Poemas sobre Alma
Esculpir é viver inúmeras vidas, é recomeçar com paixão e ousadia na alma, é dar vida ao objeto para novas e boas histórias.
É no silêncio que falamos sutilmente a muitas pessoas que há coisas que não devem inquietar a nossa alma.
DENSO VAZIO - Dentro de mim é tronco, mas me falta o chão. Minha alma flutua como uma bolha de sabão. Me afogo em água pura, tento afundar em vão. O corpo cada vez mais denso, mas a madeira no fundo é oca. Ninguém na escuta, eu penso; às vezes a mente é louca. Quase sinto a minha raiz; o que me falta é coisa pouca. Meu equilíbrio segue por um triz.
Tiro os óculos e fica tudo meio embaçado, mas a alma continua distinguindo os detalhes, mesmo no erro da máquina. Arte é política, arte é procurar novas descobertas e sensações nos erros ou no caos. Arte salva.
Não vivo de poesia, mas vivo pela poesia. Então, não vejo as pessoas fisicamente, mas, enxergo em cada uma delas, as suas almas.
joanarodrigues.com.br
"As palavras são sempre mínguas para dizer tudo aquilo que nos transborda da alma. Tantas vezes o olhar diz tudo na forma mais calada "
É o que dizem por aí; que a solidão é a pior das dores da alma. Não sei onde surgiu tal citação, e se soubesse, provavelmente iniciaria uma crise de incompatibilidade de ideias. Eu, por vez, confio na certeza de que a solidão é o remédio que aniquila seu próprio estrago, se é que exista algum. Enquanto que a maioria prefere o ombro amigo como suporte para encarar seus próprios problemas, sejam eles quais forem, vejo isso apenas como uma prorrogação para a superação dos mesmos. No fundo todos estamos cientes que a verdadeira cura vem de nós mesmos, no mais sensato estado de solitude e reflexão.
O estranho prazer que possa nos dar ver algum desafeto se dando mal, não fala do "desafeto"... Fala de quão pequena ainda é nossa alma, e o quanto ainda nos estamos "ressonantes" a sentimentos tão baixos... Só de termos algum desafeto, isso demonstra que temos um longo caminho de amadurecimento pela frente.
À medida que não percebemos os males causados pelos desajustes emocionais, corremos o risco de medicar os pacientes de forma despropositada, com a fantasia de combater os males da alma com remédios.
Para filosofar, o homem deve colocar toda a sua alma em jogo, da mesma forma que, para correr, ele deve usar o coração e os pulmões.
Os seres humanos não morrem nunca; suas almas migram para um outro lugar, assim como as andorinhas fazem quando sentem a chegada do verão.
"E quando cai a noite o que somos?
Somos tristes almas perdidas procurando se encontrar por essas tristes e vazias ruas"
Quando a razão tenta se livrar do que o coração deseja, usamos todas as forças contra nossas próprias fraquezas e sofremos com os próprios ataques às nossas próprias defesas.