Poemas sobre a Natureza
Início de tarde
horário de verão
o mormaço
faz das árvores
esculturas imóveis
com folhas preguiçosas...
Ou a preguiça é do vento?
A Chuva passou
de madrugada
deixou
espelhos
espalhados
pela calçada
refletindo
árvores alagadas
no fundo
infinito do céu...
Arco-íris e felicidade são irmãos gêmeos.
Efêmeros, belos, acalmam após as tempestades.
Talvez, por serem efêmeros, arco-íris e felicidade são tão especiais e bem-vindos.
- Intolerantes intoleráveis -
O respirar me faz sentir culpada,
Culpada por cada semente que ainda vai nascer;
Culpada por cada um que não verá o amanhã;
Culpada por aqueles que não irão crescer;
Não posso mais passar despercebida;
Não posso mais matar para sobreviver;
Não posso mais estar viva para fazê-los morrer;
Não descansarei;
Até que seus pulmões encham-se de ar;
Dando fôlego ao seu coração;
E ao soltá-lo em forma de liberdade;
Crescerá a chama da igualdade;
Agora choro,
E com essas lágrimas regarei seu túmulo;
Mas talvez assim você possa renascer;
Como a fênix que renasce das cinzas;
Mas desta vez você virá da terra;
dando frutos de amor e prazer
O respirar me faz sentir culpada
Culpada por ser intrusa em meu próprio mundo,
Culpada por estar tirando o ar daqueles,
Daqueles que não são mais meus e tão pouco serão seus,
Daqueles que serão apenas deles,
e deles, apenas será uma alma intolerável
em um mundo de intolerantes
que não toleram a própria natureza do ser
Senhor, criador de todas as belezas,
se eu tivesse um pedido seria:
deixe meu olhar de alma presos nelas,
em todas as maravilhas que compõem o quadro da natureza,
sei que neste espetáculo divino há sómente paz
e é de Ti Senhor, um gesto de puro amor,
que as cascatas sejam eternas, como o universo maior
e que nelas meus olhos d'alma descansem as retinas,
sempre em teu louvor...
Oração à Grande Mãe
“Oh Grande Mãe eu rogo por ti e aqui permaneço no Silêncio do seu olhar Amoroso.
Oh Grande Mãe que Manifesta em todos os Seres, me mostra sua infinita beleza, sua forma singela e pura de Amar e Ser amada.
Vós que Manifesta em toda a Existência, na Terra, no Céu, nas Aguas doces e Salgadas, no Fogo Sagrado, no sopro do vento, no farfalhar das folhas e das Arvores, na Vida de todos os Seres de amor que habitam vosso Ventre Sagrado.
Preencha aos nossos corações da alegria Divina de estar na sua presença.
Me ensine o a estrada que me leva ao Caminho Sagrado do amor.
Eu Rogo por ti Grande Mae, rogo por seu amor e sua presença.
Que possamos respeitar a tua Beleza e sua farta abundância;
Que possamos respeitar todos os Seres que habitam seu corpo,
Que possamos respeitar a Terra, a Agua, O Fogo, o Ar, a Lua, as estrelas e o Etéreo.
Que possamos pulsar no seu ritmo seu coração, honrando e respeitando todos que em sua presença presente habita o sua Grandiosa luz.
Que possamos respeitar as energias divinas advinda de ti e…
Que possamos brilhar em vossa luz, reconhecendo o Ser divino e de luz que somos.
Oh Grande Mae, ouça minha voz em seu silencio doce, escute o meu coração e meu amor!
Oh Grande Màe que o perdão, a compaixão, a luz, o brilho de seu Olhar possa encantar outros Seres para que cada um possa reconhecer e ampliar a própria Luz.
E que este Ser divino que tu es possa expandir-se cada vez mais no brilho do seu Olhar Doce.
Oh Grande Mão
Oh Grande Existência Divina
Oh todos os Seres
Vibremos em uma só luz!
Oh grande mae eu rogo por ti
Nada melhor do que dormir ouvindo uma música tão sofisticada chamada chuva. Uma música com um ritmo marcado pela frequência dos pingos que se esvai sobre o chão molhado, um tom que pode inevitavelmente variar dependendo da vontade da natureza, alarmaveis e potentes instrumentos musicais, trovões, ventos e gotas delicadas e inofensivas. Uma música que é sempre única com a interpretação que a natureza quiser empregar, uma música com duração indeterminada que dura o tempo necessário e que pode variar de intensidade, a chuva e toda a natureza tem um poder sobre nós, sentimentos, pensamentos, atitudes, poderes maiores do que qualquer ser de carne e osso possa mensurar. Pode conduzir calma e paz, nos fazer transcender, refletir sobre nossos problemas e nosso futuro, trazer mensagens na forma de lembranças, da próxima vez que ouvirmos o som da chuva, devemos prestar atenção, a cada gota que cai no chão ou telhado, a regularidade dos pingos e trovões, aprecie como alguém que toma um bom vinho, porque este tipo de música não toca quando você escolhe, ela se apresenta nos momentos necessários e com o tom apropriado.
- Matheus Rezende
Queria lhe escrever um poema
Mas sobre o que? Não sei dizer
A Vida? É Magnífica
Morte? Bem Intrigante
Política? Tá Cansativa
Natureza? Uma beleza
Momentos? São pequenos
Sentimentos? Muito intensos
Pensamentos? Barulhentos
Te digo sinceramente
Eu realmente
Não sei o que escrever.
Vivemos num mundo irreal, de faz de conta, uma história mal contada:- vão dizer os do futuro.
Quem chegar no futuro não irá acreditar no modo de vida que vivemos hoje, essa ponte que balança mas não cai, tempos que nos leva a imaginar que somos maiores do que o próprio Deus.
Os que sobreviverem a esse terremoto de maluquices terão compreendido que nossa existência se fundamenta apenas num detalhe: respirar e beber água.
Deus é isso: grande por ser o ar e a água, portanto a vida.
O resto o homem inventou para torná-lo esse ser sem sentido, que gira em torno de si próprio e descobre que no final das contas a primeira coisa que pede quando se perde num deserto é ÁGUA.
A chuva suave lava a alma,
apaga da vida o pó,
traz alívio e muita calma,
é companhia a quem é só
A chuva é como um manto
que nos aconchega sem pesar,
as vezes é riso, as vezes pranto,
mas dela sempre iremos precisar...
UMA FLOR E UM CORAÇÃO
Na rama de batata eu vi
Uma flor é um coração
E pelo meu amor eu senti
Um desejo e forte atração.
Árvore é vida;
Vida é Gratidão;
Gratidão é Reconhecimento;
Reconhecimento é Amar;
Amar é fazer o Bem;
Fazer o bem é Sorrir;
Sorriso é felicidade;
Felicidade é Sentimento;
Sentimento é Consciência;
Consciência é Mente;
Mente é Saúde;
Saúde é Árvore;
Pois...
Árvore é Vida...
Não tenho um Leonardo
Os leões não cheiram mais a lírios
Passo meus dias olhando avencas
ouvindo cigarras, grilos...
só não ouço voz de gente
é o homem que roda
os lírios perderam o poder de repente.
só estradas, viadutos, edifícios
um velho caminho
um novo delinquente.
A face suporta a dor ou esconde o prazer?
Estirpes no final do campo
madeira morta
folhas de hera entrelaçadas
musgo, cogumelos
cheio de água, solo
deixa.
Pântanos inconstantes
Em torno dessas cepas,
eu sonhava
em fachadas de edifícios pequenos
pernas elegantes
garras, mezaninos
asas de pássaro.
Flor roxa
Vejo uma Flor roxa no meu jardim
Simples assim, mas delicada,
Pétalas esvoaçantes marcadas pelo sol brilhante,
Pequenas mas bem torneadas apeluciadas de natureza, e traz a beleza e transmite ao seu redor.
Os beija-flores disputam o seu pólen, os mesmos há escolhem.
E as rosas! Essas choram,
como o orvalho que cai derretendo...
Sem sua polinização que foi dispensada.
Pois entendo, que a beleza não está em suas pétalas simples, não menos belas que as rosas,
mas no seu interior onde desperta a natureza é-o fulgor que faz a preferência da beleza de simplicidade,
e sim, do seu sabor...
Essa Flor, que fecha Campos inteiros com sua cor,
Essa cor de vinho que cintila com o orvalho...
Marca seu território com a beleza,
Oe vento! Esse ajuda,
levando-as e trazendo de novo,
na sincronia que faz a natureza,
ser bela...
Essa é ela!
Ha mais bela do meu jardim...
Eu acordei e ela ainda estava lá,
A lua, tão linda de se observar,
Observando-me de manhã,
Onde ela não devia estar...
A lua não mora na noite?
Porque hoje de dia posso então olhar?
Todos os dias ela se vai,
Mas hoje ela não quer ir embora,
Escolheu ficar, acho que vai morar aqui...
Na minha janela.
Precisamos parar e pensar....
Para quando a colheita chegar...
O que será de nós, quando o sol não despertar?
E... o mar secar...
E tudo que tinha vida se acabar?
O que vamos fazer?
E quando o azul do céu desaparecer?
O solo apodrecer...
E tudo adoecer?
Onde vamos viver?
Para onde vamos correr?
Marte, Júpiter, Saturno ou Plutão?
O Planeta Terra é nossa casa..
Nossa verdadeira mãe (natureza) está a morrer...
Pela falta de respeito, consciência e compaixão...
Podemos fazer nossa parte...
E ajudar, quem tudo nos dá..
Pensemos, repensemos, refletiremos e respeitaremos a tempo?
Vamos dar as mãos e cuidar do que é nosso...
Ainda é tempo de mudar...
Ainda dá para salvar a nossa tão preciosa morada.
A decisão é nossa...
Nossa casa (Terra) nosso corpo de carne, nossa alma...
Dependem de nossas escolhas...
Vamos nos preservar para nossa casa não se acabar...
Só depende de mim, de você: DE NÓS...
Que seja forte,
que seja a morte,
que queime como o fogo
mas que marque,
que seja e esteja,
que mostre o quanto arde.
Que seja o oceano e o piano,
o inacabado e o não dito,
que seja a canção de Urano,
as estrelas,
infinito.
Que seja furacão,
trovão e
tormenta,
que traga tudo que restar,
mesmo depois da erupção,
da catástrofe mais violenta.
E que nunca seja terra,
nunca seja serra,
nasci para a guerra
e só nela posso dançar.
Lance sobre mim as quatro sensações;
seja a quinta.
Nunca deixe a calmaria me alcançar.
Tão puro como a água da chuva em dias de verão sobre os campos verdes de morango e ananases gigantes e pesadas.
Atraentes petalas rosadas e perfumadas com cheiros penetrantes que nos desarmam em meio da multidão de homens crueis e insensíveis à nossa energia.
Adolescentes e ingênuos permanentes procurando bocas e calores dos abraços onde me refugiarei eternamente em seu colo.