Poemas sobre Água
A justiça cobre a terra como a água cobre o mar. Eu não quero o sucesso, o sucesso não me diz nada. Muitas pessoas têm sucesso mas vivem como mortos!
O amor não correspondido é como cativeiro: sem água, sem comida e sem visita. E você só lembra de quem te aprisionou. É o pior amor!
Eu desisto. Paro de falar, e de responder, recuso comida e água. Eles podem enfiar o que quer que desejem em meu braço, mas é necessário muito mais do que isso para manter uma pessoa viva, uma vez que ela perdeu a vontade de viver.
A mente é como a água, quando fica agitada não se pode ver claramente, mas se permitir que se acalme, a resposta fica clara.
Não é a quantidade de sua fé que o salvará. Uma gota de água é tão verdadeira água como o oceano inteiro.
Se você sair, você arriscará a sua vida. Se você bebe água você arrisca sua vida. E hoje em dia só de respirar, você já arrisca sua vida. A única coisa que você pode escolher é pelo que você irá arriscar.
Você sabe o que significa um balde de água fria? Eu sei. É mais ou menos quando a gente tem uma coisa bem quente no peito, nas mãos ou na cabeça. Um sonho, talvez. Muitos deles, quem sabe. E você dá Farinha Láctea Nestlé para todos eles, que vão crescendo fortes e sadios e, de repente, não mais que de repente, tudo muda. Aquilo que era quente recebe água gelada. Choque térmico. Em outras palavras, ou melhor, em outras metáforas: o amor (sempre ele) está saudável, com as vacinas em dia, tomando vitaminas e praticando exercícios físicos, ou seja, (em tese) nenhuma grave doença irá pegá-lo de surpresa, afinal, ele não bebe nem fuma, cuida a alimentação e ainda por cima se exercita. Pois um dia, atravessando a rua, o amor é atropelado por um caminhão gigante, que passou no sinal vermelho em alta velocidade, com raiva, ódio, feroz. O amor perde o equilíbrio, o controle, capota várias vezes, se machuca, bate a cabeça, desmaia. Transeuntes chamam ajuda. Ambulância, maca, oxigênio, respiração boca a boca. Uéin, uéin, uéin *barulho da ambulância*. Levam o amor direto para a UTI. E lá ele fica, inconsciente, imóvel, sem receber visitas, tomando morfina na veia: porque tem muita coisa que dói (demais).
Para mim o arco-íris não brilha mais.Nossas promessas foram por água baixo como a chuva.Passou pelos ralos se debatendo como ratos desesperados.E sumiu no horizonte como vapor.
Se algo for por água abaixo, não desvie sua correnteza...
Pois é da foz de rios que nascem belas cachoeiras.
Ainda que seus passos pareçam inúteis; vá abrindo caminhos como a água que desce cantando da montanha. Outros te seguirão...
Já vi borboletas voarem faltando um pedaço da asa e rosas incríveis desabrocharem num copo com água. E é disso que me nutro pra acreditar que a meteorologia nem sempre está certa e que dias cinzentos podem ser prefácios de noites com Sol.
-Que tal um beijo, Saumensch?
Ficou parado mais alguns instantes, com água pela cintura, antes de sair do rio e lhe entregar o livro. Tinha as calças grudadas no corpo e não parou de andar. Na verdade, acho que ele sentiu medo. Rudy Steiner ficou com medo do beijo da menina que roubava livros. Devia ter ansiado muito por ele. Devia amá-la com uma intensidade incrível. Tanto que nunca mais tornaria a lhe pedir seus lábios, e iria para sua sepultura sem eles.
Nunca escreverei uma palavra para lamentar a vida. Meu verso é água corrente, é tronco, é fronde, é folha, é semente, é vida!
Você me provoca, você me perturba. Joga água e sai correndo. Atira a pedra e me acerta de raspão. Me espia no escuro e mostra a língua. Me xinga. Me atiça. Invade o meu sossego. Meu refúgio. Pisa no meu ninho com os sapatos sujos. Na minha toca. Sem saber o meu tamanho, até onde vai meu bote, você me provoca achando que não há perigo.
Gosto de olhar as pedras e os desenhos do vento na superfície da água, gosto de sentir as modificações da luz quando o sol está desaparecendo do outro lado do rio, gosto de sentir o dia se transformando em noite e em dia outra vez, gosto de olhar as crianças brincando no corredor de entrada e das palmeiras que existem no meio da minha rua — gosto de pensar que vou sempre ter olhos para gostar dessas coisas, e por mais sozinho ou triste que eu esteja vou ter sempre esse olhar sobre as coisas.