Poemas sobre Água
FINAL DE SEMANA - DIGNO DE UM FILME ÁGUA COM AÇÚCAR
Pela noite afora, vem luares e neblinas, vem o vento nos tocar lentamente na forma de brisa alisando nossa face. O tempo muda o tom e trás os versos descontraídos de fim de semana e os verbos cumprir, fazer e atender passam a ser trocados por relaxar, descansar e entreter. Tudo chega como se estivéssemos em outro planeta, não habitado por chefes, intrigas nem dilemas, outra constelação de estrelas aparece no céu, nunca vistas durante a semana. E beberemos os sonhos com aperitivos de versos. Que seja um feliz fim de semana, repleto de imaginação, sonhos, fantasias e poemas, pois realidade é uma palavra que só tem sentido na segunda-feira.
TENHAMOS UM FINAL DE SEMANA DIGNO DE UM FILME ÁGUA COM AÇÚCAR!
Lembro-me de coisas que quase perdi,
Certa vez meu celular caiu num balde com água, entrei em pânico, foi quase...
Pensei numa forma de recupera-lo
E descobri, coloquei no arroz e depois de um tempo perfeito alí ele estava.
Havia um livro que amava muito e ainda não havia terminado,
Ele caiu na privada e fiquei apavorado, e mais rápido que pude tirei ele daquele buraco.
Com ele tive muito cuidado, botei pra secar no sol e ele ainda ficou inteiro, ele não era o mesmo, mas consegui lê-lo.
Dentre todas essas coisas, existe uma que não é objeto, muito mais precioso que todas elas, foi alguém que perdi, que como aquele livro não terminei de ler, sofri muito mais, ainda mais por não saber o que fazer, porque não tem circuitos, nem folhas molhadas, mas eu sei que foi quando quase perdi todas elas que meu cuidado se redobrou, nunca mais deixei perto de um balde,
Nem nunca mais da privada,
Talvez o que tinhamos não seja o mesmo como aquele livro, suas folhas ficaram onduladas, mas ainda sim seja possível viver até o final essa história, porque não esqueço cada verso que escreveste, nas folhas amareladas da minha memória.
Voz nordestina!
Aqui o tempo é veloz
mas esse povo trabalha
mesmo sem água na foz
nem escorrendo na calha
com medo da seca feroz
o nordestino solta a voz
e ninguém mexe uma palha.
Sem água!
No sertão de água escassa
o verde aqui quase não tem
a chuva é quem ameaça
passa perto mas não vem
mas a fé carrega a graça
sem ajuda de ninguém.
A brisa bate na água, vem como uma brisa fresca em meu rosto, onde dá um frescor que me alivia a alma.
Essa brisa é muito maravilhosa.
Me acalma em todos os sentidos.
Me faz pensar em coisas boas que me acontece no meu dia a dia.
Me faz ter pensamentos positivos e nunca desistir dos meus sonhos..
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
Já ouviu o barulho da água caindo em tuas mãos?
O som da respiração de duas pessoas que se abraçam?
O toque ....
Já prestou atenção no sorriso de pessoas a seu lado?
O som das páginas de um livro sendo folheados?
O passinho da joaninha nas folhas de uma árvore?
O som do carinho das peles das mãos se entrelaçando... Observe a ternura da vida...O instante ❤️
Eliane
INTERROGAÇÃO
Não sou Adão...
Nem, nada disso que você pensa,
não vim de torrão barro ou água
Eu vim de uma placenta...
Placenta benta que senta
que paga que roga praga...
Que as vezes tem paciência
outra vez... Não agüenta.
Eu nasci n'aquele dia
n'aquela agonia...
Eu vi para o mundo de símbolos
penitencia... Pensa!
Universo da Maria de fobia
de reza, oração, dá o tiro, dá a mão
mundo de sonhos, feitos medonhos
... Ave Maria!
Saudações de José
saudações de João
Sou de um planeta perneta
costeleta, constelação, coração...
Aonde ninguém tem certeza
de quem é, ou não... Irmão...
Eu sou de um mundo inteiro
de pesadelos seus, de mim, d'ali
d'aqui, por cá, por ai, de Deus?
Do cão... Não sei, não sei não...
Antonio Montes
Nordeste do Saara.
Sei que muita gente esquece
que aqui a água é rara
que o povo ainda padece
que o Brasil não se declara
enquanto a vida desaparece
o nordeste mais parece
com o deserto do Saara.
O oceano é infinitamente grande e podemos chegar até ele facilmente, mas a quantidade de água que podemos retirar de seu interior está limitada pela vasilha que levamos até as suas margens.
Assim também acontece com a nossa capacidade de aprendizagem, que é ilimitada, mas depende da vontade com que abrimos a nossa mente para captá-la!
Pedro Marcos
Meu solo pede o teu sol
Meu deserto pede tua água
E meu fogo pede a tua alma
Meu rio pede o teu mar
Meu agosto pede teu dezembro
Minha falta pede o que te é pleno
Meu corpo pede teu sonho
Meu choro pede teu sorriso
E meu pouco pede tudo isso
No teu fogo virei brasa.
No teu gelo virei água.
Na tua boca sofri calada.
Na tua voz não fui chamada.
No teu olhar fiquei hipnotizada.
No teu corpo fui desonrada.
No teu andar fiquei parada.
Na tua casa fiquei desabrigada.
Na tua coberta fiquei destapada.
No teu cigarro não fui tragada.
Na tua bebida fui vomitada.
Na tua música não fui escutada.
Na tua letra não fui riscada.
Na tua folha não fui desenhada.
Na tua vida, fui só um nada.
Irei te esquecer de minha vida e como água cristalina pura e transparente será meu coração dormente de tando te amar e loucamente desejar esse corpo perdido em outros braços, essa boca carente de meus lábios, esse amor com saudade de nós dois.
pensamento da peça teatral "O devaneio dos Desesperados", voz do acaso em noites de tempestades.
Nordeste sim!
O nordeste é uma poesia
que encanta muita gente
do sol forte que irradia
a água fria da nascente
parece ter uma magia
aos que vem passar um dia
e quer ficar eternamente.
Dizem que no início tudo são flores
Então... não deixe muchas flores do início troque a água todos os dias
E floresça em uma Felicidade Plena
Á flor
Foi como uma flor murcha tentando sobreviver á seca
Depois de tanto tempo sem água
Vem uma nuvem e te cobre com o sereno
Avisando que algo pode mudar.
Quem sabe florescer, e no campo reviver, ou então morrer?
Pobre flor, não sabe ela que a água
não revive metade das tuas raízes
Tão poucas eram as gotas que se atreviam a toca-la
Sua sede era tão intensa, acabou economizando as gotas
Mas os dias de poucas chuvas passaram, a seca voltou
e a flor novamente sem sua água ficou.
Pobre flor está morrendo aos poucos, tão desconsolada
e caída ela está, que nem o outono resolveu esperar
para suas pétalas secar e o vento levar
Quem sabe para o encontro do mar.
Upêndica Poesia
P'RA QUE
P'ra que chorar o passado,
se essas lagrimas amanhã...
Não terá sal, não terá água
não terá nada! Nada, nada.
Antonio Montes
Alguns são como água, outros como fogo
Uns são a melodia e outros são o ritmo
Cedo ou tarde todos terão virado poeira
Porque não continuam jovens.
É tão difícil ficar velho sem um propósito
Eu não quero ser sacrificado como um cavalo inútil
A juventude é como um diamante ao sol
E os diamantes são eternos. As pessoas são lapidas como tal pedra preciosa e quando estão prontas já estão perto de envelhecer e isso é cruel, mas é o jogo da vida.
Eu queria ser jovem para sempre , mas isso também não teria graça, pois eu teria que ver todos as pessoas que amo morrerem e eu ficaria aqui sozinho. Isso não seria justo seria só vantagem para mim, e não é certo viver só obtendo vantagens só para si.
Sei que Deus fez tudo perfeitamente. Nada é eterno, tudo um dia acaba, e esse é o jogo da vida. Nesse jogo podemos ganhar ensinar, aprender todas as lições, se deixar lapidar e com certeza ter a coragem de dizer eu estou pronto para envelhecer...
Chuva na bica!
A seca aqui é traiçoeira
no sertão tem mais calor
falta água na torneira
ligada só sai vapor
a chuva quando ela queira
caia em cima da biqueira
e abasteça meu tambor.
Rosas, sonhos...
Flores, versos
Banhos,
Rios, mar !
Mar imenso
Água que me banha
Me toca leve.
Músicas no ar
Sons,
Paixão bate no peito
Olhar, lembra distante
Passado
Vejo no vento
Sinto
O ar que respiro traz teu cheiro
Gosto de mel
Tua boca na minha
Teu olhar no meu !
É tudo louco doido, maluquez...
Piração na mente
Frio
Quero apertos
Abraços seus.
Quero mais
Quero tudo: digo, peço !
17/06/2017