Poemas sobre a Morte
Não valorizo quem me procura,
mas procuro quem me valoriza.
Perfeição é algo perfeito demais para querer,
mas quero alguém imperfeito que eu possa dele buscar inspiração para perfeito ser.
Eu não sou simplesmente simples,
mas simplesmente simples almejo meu dia viver.
Nasci entorpecido, nasci chorando, como sons de uma ocarina,
Cresci brincando, cresci lutando, como os sons de um agogô,
mas quero morrer calmo, morrer em paz como uma harpa sonolenta...
doce, pequena, serena, feliz, em paz com meus pensamentos!
Que te define como anjo?
Por que caído do céu?
Morremos pelo amor.
Nascemos pelo mesmo ato!
A coerência do destino?
Mera falha de nossos corações.
Se temos um coração aonde foi deixado?
Porque o amor nos deixou?
Entre tantos desejos sou um entre milhões...
amar os céus glorificar o destino...
tudo parte de um plano maior...
a guerra esta para acontecer.
Nossos mundos são opostos
sob a luz da escuridão
carregamos o fardo de ser quem somos,
muito além meras palavras o destino,
insensato os traumas do amor são profundos,
ao mesmo profanos supremos,
No valor que tínhamos nada pode ser igual,
A vida nunca será mesma diante fato que amamos...
tanto mais tanto que tudo perde sentido.
por celso roberto nadilo
COMO FICA
E a gente como fica?
Se não tem amor
Acaba, morre, finda
Se tem amor
Perdura para toda vida
Vivemos para sonhar
Cheiro de algum perfume
Cheio de emoções
Nós dois
Só amor
Oh cadê tu mundo imundo
Que me deixaste aqui
Nessa terra de Zé ninguém
Para morrer
Como um pobre vagabundo.
There are times I need to cut myself off from the world, turn on a song and die alone, until life bring me back.
Until life bring me back.
Douglas Melo
Se você deseja e quer ser alguém na vida, quer ganhar? Elimine os perdedores do seu caminho.
Douglas Melo
Dor fresca na memória
Talvez eu não deva morrer
Como se morre qualquer ser
Talvez depois de te perder
Eu deva um pouco por vez fenecer
Talvez eu deva mesmo buscar
O maior tempo possível durar
Para que mesmo sofrendo
Tenha mais tempo para te amar
Talvez, apenas talvez.
Tudo isso seja bom
Apenas por agora
Que a dor é fresca em minha memória.
Enide Santos 02/08/15
Cair duro no esquecimento,
Num envoltório macio
Num conforto desnecessário.
Corroer-se com o tempo,
Deixando como registro
seu último texto literário,
Um relatório de fim de vida,
desprezado numa gaveta escura do armário,
Lido apenas uma vez
aquele penoso obituário.
"Vivo tentando domar meu mundo
Nunca consigo saber
Sigo tentando sair do fundo
Nado, não quero morrer..."
Título: Saudade outrora
Saudade chora,
Saudade faz pensar em você toda hora,
Saudade demora,
Saudade te transforma em senhora,
Saudade não melhora,
Saudade tem cor de aurora,
Saudade só da para sentir agora,
Saudade faz andar contra, é pirapora,
Saudade contagia como catapora,
Saudade se pudesse te dava um passa-fora,
Saudade por favor vai embora.
Por isso saudade não gosto de você,
Sua dor é extraordinariamente pior que morrer!
Autor: Nélio Joaquim
VELÓRIO
Chama aí uma carpideira
Para eu encomendar suas lágrimas
Embora te pareça besteira
Quero meu velório com lágrimas.
Pouco importa que sejam compradas
O que eu quero na verdade
É uma seleção de piadas
Estranhamente mórbidas e covardes.
Pranteadas pela carpideira
Que é para ninguém esquecer
Que a vida não é uma grande brincadeira.
Melhor se deixar levar para não enlouquecer.
Tanto faz
Se eu morrer tanto faz .
Eu perdi as coisas mais importante da minha vida , felicidade e paz. Esperança já não tenho mais .
Eu tento me erguer e me recompor .
Mas a cada dia que passa vai aumentando essa dor .
SAUDADES
Eu tento me esconder , esquecer
Mas a cada dia que passa eu vou sentindo muita saudades de você
Eu não aguento mais sofrer
Não vejo a hora de libertar essa agonia quando eu morrer .
Sociedead
Nascer pra ser consumido por um sistema impingido violentamente
Profundamente sentido com os inocentes envolvidos nesse ambiente
Independente o motivo não justifica o perigo a essa gente incumbido
Ser lentamente abatido, viver num mundo excluído e dar sementes.
Óliverpinguim
Se o ramo está na videira
frutifica e não morre,
vou permanecer em Ti, Senhor
e esperar pra frutificar.
O CORVO
Vago por entre os túmulos que me fitam com seus olhos de mármore
Sentindo a chuva que perfura a carne e sangra a alma
Tornando o dia cinza
Reflito assim sobre a morte
Transformo todo vão pensamento ou cada tétrica palavra em sonetos sombrios
E as escrevo com imagens em minha mente
Os homens de outrora vagavam como sonâmbulos
Desprovidos da leveza do espírito
Reclamões, céticos e agnósticos.
Cuspindo discursos doentios nos ouvidos mecânicos da laica classe operária
Agora jazem em silêncio sepultados
Não mais desejam, não mais sussurram, não mais amam, não mais sangram
Silêncio
Consegue ouvir?
Um corvo me olha imóvel sobre as pedras
Olho para as lápides e procuro por homens
Não os vejo
Penso em mim quando eu já não mais existir
Outro alguém procurará por meus olhos?
Desejará ouvir minha voz procurando respostas?
E assim como eu agora só ouvirá uma resposta
Morreu...
De Tanto Amor
De quanto estou a te amar em sentido vão?
Do amor... que dele me valha a certeza
Que dele me traga sua plena beleza
Rica quimera para um infeliz coração.
De quantas esperas sofro eu de solidão?
Cortina que se fecha de grande tristeza
Luz que se apaga, por tamanha frieza
Traz vazio d’alma de dor em comoção.
Pela tua ausência, que me lide à vida:
Arrancam-me as encostas, sombras sem ti
Por vulto ébrio, que te solvo embebida.
Mas um dia, mesmo consumida e vencida,
De tanto amor, amar-te em vida... Só a ti
Hei de morrer, tendo-te além da partida.
Feitos mostarda
"Somos sementes esperando eclosão,
sementes na palma da mão.
Ninguém quer ser o primeiro a ser plantado.
Queremos a vida sem nunca realmente tê-la usado.
Ainda reclamamos dum fruto não dado.
Não existe fruto sem raízes em terra e um pouco de sorte.
Não nascem flores sem algum tipo de morte.
Quem preservou sua vida nunca realmente nasceu.
Bem aventurado quem por alguma causa morreu.
Todo nosso legado pode caber na palma da mão,
ou talvez não."