Poemas sobre Alma
Tarde da noite eu escrevo a mais profunda reflexão
Não a que sai do coração
A que sai da alma
Reflexão que sai do coração é passageira;
Mas a reflexão que sai da alma essa é verdadeira
Mas me diga o porquê de uma reflexão tão verdadeira?
O motivo é simples, apesar de falar só bobeira
Minha alma é pura e verdadeira.
Existem muitas dores que devoram a alma
Mas, de todas, provavelmente a mais dolorosa
É a dor de fome dum infante que, silenciosa,
Noite a dentro consome-nos em tristeza e revolta.
"" Tive a ousadia de sorrir, chorando
a alma percebeu a distância e renunciou
lavou-se, pediu liberdade
mas o coração maquiado, pronto para a festa, sucumbiu
e a face perfeita,modelada pela pintura da felicidade, borrou
como maquilagem que sai levada pela água,
foi-se o sonho, ficou a certeza
irei sorrir, chorar borra a maquiagem..
MEU VÍCIO
O jogo
do amor
é fogo!...
Às vezes
complica
e logo
provoca
(na alma)
a expulsão da calma!...
Ganhar ou perder -
Isso é do jogo,
faz parte do ofício.
Por isso eu jogo,
É este o meu vício!...
Pra Hoje:
Paz n'alma
Sabedoria nas ações
Discernimento nas palavras
E Fé no coração
Para renovação do espírito em si!
Os dias
Mais Felizes são; àqueles que a alma abraça sempre
Sem se importar tanto com os percalços da vida!
Alma desnuda,
o Sol se faz cinza
a luz encharca a pineal
serenou, engulo o gelo
derretido sou, nesse amargo tênue.
fizera-se na minha hipófise
armazenando o gasoso.
calcificada, falecida alma.
me injeta adrenalina
mais oxitocina
sugiro não ter metástase
nem vermes, nem males
nem derivados amargos
estando livre o espaço
límpido e purificado
em todo meu hipotálamo.
Fale
Escreva tudo que é bom
E faz bem par'alma e coração.
Mais antes de tudo
Pratique-as sempre que puder...
Pois tudo merece ganhar asas...
E pousar onde quiser!
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Com um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.
Nota: Trecho do poema O guardador de rebanhos, de Fernando Pessoa.
...MaisJARDIM
O jardim na alma é planejado
Em projeção de afeto e amor
Cada flor e arbusto plantado
Por dentro o igual a compor
Se assim não for, imaculado
Os jardins não vão ter cor
E tão pouco um traçado...
Brotam estéreis e sem autor!
E passear neles é privado...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
2016, dezembro
Não quero provas de amor
Quero um olhar sincero
Quero o despertar da alma
Quero o transcender do tempo espaço
Quero um abraço terno
Quero sentir o amor pulsar em meu ser
Poesia é quando escrevemos o monólogo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Sou alma do cerrado, pé no chão, do triângulo, do chapadão... Pão de queijo com café, fogão de lenha, das vilas ricas, arraiais, sou filho de Araguari, das Gerais...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Quando
Meus olhos te observam
Eles se perdem em encantos e beijam silenciosamente
A tu'alma que toca na minha suavemente
Dizendo-me
Em silêncio o quanto me amas...
E eu, lentamente fecho meus olhos
Deleitando-me em tuas carícias sutis que me fazem
Flutuar de amor...
Entre olhares e silêncios
De nossas almas enamoradas.
O recalque
É o veneno das bocas levianas.
E a cada dose uma morte
De sua própria alma que está cheia
De inveja, ódio, e desamor amargoso.
Poesio...
Porque em minh'alma o amor canta, jubila e ama,
Sem freios, sem amarras, sem pressa de ser "Feliz".
Existem momentos
Em que meu coração se agita
Porém, minha alma
Imutavelmente estática
Não geme e não chora
Não diz a verdade
e não mente
Não sussurra...não grita
Não suplica, não implora
O Fleumatismo da calma
Vem somar ao coração
Essa tortura
O coração se revolta
nas suas fibras mais íntimas
A alma,
com a sua costumeira indiferença
Não dá a mínima
E eu
No meio disso tudo
Me guardo o direito
No final de cada dia
Permitir que a alma
Escondida em algum canto
chore o pranto dos perfeitos
E o coração
Repleto de defeitos
Carregado de tristeza
Carente de paz
Ria
Ria até não poder mais.
Edson Ricardo Paiva