Poemas sobre Água

Cerca de 5514 poemas sobre Água

⁠Má-água
Agua-má
Mágoa
Amarga água
Sentimento acuado
Aguado
Ancorado no cais do coração
Água ressentida
Sentida
Não corre
Represa
Envenena o viver
Não rega, inunda
Não nutre, des-nutre
Faz moer, roer, sofrer
Doer...

Como meteoros.

Somos o óleo doce
na água salgada.
A luz da vela
acesa na madrugada.

Que por mais que ao
longe seja vista
na verdade
não clareia nada.

É o que somos
que faz de nós
Lembranças.
Ou somos mais
como outros nos vêem
nos sentem e guardam.

O que fala mais de nós.
mais até que entendemos.
O que importa.
Quando se é um meteoro.

Ser cem kilos de ferro fundido
Fazer muito barulho na queda
Morar em cinco metros de buraco
causar cem metros de cratera.

Porque depois que eu cair
Não serei mais nada
Só aquilo que guardar.

No passar do vento
Serei só um pensamento
Aonde você colocar
Seja como for a resposta
a verdade é o tempo.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA



A vida ensina
Aos trancos e barrancos
O amor verdadeiro
Sem nenhum apego

Frases de clichês
Feito água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
A alma empedernida

É quando desanuvia
Valores subjetivos
E o presente é vivido
Sem passado ou futuro

É ver a beleza
Da pedra no caminho
E agradecer a oportunidade
De ter como retirá-la

Regar a planta amortecida
E perceber no dia a dia
O desabrochar da flor revigorada
Pela água embebida

Sentir a liberdade no frescor
Do voar de um passarinho
Sem se preocupar
Onde ou quando irá pousar

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
O amor verdadeiro
Sem nenhum apego

Ensina a seguir
Sem olhar para trás
Deixando no caminho
Sementes de amor

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
Que somos peregrinos
Em constante migração

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
Que nada temos e temos tudo
O que ela (a vida) nos oferece

A vida ensina
Aos trancos e barrancos
O amor verdadeiro
Sem nenhum apego...

(Nane-27/04/2015)

⁠Água mole em pedra escura
tanto bate
que Iemanjá esconjura
revira os barcos
e as pedras rolam.

⁠UM POUCO DO QUE SOU

Por Nemilson Vieira (*)

Do coco sou água isotônica; do corpo, a água de cheiro.
Morro na praia todos os dias. Lavo os pés, em cerimoniais batizo os fiéis; refresco o corpo e tiro a fadiga...
Sou a poça nas estradas e da criançada, o poço. O suor do rosto, a chuva, a enxurrada, o sereno da madrugada, as lágrimas caídas…
… A esperança dos idosos, a doce alegria das crianças; o fiel da balança, o ouro da torneira a entornar.
Sou o direito, o amor-perfeito que brota do chão, que desce do céu.
No organismo, carreio as impurezas metabólicas, ao ser bombeada pelo coração.
Sou um devoto em súplicas, a água benta; estou no pássaro que voa, no lago e na lagoa; no Rio Mosquito, no Bezerra no Montes Claro...
Sou a vida na Terra acontecendo. Uma célula pulsando em cada canto.
Estou no predador e na presa fugidia; fonte a brotar água cristalina, nos brejos, juntinho dos buritis…
Sou de todos os lugares: do Planalto Central, da Serra da Mesa, da Moeda, da Canastra… Da Serra do Geral.
Sou das veredas do Guimarães Rosa, da Serra do Curral; do Pantanal…
Sou das Minas Gerais, Universal.
Fui vista até em Marte; visualizada do espaço sideral.
Por fim, sou a justiça qual rio a correr, que não pode secar.
Sou a vida a escoar na direção do mar.

* Nemilson Vieira,
Gestor Ambiental, Acadêmico Literário

DIA CINZA

Vejo água
A ventania se aproxima
Árvores trêmulas
Dançando feito as bailarinas

Olhos cheios d'água
Começou o chuvisco
Logo logo a chuva cai
Turbilhões de pensamentos

Rosas de vento
Giram sem parar
Noites conturbadas
Insônia aguçada
E os pensamentos em você

Mentiras mal contadas
Confiança desperdiçada
E finalmente a chuva cai
É tanta água
Para apenas um par de olhos

Vejo uma claridade
É o raio de sol na janela transparente
Que me tira o sono
E me oprime
Que me faz a cada dia
Ser a Utopia
De um alguém diferente.

NORDESTE.

O nordeste é pra amar
lugar de gente pacata
tem a terra pra plantar
tem a água que hidrata
de um lado o azul do mar
do outro o verde da mata.

Já apreciou um final de tarde ?
já apreciou em uma praia, areia fofa, roupas suaves, água, céu e mar, "caneta e lápis".
Sentado tranquilamente escrevendo sobre a "vida", passando para letras o que diz o meu "amor".
Tenho e preciso e exprimir o que sente meu "coração". Escrevo e apago muitas vezes, me pego pensando e acho engraçado, pois só consigo escrever, amo você...

Preservar é viver
o viver é respeitar a vida...
pelo ar senti a vida
pela água se vê como um espelho,
a beleza da vida é viver,
ver toda natureza e resplandecer
num momento que a vida se torna única
no verdeiro amor dessa existência
o amor pleno, escoa pelos rios e águas cristalinas.
foi um sonho será...?
mas vida em tudo que tocamos mesmo
no extremo dos seu coração a vida floresce,
nos prova o gosto do eterno momento que vivemos.

Sou a terra que caminho...
Sou a água que fluidifica...
Sou o fogo que trasmuta...
Sou o ar que respiro...
Sou a vida Infinita...
Sou filha da Mãe Natureza!

Medalha de Honra

Eliseu, filho de Safate, está aqui, que derramou água nas mãos de Elias. -
2 Reis 3:11

Escritura de hoje : 2 Reis 3: 1-12

Por muitos anos, fiquei imaginando o que o servo de Jeorão quis dizer quando disse que Eliseu “derramou água nas mãos de Elias” (2 Reis 3:11). Aprendi que era uma maneira de dizer que Eliseu tinha sido o servo de Elias. Antes de Eliseu se tornar o porta-voz de Deus, ele havia humildemente servido à sombra de Elias.

No trabalho do Senhor, a posição ou a posição não são tão importantes quanto estar disposto a servir onde quer que Ele o coloque, mesmo que seja "derramando água".

Lembrei-me disso enquanto assistia a alguns slides das Filipinas. Um parque em Manila comemora os homens e mulheres das Forças Armadas dos EUA que deram a vida lá durante a Segunda Guerra Mundial. Seus nomes estão inscritos em pilares de mármore. Quem ganhou a Medalha de Honra do Congresso tem uma estrela pelo nome.

Uma entrada é incomum. Essas palavras estão gravadas pela estrela: “Walter Peterson, chefe de carregadores de água”. Não sei quem ele era ou quais eram seus deveres, mas ele serviu as tropas e cumpriu seu dever o suficiente para receber o maior prêmio de nosso país.

E o seu trabalho no serviço do Senhor? Parece insignificante, sem atenção do público? Não importa. Faça isso bem. Algum dia, o próprio Senhor lhe concederá sua "Medalha de Honra".

Refletir e orar
Todo serviço prestado ao Senhor
certamente ganhará Sua rica recompensa;
Se apenas trabalharmos com motivos puros,
nossos esforços mais fracos durarão. —DJD

Não existe serviço insignificante para Cristo. David C. Egner

quantos oceanos, mares,
lagos, e todo tipo de coisas
que contêm grandes
quantidades de água que
tu já derrubaste
por causa de pessoas que
sonhavam com montanhas,
vales e desertos?

– queríamos ecossistemas
diferentes.

Amanda Kviatkovski
Poesias e xícaras de café (às vezes chá) (2021).

A água pinga entre o telhado
A chuva enaltece o frio e solidão
O mundo antes colorido, ficou acinzentado

O sorriso vibrante de outrora
Perdeu o riso.
O pingo escorreu janela afora

Quando se viu formou-se um mar
Nele se afogava mais um anjo imaturo
Que nunca aprendeu a nadar

Sim
Eu sou de Oxum
Em mim você não pisa duas vezes
Não se pisa na mesma água duas vezes
Lembra?
A água segue
E eu também
Sim
Eu sou de Oxum
Sou dela e ela está em mim
Não me visto dela
Entende?
Não preciso!
Ela em mim ela sou eu
Ela não está fora de mim
Não sou uma alegoria de orixá
Sou um ser humano que carrego orixá no meu ori
Não me vista roupas que não são minhas
Não queira que eu seja o que não sou
Não me peça pra esquecer quem me feriu
Não, eu sou uma mulher de Oxum
Quer dizer!
Eu não me esqueço
Não, você não pisa em mim mais de uma vez
Sou filha de Oxum
Sim
Sou água
Você não me segura
Por mais forte que você seja
Não que eu seja mais forte que você
É que sou água
Eu não estou dizendo que quero ser
Eu simplesmente sou
E nem pedi pra ser
Porque pedir, não é ser
Porque pedir, não é ter
E eu aprendi com as águas só agradecer
Porque não se tem nada
Além de se ter a si
Não se tem nada
Se as águas não quiser
Mesmo que meu querer mais profundo queira
Entende?
É que hoje é sábado
E eu não durmo desde sexta
É! Quando meu orixá fala, ele me acorda e me faz pensar no silêncio
Sim
Silêncio
Orixá fala no silêncio
Não faça barulho
Porque hoje é sábado
Do mês de agosto
Atotô!

Somente Você!

O som da chuva me acalma
A água lava minha alma
Estou um pouco pensativo
Sem você, é sem sentido

Mas o tempo voa rapidamente
Como uma andorinha, livremente
Lembro daquele seu sorriso
Belo como uma ave do paraíso

Seu olhar me faz falta
Nele viajo como um astronauta
Perdido nas estrelas

Não me deixe, meu amor
Para você estou a compor
O belo canto do Uirapuru

somos feitos de água
nossos corpos inundam
nossas mentes afundam
nossas mágoas se afogam
nossos coracoes boiam
nossas tristezas vão-se pela correnteza
nossas palavras sufocam
nossos beijos tocam
nossos abraços apertam
nossos laços estreitam
nossas oportunidades esvaem-se
nossas imperfeições salvam-se
quero afogá-las
ser livre e salvar-me
banhar-me em lágrimas
de alívio e felicidade
sem peso na consciência
atingir patamares
nadar em mares
mergulhar em rios
me jogar em lagos
represar minhas angústias
sorrio das pontas
mergulho de cabeça
fico intrigada
com o meu despreparo
não sei nadar
tenho medo de me afogar
nos sentimentos
nas palavras
nos pensamentos contidos
sou toda ouvidos
aprender nunca é demais
são muito confidenciais
o amor que sinto
pelos meus pais
e também pelas amizades
por meu anjo
por Jesus
pelo Alto
não me esqueço
de agradecer jamais
a boia jogada
quando eu queria afogar-me!!!

Eu era água e você sentiu cede
Eu era sombra e disse sentir calor
Eu era o fogo e você sentia frio.
Mas não me deu valor.

Hoje, eu sou inverno. Fria e dolorosa pra você .

Tá reclamando da minha roupa
Tá reclamando do meu beijo
Cheio de água na boca
Tá morrendo de desejo
Eu sei que o meu corpo te incomoda
Sinto muito, o azar é seu
Abre o olho, eu tô na moda
E quem manda em mim sou eu

O Testamento dos Namorados

Escolhamos as coisas mais inúteis
o verde água o rumor das frutas
e partamos como quem sai
ao domingo naturalmente.

Deixemos entretanto o sinal
de ter existido carnalmente:
da tua força um castiçal
da minha fragilidade um pente.

Esse hieróglifo essa lousa
deixemos para que uma criança
a encontre como quem ousa
um novo passo de dança.

Já andei com o vento;
Já deslizei com a água;
Já bailei com o fogo;
Já comunguei com a terra;
Autrora éramos unidos, sem palavras, mas com a linguagem do universo nos comunicávamos;
Com um breve sorriso, um leve gesto ou simplesmente o ato de se entregar a eles para que me carregassem.
Andava com o vento e não me cansava, pois ele me empurrava solidário e amigo;
Deslizava com a água, sem temê-la, pois ela não me faria mal;
Bailava com o fogo e ele somente me aquecia, acariciando meu ser com suas chamas;
Comungava com a terra que, generosamente criava caminhos para que eu por ela trilhasse;
Hoje não mais; pois imerso dentro de meu ser já não mais respondo a eles, quando tento me entregar não mais ando despreocupadamente com o vento, pois agora ele me gela o corpo,
Na água me afogo, pois nela não mais deslizo;
O fogo me queima e suas labaredas lambem meu ser com sua fúria;
Da terra já não mais comungo; estou sem trilhas; sem caminhos abertos.
Preso em mim ajo como um adversário de meus antes amigos; ainda hoje me chamam; pois sábios eles são; relutante, continuo estático. Até quando conseguirei ouvir os seus clamores, pois sei que, quando não mais os ouvir será tarde para me libertar de mim.