Poemas sobre a Morte
A carruagem
A carruagem está por vir,
A carruagem vai chegar,
Imponente, tenebrosa, invisível e majestosa,
Com espaço contado, tamanho medido,
Assento assinado e acesso impedido,
Ela vem marcar seu lugar,
Impedido pra quem já foi,
Impedido pra quem tem data de outro dia,
No galopar na madrugada,
Sombria e desertada,
Que propositalmente deixa todas as gentes desavisadas,
Na noite sem lua,
Sem gente na rua,
Sem quem espere,
A carruagem chegar,
Aquela que tem espaço mesmo pra quem não quer viajar,
Pois nela a farra, o sorriso, a paz,
Depois que ela passa,
Por tempo estarão por se findar,
Carruagem que se sabe que veio, depois que já foi e levou quem desaparece,
E que mesmo que não se espere lá vem ela, a qualquer instante nos arrancar.
Não sei se hoje,
Amanhã ou daqui a muitos anos,
Só sei que nela vou viajar,
Mas a questão já não é mais a carruagem,
Que se sabe que todos há de experimentar,
A questão é o destino,
Se existe, se é feio ou é lindo,
Porque mesmo que muitos se atrevam,
Até agora, com propriedade e certeza,
Ninguém pôde ou soube explicar.
Texto de: Clayton Milanez
Cansaço
Não desejei assim eu ser,
Mas, me vi assim, florescer.
Naveguei o rio vivaz,
E afoguei-me mordaz, em seu curso insipiente.
Minha fé? Tranquei-a no saber,
das certezas de crescer.
E busquei-a contumaz,
A ancorar-me a paz, que me foge insistente.
Encontrei-a apenas na dor,
e no faltar-me o próprio amor.
Esgotei-me nesse afã,
De trazer um amanhã, melhor que o presente.
Por ora, me urge o ardor,
de entregar-me com fervor.
À consciência de ser vã,
Essa minha luta sã, de ser resiliente.
Cansei-me de assim viver,
de desalentos a dizer .
Cansei-me de errar,
De ferir e fazer sangrar, quem me ama realmente.
Exaustei-me de cair,
Levantar-me e de novo ruir,
De carregar-me de culpas,
De dolos e disputas, sendo o mesmo novamente.
Abro mão de existir,
de purgar ou de sorrir,
decepcionar, desagradar,
à minha história, um sonho consciente.
A vingança no coração faz mal
Diminui os seus dias,e encurta a sua vida.
Não se combate o ódio com o ódio.
Até quando às nossas mães vão chorar.
A minha última lágrima caiu agora
Elá brilha nos seus olhos...
Transforme-a em sorriso estou em paz!
enquanto a tinta não falha,o coração não falha
eu continuo por aqui.
enquanto a inspiração vier,enquanto meu pensamentos não chapar.
eu continuo por aqui
enquanto meus inimigos não tramarem o meu fim, enquanto os mesmos não derramarem o meu sangue ...
eu continuo por aqui.
até quando?
até quando a tinta não falha
até quando o coração não falha
a inspiração vier o pensamento não chapa
até quando os meus inimigos não tramarem
o meu fim!!
Existem pessoas que partiram do nosso mundo para um sono profundo e que aqui, só nos resta a saudade e o lamento de não poder dizer adeus.
A morte penetra nas mais profundas entranhas do nosso ser, para avisar o quanto sentiremos saudades, e que a dor não será passageira, e que a falta vai ser longa....
A morte é cruel
Poderíamos ter a oportunidade de nos despedirmos
De dizer um último adeus a quem tanto amamos
Mais o amargo da perda e como fel
A morte vem sem dar um aviso prévio
Chega apenas com uma desculpa
Faz uma grande nuvem negra avassaladora
Capaz de fazer os corações mais gelados se aquecerem com a dor
Até os seres mais incompleto de amor sentem a tribulação no peito, pela falta que alguém lhe fará e que partiu sem lhe dizer que não mais voltará
A morte e a incerteza que todos nós seres humanos temos
O futuro incerto dos que já se foram nos traz tortura angústia e indefinições aos dias futuros
Por isso tanto desespero tanta aflição
Se a morte nos déssemos uma chance, um momento ou uma oportunidade de nos despedir e silenciar, a tortura seria mais branda.
Poderíamos pedir perdão
Poderíamos dizer o quanto amamos
Poderíamos dizer que sentiríamos saudade
Poderias dizer que foi incrível
Poderíamos dizer que foi inesquecível
Poderíamos escolher os melhores adjetivos
Para descrever o quão notável, o quão significativo e amável foi viver ao lado de tal pessoa.
Goze, desfrute, usufrua, de cada momento, cada instante, compartilhe momentos irrevogáveis,
Sorria e ame enquanto ainda estamos aqui, porque a qualquer ocasião podemos partir.
Se você ama, então diga!
Aos que se foram, não devemos lágrimas. Devemo sim trazer a memória boas lembranças dos momentos agradáveis que juntos tivemos.
Eles se foram, pois aqui completaram sua missão, assim como nós estamos fazendo nesse momento e um dia qualquer daqui partiremos sem despedidas ou avisos.
A morte é apenas um estágio, uma libertação de dores e cansaços físicos e mentais que passamos.
Então sentir um vazio por dentro, uma dor pela perdas ou lembrança de um ente querido é normal, mas não podemos prende los a nós por egoísmo, devemos deixa los em paz e seguir seu novo destino preparado por Deus.
A nós resta distribuir todo esse carinho, amor a quem aqui esta ao nosso lado, pois nosso tempo por aqui é incerto, mas o certo é que morreremos e antes de isso acontecer, façamos uma oração aos que se foram, mas principalmente,
declaremos nosso amor e carinho aos que ficaram!
Sergio Fornasari
O MUNDO É CHATO
AS PESSOAS SÃO CHATAS
DEUS É CHATO
O DIABO É CHATO
OS ATEUS SÃO CHATOS
OS CRENTES SÃO CHATOS
TER FÉ É CHATO
SER RICO É CHATO
SER POBRE É CHATO
VIVER É CHATO
MORRER É CHATO
SER NOVO É CHATO
SER VELHO É CHATO
TUDO É TÃO SEM SENTIDO, MAIS MESMO ASSIM TEMOS QUE VIVER
NESSA CHATICE TODA, TENTANDO FAZER QUALQUER COISA CHATA, NO MEIO DE TANTA CHATICE.
Acordando do coma
Escuridão vem à tona
Quando a luz que guiava
Dizia que amava
Te abandona
Na curva da vida
A morte e a sorte, de mãos dadas
Pedindo carona
Uma querendo te levantar
A outra te jogar na lona
Cuidado em quem aposta
Prepare a proposta
Nem sempre vem como desejada a resposta
A vida é meio bosta.
Pois, enquanto nao esperava
Analisa e reanalisava
A vida te toma
Aquilo que voce ama.
Soprando e apagando
A chama da esperança
deixando vazio
Onde ja houve bonança.
Sincero como sorriso de uma criança
Se cansa, descansa
Quem acredita, sempre alcança.
Nunca pensei que iria grisalhar, contudo, grisalhei. Diante do que imaginei, tive VÁRIOS DIAS DE VIDA e terei UM ÚNICO DIA de minha MORTE.
Morte essa, que não pretendo abreviar, muito menos postergar.
Salve a Vida e Salve a Morte!
Ontem eu era poesia
Hoje já não sou
Mas te quero todo dia
Até sufocar de amor
Quando estamos juntos
Já não sei quem sou
Uma só carne nos tornarmos?
Morrerei de amor
Quero.
Me.
Despedir.
Desse nosso lance
Cansei de esperar
Estou em transe
Apavorada por não
Poder
Querer
Viver sem você
Assinei minha sentença
Já posso morrer
“EU NUNCA MORRERIA POR ALGUÉM QUE LUTOU PARA QUE EU ME MANTIVESSE VIVO”
Em uma manha em meio ao subúrbio, eu nasci
Eu te interrompi, não só essa manha
Você sorriu quando eu nasci, e eu chorei
Um dia você voltará a sorrir
Com um sorriso inconsciente
E eu voltarei a chorar
Como o bebe de 18 anos atrás
Dividir nossas vidas, é valido
Entregar um destino que você não suporta, INVALIDO
Não me jogaria na frente de uma bala
Doaria para ti, o que precisará
Você como mãe, entende os meus motivos
Você como ignorante cega, prefere não entender
Mas a interpretação desse poema é único
Eu suporto tua morte. O contrario?
Você buscaria um caminho para encontrar seus dois filhos.
Perdoa a fraqueza dos meus olhos
Que teimam e transbordam de saudade de ti!
Perdoa o meu não querer tantas coisas, a falta de vontade
Por que tu não estás mais aqui!
E quando os meus olhos se fecharem distante e
Depois se abrirem perto de ti
Permita que em teu colo eu tenha um doce descanso!
Não pude ver os seus cabelos virarem algodão ,nem sua pele se tornar uva passa...
Não pude te escutar resmungar...
Eu queria um pouco mais, de tempo, mais alguns curiosos anos ...
Vais ser a eterna morena em minha mente.
A velhice não te conheceu,e sua vida escorregou entre os dedos da morte , pois eras como um balão , cheia de fôlego!
Agora mãe querida, brilhas apenas no meu céu...
Dedicado á ROSA ELISA FERREIRA DE CAMARGO
Sem medo da verdade, sem susto com a idade.
Sem maquiar as rugas nem as rusgas.
É hora de ser frágil como o passar do tempo.
Sem nenhum lamento de ser ou de estar,
Ou de não ser, nem de estar.
Por isso mesmo, tem que ser forte,
desafiando a morte, até a morte chegar.
Tudo passa. Até as traças.
Tudo passa, até as desgraças...
Tudo passa.
Menos as graças.
Quando morre os nossos pais, somos órfãos.
Quando morre a(o) nossa(o) companheira(o), somos viúvo(a).
Mas quando morre um filho, nem nome tem.
A vida é mais que bens matérias
A vida é mais que extratos bancários
A vida é mais que códigos de barras
Que barra é passar ela inteira rico de bens
E pobre de amor, sentimentos e atalhos
Soberbo e preso em um mundo com encargos
Sobretaxado a acabar junto com o limite do cheque especial
A esteira da vida é continua e não tolera desperdícios
Ame demais, sofra demais a vida é uma surpresa continua
E, assim, viva como quem soube que vai morrer
Morra como quem um dia soube viver..
Não vejo vantagem em se jogar de um prédio
Pois do mesmo jeito sentiremos o impacto...
Concorda? '-'
Primogênito
Naquele dia, eu soube que você iria. Meu filho primogênito fruto da minha alma e não do meu ventre.
A dor dentro de mim se emergiu, o vazio se instalou e uma adaga afiada meu peito rasgou.
Mais uma vez me vi de volta à escuridão, perdida em lágrimas cortantes, sem rumo, sem direção.
Em questão de segundos minha felicidade cessou, meu sorriso perdeu o encanto e a angústia reinou.
Pela última vez, acalentei seu corpo agora desfalecido em meus braços. Para mais vez sentir o formato do seu corpo, embriagar meu olfato com seu cheiro e perder meu olhar em cada centímetro do seu rosto, guardando o máximo de detalhes seus.
Meu bebê, meu Lord, meu filho!
Quem enxugará minhas lágrimas agora que você se foi? Quem acalmará meus medos? Quem trará luz para minha escuridão?
São tantas as perguntas que chegam a ecoar em meio a minha solidão, tanta dor e nenhuma cura. Afinal, existe cura para o coração despedaçado de uma mãe?
A dor é infinita, não acaba nem diminui, encontro meu consolo nas cartas sem destinatário que lhe escrevi, nas poesias que lhe dediquei, na marca que em meu corpo deixei.
Mas é na imensidão do universo, na busca da estrela mais brilhante do céu que encontro seu olhar refletindo no meu.
Nessa vida onde percorrei, andareis á esguardar
Onde à sangue a escassez de um injustiçado,
O abismo da vida chega amedrontando,
Pelos cantos ficareis, esperando à morte.
Eis aqui na terra miséria, o luto a tristeza
O calafrio, Não é fácil viver entre os insanos,
Onde há mais escuridão, à menos vida
Onde há mais claridade, à mais vida.
Incertezas vem, única certeza da vida é a morte
Morte silenciosa, sem dor sem ferida, o fim.
Um mal que nós mata e não muito se vê,
Mudam-se as coisa, o ser , os tempos às vidas.
Que as lembranças ruins de um ente querido que se foi, lhe sirvam como exemplo do que não se deve fazer. E as boas lembranças lhe sejam como combustível para a alma nos momentos de saudade e tristeza.
04/04/ dia da morte do meu pai
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