Poemas sobre Água
"Pequeno garoto mestiço,
Habitante de um bairro periférico [ sem água, comida ou energia],
Vive ao barro comer, geofagia?! Fome?! Vermes?!
Não, não, meu caro! Desigualdade e desespero, que fazem suas tripas revolverem,
Em um movimento intenso, profundo e doloroso da realidade de um país de todos, rico e sem pobreza.
A sina dos Severinos continua,
Migraram para o centro-sul da Terra Mãe Gentil,
Edificaram seus palacetes, casebres de alvenaria,
O saneamento dar ânsias de vômito,
Odores urbanos - metano, gás do pântano.
Campos de batalhas - rojões de metralhadoras, balas que não adocicam a boca,
Mas que matam,
[ toda diversidade de canhões em um único quartel militar - o do tráfico."
A vida é como um copo de agua em um dia ensolarado
E eu sou uma pessoa com muita sede.
Por isso vivo a vida intensamente,
pois não sei quando esse copo pode vir a acabar,
por mais que esse copo seja grande e longo, uma hora acaba,
e tudo passa muito rapido...
É como virar um copo de agua no verão, com um calor de 40º
Cada gota desse copo tem que ser degustado com prazer, sorrindo, se sentindo bem.
Nem todas as gotas são boas, alguma gotas podem escorrer ou cair no chão, a gente sempre sofre perdas, isso é inevitavel, só temos que segurar firme o copo para não deixar ele escorregar e derramar todas as gotas da nossa vida, quebrando o vidro e não tendo mais uma gota para matar essa sede de verão, tornando um caminho sem volta, um copo quebrado sem agua.
Se perder algumas gotas, não olhe para baixo vendo ela cair, olhe para cima, erga seu queixo, olhe para seu copo e veja quanto de agua ainda tens para beber e sorria... por mais que tenha muita agua, acaba rapido
Essa sede é insaciavel e eu tenho muita sede...
Pedaços de água no olhar...
De sonhos desfeitos em nada
Cabelos em desalinho
Onde brilham em torvelinho,
Pérolas de pranto ao luar....
Olhos tristes de quem sofreu
Na vida, tormentos mil
Silêncios a quem doeu,
Um amor que já morreu,
Ainda por começar...
Embalada nos braços fortes
De uma recordação,
Vai tropeçando em pedaços
Vazios de um coração...
Sonha, menina triste,
Limpa as lágrimas, sorri
Também eu vivi morrendo
E morri, vivendo em ti....
Incompatibilidade
Eu gelo, você vulcão
Eu água, você erupção
Eu dia, você Lua
Eu mar, você rua
Eu falo, você foge
Eu me jogo, você corre
Em meio a tantas promessas
Vamos seguindo
Você e eu
Nunca nós!
Sempre a sós
Razão e coração
Frieza e emoção
Amor e paixão...
Entrega e resistência
Opinião e indiferença
Realidade e ilusão!
No momento do calor
Quero tomar banhos de chuva
E sentir cada pingo
Água da chuva descer
Pelos calcanhares e descalço
Darei então muitas risadas
Por sentir cócegas nas plantas dos pés
Depois que se vai a água imunda
Fica apenas o corpo e a alma
Tudo de ruim lavado, dissolvido
Tudo vai, e fica apenas você
Pós?
A água não molha mais, partícularmente.
E fogo? Não queima mais, atomicamente.
Poema não toca mais, maquinicamente.
Coração não ama mais, cardiacamente.
Corágua e Foema, com mais N híbridos entes,
Defloram e refloram a fauna demente
- flora a gente.
Música não tá pra afeto, surfisticamente.
Deus não tá pra universo, holisticamente.
Deusica na santa linguagem
Levou de bagagem o sentido da gente.
Nanoparticularmente, nada mais faz o que deveria fazer
Ou pelo menos o que fazia antes.
Piada não é mais pra rir, talvez pra esconder a dureza da gente.
Chorar não é mais porque dói, e a dor até é um sistema decente.
Pirar é um ente supremo, com sorte e com treino ainda vamos chegar.
Não fomos modernos, verdadeira-mente.
Nem tecnológicos, poeticamente.
Monológicos Tão só, teisticamente.
Está chovendo. Leio um livro na sacada, de onde posso sentir gotículas de água que são carregadas pelo vento. O livro é apenas uma janela para os meus pensamentos fugirem da minha cabeça, na verdade, não fogem, ficam girando,girando e girando.
olho para os prédios, vejo pessoas mostrando seus rostos pelas janelas. O que será que estão olhando? será que gostam apenas de contemplar a chuva? Duvido. Vão para pensar em coisas da vida, para fugir de uma discussão, para descarregar suas emoções, fazendo as lagrimas se misturarem com a chuva.
Avisto num apartamento não muito alto uma criança brincando na varanda, deve ter uns 7,8 anos. Mas essa criança é especial, não tem cabelos, provavelmente devido à quimioterapia que crianças com câncer tem que fazer. É uma garotinha. Brinca com sua boneca, que é quase de seu tamanho. Acaricia os cabelos de sua amiga inanimada com as mãos. Um olhar triste, e uma lágrima escorre dos pequenos olhos azuis da pobre menina. Ela abraça a boneca, como se esta fosse consolá-la. E de fato consola, pois fica lá, inerte, apenas presenciando o sofrimento da pequena, em silêncio. E é isso o que a conforta, o silêncio.
Mergulho ainda mais em meus pensamentos, chegando à conclusão que para algumas pessoas, o silêncio é o melhor ouvinte. E eu sou uma pessoa dessas. O silêncio nos permite mergulhar em nós mesmos e ver o que há de errado, sendo possível até encontrarmos alguma solução. Quando não, temos a liberdade de chorar, de gritar, de sofrer, de sofrer em silêncio.
olho novamente para a menina com sua boneca, e vejo que está sorrindo, conversando animadamente com a boneca, que está sem os cabelos agora.
AMO-TE COM PROFUNDEZA
Confesso-te que o meu amor é profundo,
É como uma larga extenção de água do mar,
Transparente e firme, verde ora todo azul,
Às vezes cinzento quando não posso te amar.
Neste oceano exposto na melhor inclinação,
Arrasta o meu coração com imensa oblação,
Sacudindo em ondas a nossa íntima afeição,
Absorvendo no fundo do mar essa aclamação.
Em viagens e sonhos, navegaremos no azul,
Rodeando o planeta sem rumos e horizontes,
Na aventura náutica sem bússola será só amor,
Do ribeirinho que aflige nos lábios com beijos.
Milhas e milhas marítimas serão os desejos,
Rematando as salinas em nossos corpos quentes,
Provocam súplicas sem quaisquer embargos,
Alarido das águas balança todo o meu ente.
Farei como Júlio Verne no meio oceânico,
Nos portos avistarei novas agulhas magnéticas,
Fixando somente no teu olhar a vastidão do além,
Imergindo a deusa que me faz tanto sonhar.
Com a forte iluminação das minhas pupilas,
Dar-te-ei a com prazer a mais bela lua de Júpiter,
E Ganimedes será sempre a mais bela lua,
Que somará nestas águas o eterno desejo de ter.
A dona do amabilíssimo ser navegante,
Neste oceano exposto na melhor inclinação,
Arrasta o meu coração com imensa oblação,
Considerável exame de sentimentos e dedicação.
Jamais eu vou dizer.
Desta água não beberei.
Pois o dia de amanhã.
Não sei como estarei.
Pode ser que esteja bem.
Ou então esteja mal.
A certeza ninguém tem.
Hipócrita não serei.
Por isso eu sei do hoje.
Do amanhã, esperarei.
Sou ser humano, imperfeito.
Quisera eu, não ter defeito.
Por isso posso errar.
E de alguém precisar.
Tenho comigo, em minha mente.
Qualquer um pode ajudar.
E nisso resume a vida.
Ela mesma te convida.
A ser um alguém decente.
Mas temos a mente doente.
Cheia de incertezas.
Vivemos sempre correndo.
Contra nossas correntezas.
Não há mistério em viver.
Basta tu jamais dizer.
Desta água não beberei.
Humilde também é ser rei.
...Neste momento....
....Gostaria de ser uma gota d'água....
....Para poder cair na tua face....
....E deslizar nela...
....A te sentir o sabor dos teus lábios....
QUERO SER A ÁGUA QUE TE REFRESCA
O VINHO QUE TE AQUECE
O ESCRAVO DO TEU RAZER
O AMOR QUE NÃO ENVELHECE
Sinto fome e tenho sede.
Não!
Dão-me pães e dão-me água,
Mas não sabem eles
que a sede que sinto e me consome
é do doce veneno que há em teus lábios.
E a fome que tenho e me possui
É de amar-te o tempo inteiro.
A vida
As vezes vejo a vida como...pessoas sem rostos
Ou rostos na penumbra
Piscina com água sem uso, tendo algas nas bordas.
Carro desgovernado
Tempestade em alto mar
Um beco desconhecido
Uma casa desarrumada
Uma calçada enlodada, onde é impossível correr.
Um lugar lindo, mas que nos mete medo.
Ela é tudo... É todos... Tem todos os rostos, todas as cores......todos os medos, todas as esperanças, todos os sonhos..desejos...é um redemoinho, é um vulcão em erupção...depende do dia, da hora, do momento em que se vive.
Rakel Morais
Sua saliva tem um sabor incomparável,tem o doce da vida,
O sal da terra,e a água da vida, misturada com minha vida
Tem sabor de quero mais
Quero comida e não tenho ,quero água também não tenho, quero o que vestir também não tenho
Quero brincar e não posso ,pois em PE não consigo ficar,quero sorrir,mais meus lábios querem chora
NEM LEMBRO-ME MAIS DO MEU SORRISO ,ELE SE FOI E NO LUGAR FICOU A FOME
QUE ME CORROI POR DENTRO COMO UM CANCER MALIGUINO COMENDO MINHAS POUCAS CARNES QUE RESTA
DOI DOI MUITO O DESZESPERO DA FOME,ESSA AGUNIA ME COROI DIA A POS DIA
AS VEZS Acho que nem êxito , mas essa fome que me corrói por dentro me faz lembrar que eu estou aqui e nessa Ânsia me pergunto ,por que;;;;;;;;, ai dói muito você não sabe como e a dor de uma fome negra que vai me consumido aos poucos,são os vermes me consumido vivo , a cada estante a dor aumenta mais nao sei se a vera amanha pois o pouco que me resta grita de dor;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
Minha Familia
Meu amor
Comida
Agua
E alguns amigos.. (Ja quebrei a cara demais com certas pessoas que pensei que fosse amigo mesmo, mais com o passar do tempo passamos a perceber quem são os verdadeiros), pois esse é o meu defeito: "me apegar demais as pessoas".
Minha pele suada, transpira muito mais do que suor.
Minha boca seca, precisa muito mais do que água.
Meus ouvidos parecem surdos, precisam muito mais do que palavras.
Meu nariz sente meu cheiro, precisa de muito mais perfumes.
Meus olhos lacrimejam, precisam muito mais do que lenços...