Poemas sobre Água
Um dia a água corre
Noutro dia ela evapora
Ela chove
E quando ela chove,
Molha o mundo
Agora, molhado
O mundo olha a vida
Desconfiado de que o mundo morre
E percebe que morre
Quando isso acontece
O mais profundo sentimento
Que ao mundo ocorre
É que a vida é momento
E que é preciso viver a vida
Só isso
Voltas inteiras
Volta e meia, morre o mundo
Morreu de palavras pequenas
Água, vapor, ambição, chuva, mundo
Hora, tempo, dor, segundos
Vosso, nosso, teu e meu
Poeira de vida apenas
Sem motivo ou inspiração
Inexiste ação divina
A passar pelo prisma
São só coisas da vida, aos olhares do mundo
Uma coisa triste, embora viva
Mundano, infecundo, molhado,
Imensamente pequeno e perdido
Por vezes, iluminado
Mas somente o lado sem luz
E depois o mundo morre
Morto o mundo
E a gente, para o Universo
É morta a poesia
Pára
Evapora
Eram só versos mundanos
Sem causa divina
Nada muda
E depois de apenas uma pausa
Lá se vai a vida
E depois de apenas uma vida
Lá se foi a causa
Tão bonita e tão plena ela era
...enquanto era escrita.
E nem lida ela foi.
Edson Ricardo Paiva.
Você foi como uma fonte de água no deserto,
Que chegou no momento certo.
Mas foi embora no momento errado,
Me deixando desolado.
A chuva
A chuva que cai
É pra uns
A água que trás
esperança,
pra outros
Um sentimento
De desconfiança.
Wsrjunior
' ás vezes a água da sua tempestade pode ser muito ácida para as pessoas que não querem se molhar com você.
#ComoSobreviverNesseMundoComOMeuMelhorAmigo2
Olhos rasos d'água
Dor que me cala
Da margem da vida, o desespero me faz olhar para traz
Me resta escrever
És tu minha doce mãe, meu maior pesar
Não chores por mim minha rainha, pois em teu coração não morrerei
Chores sim, pela dor que te fiz passar
Sofras sim
Pelo desgosto que cobre a alma, e derrama sobre mim o teu sufoco
Ó, pobre mãe, que tudo me deste!
Agora descanse em vida
O caos, teu filho levará na morte.
Fases da Vida-
Olha, que estranho
toda essa luz...
Esse ar que respiro
E essa água que me banho
Queria entender
Por que estou chorando?
Agora, passou tão de pressa
Estou engatinhando
E rápido a beça
Olha esse mundo colorido
E aquele campo florido
O tempo passa rápido
Agora eu ando e falo
Que sentimento é esse no coração
Me disseram que era paixão
Agora tudo está tudo tão chato
Virei adulto e acabam as esperanças
E na minha cabeça passam
Todas as lembranças
Olhe, meus cabelos brancos
E minha pele flácida
Estou berando algo
Que eu nunca esperava
Agora estou tão alto
E essa luz não me parece estranha
E você? Será que se arrepende
De não dizer que me ama?
50 passos até a água
O horizonte cinza
A areia quente, não afeta
O vento forte, desequilibra
As ondas lambem os pés
Os joelhos, coxas e abdômen
Cada passo, uma viagem, vertigem
A profundidade me deseja
E a venero
Sob a superfície, caminho
Bolhas saem da boca
O pulmão se enche d'água
Os olhos, lacrimejam
E nada se vê
Nada se sente
E a profundidade me deseja
O breu, se torna luz
O abissal cria seu próprio sol
E nele, acredita
Apenas é
"Taca água, taca água... O amor é permitido, mas a paixão não, a paixão não.
Feiticeira má, Feiticeira má... Com um feitiço envenenou o meu coração, saia já daqui, saia já daqui.
Sereia linda, Sereia linda... Sele os seus lábios e não me venha com as suas cantorias, não posso me apaixonar, não posso me apaixonar.
Fada encantada, Fada encantada... Por favor me ajude, desfaça o feitiço e me liberte dessa maldição, me liberte dessa maldição."
os meus olhos estão trancados
para não passar a água da chuva,
está chovendo aqui dentro
e minha alma continua suja;
já não sei se sou de verdade
me sentia parte da multidão
mas eu sou só um nomade
vivendo na sua ilusão.
Nadando no ar
Voando na água
Caçando tesouros onde tudo é calma
Outono sereno
Entre risos e olhares
Vida que passa entre milhares e milhares
Mente lutando
Corpo enfraquecendo
Medo efêmero
Desejo passageiro
Buscando o que é puro
Em meio a tantos devaneios
Quase sempre me perco
Em concupiscências enxofrais
Persistência alcança
Quebra paradoxo
O Mal se acanha
Leva embora o opróbrio
A razão se constrange
Ao encontrar o inexplicável
O verbo se alegra diante de tamanha simplicidade
Desde o começo Ele tudo sabia
Sem verbo não há rima, nem poesia
Nele tudo se justifica
Traz sentido a vidas vazias
Nada nos separa,
Sou de terra
Você de água
Avança preparada
No nosso melhor momento
Chega mas invadindo
E faz onda de calor
Me pego estremecendo
Sou todo seu meu amor
Me jogo na sua
É de cara lavada
É queda abrupta
Desejo não cala
A mesma sensação
Por tanto tempo
A pele já não basta
Me rasga a carne
Me toca a alma
Já me sinto tão seu
E quando sou todo
Você vem e me fala
Sou toda sua
É fusão de lava
Erupção ininterrupta
Vigora, exala
vida, sonho e amor
Nosso melhor é ser
no outro o bem mais preciso
Que nunca falte você
Sem amor não vivo
É toda alto astral
Sereia de água de sal
O samba enredo do meu carnaval
É brincalhona até falando sério
Um livro aberto cheio de mistérios
Sonhe...!!!
(Nilo Ribeiro)
Sim, devemos sonhar,
mas, medir água e fubá,
se a alma não puder entrar,
deixe o sonho pra lá
o sonho não é só conquistar,
ele tem que ser essencial,
ele tem que te completar,
te fazer mais especial
não se sonha com o ego,
é a alma quem deseja,
não adianta ter um castelo,
se você não tem nobreza
sonhe, com o pé no chão,
a realização pode acontecer,
irá satisfazer teu coração,
a alma vai agradecer
sonhe com o crível,
Deus vai te abençoar,
não sonhe com o impossível,
onde a alma não possa entrar
o sonho realizável,
é a força para vitória,
onde o espírito sinta confortável,
e a alma encontra a glória...
Pensamentos pré-fabricados
Cabeça fossilizada
Ano após ano
Onde nenhuma água correu
Petrificados pelo tempo
Imutável solidez
Nem pó virarás
Ao vento apenas reduz-se
A luz ao longe
Donde apenas o calor se sente
Um pesar pela falta de sentir
A maleabilidade aconchegante da fonte
Seu plano deserto
Seco há anos
Leva para longe a chuva
E mantém-se longe da humidade
Seu plano certo
Feito há anos
Lava as mãos e a luva
E mantém-se longe da humildade
Vida longa à humanidade..
Levanto no frio que a bela manhã nos trouxe já pensando em algo,
Coloco a água para ferver pensando em algo,
Quatro colheres de açucar na água fervente e ainda penso em algo,
Filtrando o café e pensando em algo...
Bebo o café quente e meu pensamento aflora,
Finalmente estou sentindo o doçe de sua boca em mais uma manhã fria.
Sacrifícios de princípios
A cada palavra descrita
É uma hora de água salgada,
É um silêncio que em meu ouvido grita
Nos olhos de águas levadas.
O papel destroça cada um dos laços
Que meu cérebro cria com meu coração,
Pois cada batimento indica os passos
Que meu cérebro não ousaria dar.
Escrever traz calafrios que me entortam,
Declamar leva desvios de lágrimas armazenadas,
Criar traz comunicação com interiores que já revoltam,
Demonstrar apenas seria a emoção antrelaçada às todas coisas citadas.
Há uma interrogação em meio à sacrifícios,
Onde o certo entra em combate com o errado
Sacrificando todos os seus princípios,
Ressuscitando um passado queimado.
O silêncio de onde aqueles o vêem
Nao entra agora em existência,
A comunicação é a unica coisa que os erguem,
Fazendo de ti o alvo em inerência.
O pensamento descrito e demonstrado
Faz dos seus sentimentos bonitos e certos,
Mas os ato impensado e criado
Faz de ti o errôneo em meio a tantos.
Os determinantes guerrilham na conjunção,
Porém o certo e o errado sao relativos,
Todavia sempre colocando o mais vulnerável da situação
A criar seus singulares sacrifícios de princípios.
O MELHOR DE SETE MUNDOS
Seguindo os reflexos em cada espelho d'água,
espero a brevidade com a liberdade reduzida,
com os desejos guardados na mala,
com os sonhos protegidos em outra vida,
um lugar aonde não sinta a meia presença
de mil palavras em minha direção.
Finalmente, aonde eu possa me encontrar
com os próprios pensamentos, com os afãs
secretos de minha individualidade,
distante de sofrimento, deste algós que me
aprisiona às suas vontades, à sua vigilância hostil,
à sua natureza perversa, imprópria a si.
Tenho uma certeza que me importa,
a alma gasta e mal vestida
carregando as dores do mundo sozinha,
o grito mais alto preso na garganta,
a emoção sacudida às plantas dos pés.
Também tenho a palavra inventada,
a melhor versão de mim,
os primeiros raios de sol sobre a face ,
toda a esperança para expirar,
todo o verbo para jogar ao vento.
Sim, terei um canto onde eu posso cantar,
experimentar a fantasia mais simples
e gostosa, onde o pouco me contenta
e o pequeno me cabe.
Certeza que escorrego mais que água, sobre os teus dedos
Porque, o medo de me apaixonar
E me machucar me faz temer o desconhecido
E neste momento você
É meu maior MISTÉRIO!