Poemas sobre a Morte

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Para aplicar a pena de morte, a sociedade deveria ostentar a autoridade moral de não ter contribuído em nada para fabricar esse criminoso.

A discórdia almoça com a abundância, janta com a pobreza, ceia com a miséria e dorme com a morte.

O amor não mata a morte, a morte não mata o amor. No fundo, entendem-se muito bem. Cada um deles explica o outro.

A morte é o descanso das repercussões sensórias, do titerear dos impulsos, das divagações do intelecto e dos serviços à carne.

A morte é de certa maneira uma impossibilidade, que de repente se torna realidade.

A vida é o princípio da morte. A vida só existe em função da morte. A morte é acabar e começar ao mesmo tempo, separação e união mais estreita consigo mesmo.

Quando chega a morte, não é da nossa ternura que nos arrependemos: é da nossa severidade.

Acontece com a velhice o mesmo que com a morte. Alguns enfrentam-nas com indiferença, não porque tenham mais coragem do que os outros, mas porque têm menos imaginação.

Se é mesmo verdade o que os sábios nos dizem e se existe um lugar que nos acolhe (depois da morte), talvez o amigo que acreditamos extinto tenha apenas nos precedido.

No meio da vida acontece que a morte surge e mede o homem. A visita é esquecida e a vida continua. Mas o fato está feito, silenciosamente.

Sabe-se que enquanto vivemos estamos mais ou menos expostos à inveja, mas depois da nossa morte os nossos inimigos deixam de nos odiar.

A morte é o repouso, mas o pensamento da morte é o perturbador de todo o repouso.

A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante.

O avarento gasta mais no dia da sua morte do que gastou em dez anos de vida, e o seu herdeiro mais em dez meses do que ele na vida inteira.

O grande político conhece-se pelo fato de os seus pensamentos viverem depois da sua morte ou da sua derrota.

A velhice poderia ser a suprema solidão, não fosse a morte uma solidão ainda maior.

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

Jim Brown

Nota: Muitas vezes atribuído, de forma errônea, ao Dalai Lama, o texto é uma adaptação de um trecho de "Sonhei que tive uma entrevista com Deus", de Jim Brown.

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O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói.

Os dois testes mais duros no caminho espiritual são a paciência para esperar o momento certo e a coragem de não nos decepcionar com o que encontramos.

Paulo Coelho

Nota: Trecho adaptado do livro "Veronika Decide Morrer", de Paulo Coelho.

O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam.