
Dar frutos,
E voltar a ser semente
Num ciclo sem fim:
Ser soul.
Teu gosto em agosto...
O vento é pente...
penteia e despenteia
as folhas... flores...
árvores em reconfiguração...
A ventania exala...
(pre)sinto,
sinto e (re)sinto o teu cheiro e gosto...
num agosto à gosto de saudade e carinho...
Ventania que nina e sacode e descobre...
abre estradas e mares de amares
em meu corpo em (re)composição...
uma canção em meados de um agosto...
Trilha fechada
Sou trilha no meio da mata fechada.
No labirinto vivo de árvores busco reviver...
No desespero da solidão me disperso
Na seiva que corre nos velhos troncos
Há um tipo de vida que não consigo mais em mim reconhecer.
Medo.
Crepúsculo envolto em segredos.
Ninguém me avisou que depois do fundo do poço havia um abismo.
Tento no silêncio da mata me refugiar.
Barulhos estranhos... distantes.
Tragédia total do meu ser. Cataclismo.